Redação TN/ Maria Fernanda Romero
A Petrobras informou que vai emitir nesta sexta-feira (21), os convites para a 7ª rodada de licitações do seu Programa de Renovação da Frota de Embarcações de Apoio Marítimo (Prorefam). A estatal vai receber as propostas até o dia 27 de junho. A assinatura dos contratos está prevista para até o dia 30 de outubro.
"A expectativa é firmar os contratos com base em propostas competitivas, quando comparadas às taxas diárias de referência disponíveis; e iniciar a operação das embarcações até as datas estabelecidas nos contratos", afirmou o diretor de exploração e produção (E&P) da Petrobras, José Formigli.
Para Formigli, a expectativa para a 7ª rodada é boa em função das mudanças que a companhia fez alinhada com a apresentação de seus fornecedores, como: a concessão de 24 horas para franquia de manutenção a cada 28 dias de operação, a permissão da utilização de embarcações Front Runner, pelo prazo máximo de 180 dias, para os casos em que a embarcação contratada não puder entrar em operação até a data contratual estabelecida; reajustes específicos durante a fase de construção; e reajuste da taxa diária de tripulação.
Durante a manhã de hoje as empresas que ganharam a licitação da 5ª rodada do programa assinaram os contratos referentes as oito embarcações contratadas no ano passado. A Bram Offshore Transportes Marítimos irá fornecer quatro Anchor Handling and Tug Supply (AHTS), a Starnav Serviços Marítmos, três Platform Supply Vessel (PSV) de 4.500 toneladas; e a Norskan Offshore, um AHTS.
Além disso, a estatal informou que as propostas para a 6ª rodada de contratações já foram recebidas no dia 4 de fevereiro e estão sendo analisadas tecnicamente. As negociações foram iniciadas no dia 13 deste mês e a expectativa é assinar os contratos até 30 de abril.
Balanço
Lançado em 2008, o Prorefam prevê a contratação de 146 embarcações em sete rodadas até este ano. Até a 5ª rodada já foram contratadas 87, das quais 26 já estão em operação e 61 estão em construção. Dessas 87 embarcações contratadas, 76 são dos tipos PSV e Oil Spill Response Vessel (OSRV), com conteúdo local mínimo de construção de 60%; e 11 do tipo AHTS, com conteúdo local exigido de 50%.
Segundo o gerente geral de serviços de contratação de E&P da Petrobras, Claudio Cesar de Araujo, as embarcações do tipo PSV tiveram 17% mais contratos do que o esperado até a 5ª rodada, mas os AHTS, que são mais sofisticados, estão abaixo do ritmo planejado.
A gerente de serviços na área de E&P da companhia, Cristina Pinho, afirmou que os problemas no fechamento de contratos no Brasil se deve a dificuldades técnicas do mercado nacional a atender as embarcações mais sofisticadas que acabam elevando os preços. Desta forma, a empresa tem recorrido ao mercado internacional.
"Para atender as nossas necessidades operacionais, todas as vezes que for necessário a Petrobras vai sim ao mercado externo buscar AHTS. É uma embarcação extremamente importante para nós, mas vamos continuar insistindo em ter AHTS's fabricados no Brasil. Já fabricamos esse tipo de embarcação aqui, temos capacidade, e acredito que os novos estaleiros que estão se instalando no Vale do Itajaí e em outros lugares, podem dar continuidade a essa ação junto conosco", detalhou.
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