Pré-Sal

Petrobras produz 1º óleo de Tupi

<P align=justify>A Petrobras iniciou no dia 1º de maio, a produção de óleo no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos. O primeiro óleo de Tupi foi retirado na presença do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, do presidente da Petrobras, de toda a diretoria da Companhia, e de representantes dos...

Agência Petrobras
03/05/2009 21:00
Visualizações: 442

A Petrobras iniciou no dia 1º de maio, a produção de óleo no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos. O primeiro óleo de Tupi foi retirado na presença do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, do presidente da Petrobras, de toda a diretoria da Companhia, e de representantes dos sócios no bloco exploratório, BG e Galp Energia. Pela manhã, em dois helicópteros, os executivos visitaram o navio-plataforma FPSO BW Cidade de São Vicente, onde foi retirada amostra do petróleo da região do pré-sal. À tarde, na Marina da Glória, no Rio de Janeiro, a amostra de óleo foi entregue solenemente ao presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva.

As duas solenidades, na plataforma e na Marina da Glória, marcaram o início do desenvolvimento da maior jazida de petróleo já descoberta pela Petrobras no Brasil, se confirmadas as expectativas. Tupi tem volume de óleo equivalente (petróleo e gás) recuperável estimado entre 5 e 8 bilhões de barris.

O FPSO BW Cidade de São Vicente, que operará no Teste de Longa Duração (TLD) de Tupi, tem capacidade para processar diariamente 30 mil barris de petróleo e ficará ancorado em águas ultraprofundas (2.140 m de profundidade).

Marina da Glória

A cerimônia na Marina da Glória, que encerrou o evento sobre o primeiro óleo de Tupi, teve a participação de vários representantes da sociedade brasileira, além do presidente Lula, ministros e da diretoria da Petrobras.

Como se faz tradicionalmente na condução da tocha Olímpica, a miniatura de um barril de petróleo do Pré-sal da Bacia de Campos foi conduzido por ex-funcionários da Petrobras, líderes de entidades civis, representantes da música, do futebol e do cinema brasileiro para chegar até às mãos do presidente da Companhia José Sergio Gabrielli de Azevedo, que o entregou ao presidente Lula.

Após a apresentação de filmes sobre campanhas desenvolvidas pela Petrobras iniciaram os discursos. O presidente Gabrielli foi o primeiro a falar e salientou a luta da Companhia desde o momento de sua criação até agora, chamando a atenção para o tempo recorde no mundo, “que levou a Petrobras, ao detectar as reservas de Tupi, extrair seu primeiro barril de petróleo. Foram apenas três anos”, salientou Gabrielli.

O coordenador da Federação Única dos Petroleiros João Antonio Moraes foi o segundo orador e destacou a luta da classe trabalhadora, não só na criação da Petrobras como também durante os debates que ocorreram no País, principalmente em momentos que alguns defendiam a privatização da empresa.

O ministro Lobão foi o terceiro orador e se disse emocionado com o momento em que viu surgir o primeiro óleo do pré-sal, no navio-plataforma Cidade de São Vicente. Ele saudou os trabalhadores da Companhia por intermédio dos diretores da Petrobras, Guilherme Estrella, Paulo Roberto Costa, Renato Duque, Graça Foster, Almir Barbassa e Jorge Zelada.

Combate à pobreza

Em seguida, foi a vez da ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Ela destacou a alta criatividade, tecnologia e recursos financeiros utilizados para a exploração do Pré-sal. Para a ministra, o Pré-sal demonstra como o governo federal transformou a Petrobras em um indutor do desenvolvimento do País. Elogiou a capacidade de gestão da empresa e know-how da Companhia na exploração em águas profundas. A ministra afirmou que o presidente Lula tomou a decisão estratégica de utilizar os recursos do Pré-sal no combate à pobreza. Não adianta um país ser grande se não distribuir sua riqueza. Ela destacou que o 1º óleo do Pré-sal tenha sido extraído no dia do trabalhador. Viva a Petrobras, viva o trabalhador brasileiro e viva o 1º de maio, finalizou.

O governador do Rio, Sérgio Cabral, o quinto a discursar, disse da importância da Petrobras para o desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro. Como exemplo, citou o Laboratório de Corrosão e Ensaios não Destrutivos (LNDC), inaugurado na quinta-feira, (30/4), resultado de uma parceria entre a Petrobras e a UFRJ e com especial importância para os testes e pesquisas necessários à produção no Pré-sal.

O vice-presidente José Alencar convidado pelo presidente Lula para usar da palavra, lembrou a criação da Petrobras por Getúlio Vargas, nos anos 50. Disse que a Petrobras é uma empresa admirada no mundo inteiro. O presidente Lula presenteou Alencar com uma miniatura de barril de petróleo que ele havia ganho no evento. É o troféu de uma nova era na vida da Petrobras e do nosso país, afirmou Lula ao presenteá-lo.

O presidente Lula encerrou a série de discursos muito bem humorado, contando como falaram a ele do mau tempo e de sua frustração de não ter participado do momento histórico que foi a extração do primeiro barril de petróleo do pré-sal na plataforma. E aproveitou para defender a importância do Estado na vida econômica dos países, além de cobrar de membros de sua equipe o final dos trabalhos sobre o novo marco regulatório no setor de petróleo. E declarou: “A partir de hoje, começamos a contar uma nova história de nosso país”.

Tupi

No dia de hoje foi dada partida no TLD de Tupi que, ao longo de 15 meses, recolherá informações técnicas para o desenvolvimento dos reservatórios descobertos pela empresa na Bacia de Santos. Essas informações serão decisivas não só para definir o modelo de desenvolvimento da área de Tupi, como também das outras acumulações do pré-sal daquela bacia sedimentar, que configuram uma das maiores descobertas já feitas pela indústria do petróleo.

Com o início do TLD de Tupi a Petrobras inaugura o desenvolvimento de uma nova fronteira exploratória, constituída por reservatórios de petróleo em rochas carbonáticas do tipo microbiais, localizados a cerca de cinco mil metros de profundidade a partir do leito marinho e sob lâmina d’água de mais de dois mil metros. Um desafio tecnológico inédito, não só por exigir a construção de poços que atravessarão cerca de dois mil metros de sal, como também reservatórios formados por rochas ainda pouco conhecidas na indústria. Além disso, são jazidas localizadas a grande distância da costa. Isso exigirá novo e complexo modelo logístico para transporte de pessoas e equipamentos, assim como para armazenamento e escoamento da produção.

A importância do TLD

A área de Tupi, que acumula óleo de médio a leve de boa qualidade (28º API), é o ponto de partida para que se conheça melhor o pré-sal. Ela subsidiará o corpo técnico da Petrobras para os futuros projetos de desenvolvimento da produção dessa gigantesca província, descoberta depois que, em 2003, a Petrobras diversificou seus trabalhos exploratórios em mar para norte e sul do núcleo central da Bacia de Campos.

No TLD inaugurado agora serão analisadas diversas características do pré-sal, como: o comportamento dos reservatórios em produção de longo prazo; a movimentação ou drenagem dos fluidos durante a produção; o escoamento submarino; além de estudos para a melhor geometria dos poços definitivos, que poderão ser verticais, horizontais e/ou desviados.

O TLD de Tupi também proverá os profissionais da Petrobras com informações sobre os reservatórios de petróleo carbonáticos encontrados no pré-sal, que são rochas de origem microbial, inéditas nessas condições. Será mais um passo tecnológico. Em março último, a empresa inaugurou, na indústria, a produção em reservatórios carbonáticos em águas profundas, no campo de Marlim Leste, na Bacia de Campos. Em Tupi esse feito terá de ser repetido, mas em águas ultraprofundas e em condições ainda mais complexas.

O teste é mais uma etapa dos estudos que a Empresa vem desenvolvendo sobre o pré-sal. No ano passado, a Petrobras colocou em produção o primeiro poço da camada pré-sal, apenas dois anos após a descoberta da nova província exploratória. O primeiro óleo do pré-sal, extraído no campo de Jubarte, serviu de projeto piloto e fonte de informações para mostrar o que deveria ser feito em Tupi. As diferenças entre os dois campos estão relacionadas basicamente à profundidade (menor que 1.500m na Bacia do Espírito Santo e maior que 2.000m na Bacia de Santos), profundidade do reservatório e, principalmente, à cobertura de sal. Em Jubarte a espessura da camada de sal é de menos de 300m, em Tupi é de 2.000m.   A distância da costa também mostra que o desafio em Tupi é maior. Jubarte está bem mais próximo da linha da costa, a 77 km, contra os 290 km de Tupi.

O FPSO instalado para o TLD estará ligado a dois poços, um de cada vez, por aproximadamente seis meses cada um. O tempo restante será para remanejamento das linhas de produção e análises complementares.

No final de 2010, concluído o TLD, entrará em operação o Projeto-Piloto de Tupi, que terá capacidade para produzir e processar diariamente 100 mil barris de óleo e 4 milhões de metros cúbicos de gás. O primeiro módulo definitivo do projeto de desenvolvimento da área poderá ser uma extensão do projeto-piloto.

TESTE DE LONGA DURAÇÃO DE TUPI

Profundidade do reservatório (a partir da superfície do mar): 5.313m;
Lâmina d´água: 2.140m;
Espessura da camada de sal: 2.000m;
Distância da costa: 290 km;
Grau API do óleo produzido:  28º;

FPSO Cidade de São Vicen

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Petrobras
Navios da Transpetro recebem bunker com conteúdo renovável
26/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
Mossoró Oil & Gas Energy abre edição 2025 com participaç...
26/11/25
Pré-Sal
Shell conclui assinatura dos contratos de concessão na B...
26/11/25
Gás Natural
Concluída a construção da primeira unidade de liquefação...
26/11/25
PD&I
Ibmec cria centro de pesquisa para estimular debates est...
26/11/25
Apoio Offshore
Camorim receberá R$30 milhões do Fundo da Marinha Mercante
26/11/25
IBP
Posicionamento IBP - Vetos ao PLV 10/2025
26/11/25
Energia
Firjan vai atuar para que o Congresso mantenha os vetos ...
26/11/25
Premiação
AVEVA recebe o prêmio de Parceiro de Manufatura do Ano 2...
25/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
Sebrae RN apresentará estudo sobre impacto do onshore no...
25/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
Implementos São Paulo expõe Semirreboque 1 eixo na Mosso...
25/11/25
Apoio Marítimo
Ambipar treina no litoral norte paulista para resposta a...
25/11/25
Margem Equatorial
Ineep reforça importância do papel da exploração de petr...
24/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
ABPIP participa do Mossoró Oil & Gas Energy 2025 com pro...
24/11/25
Posicionamento
ONIP - Compromisso com uma Agenda Energética responsável...
24/11/25
Energia Elétrica
Prime Energy registra crescimento de 52% no volume de co...
24/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
Mossoró Oil & Gas Energy se consolida como hub energétic...
24/11/25
Etanol
Hidratado sobe pela 6ª semana consecutiva; anidro também...
24/11/25
BRANDED CONTENT
Aquamar Offshore se consolida como fornecedora estratégi...
21/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
PetroSupply Meeting impulsionará negócios no Mossoró Oil...
21/11/25
Premiação
Infotec Brasil é premiada na edição histórica do Ranking...
21/11/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.