Petrobras

Petrobras ignora a crise e escolhe bancos para oferta

Valor Econômico
04/06/2010 13:49
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A Petrobras nomeou seis bancos para coordenar a emissão de ações estimada em US$ 25 bilhões, num sinal de que a queda dos mercados de ações e a crise da dívida na Europa não prejudicaram a maior oferta de ações no Hemisfério Ocidental em pelo menos uma década.


Bank of America Merrill Lynch, Bradesco BBI, Citigroup, Itaú-BBA, Morgan Stanley e Santander foram escolhidos como coordenadores globais, segundo informou a companhia na quarta-feira à noite em comunicado. A Petrobras quer levantar os recursos junto ao mercado para desenvolver campos em águas profundas como o bloco de Tupi, a maior descoberta de petróleo nas Américas desde 1976.


"As pessoas estão nervosas, mas o mundo não vai acabar", disse Tan Teng Boo, executivo-chefe da Capital Dynamics Asset Management, de Kuala Lumpur. "Embora uma ou duas emissões não tenham seguido em frente, os mercados ainda estão no geral se saindo muito bem. Nas emissões, o que conta é o preço e as avaliações."


O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse no mês passado que a captação poderia ser adiada se os mercados globais piorassem. A queda nos preços das ações neste ano já forçou companhias como a Swire Properties, de Hong Kong, e a Strikeforce Mining & Resources, produtora de molibdênio do bilionário russo Oleg Deripaska, a engavetar suas operações de abertura de capital e levou o bilionário brasileiro Eike Batista a reduzir o tamanho de uma oferta de ações da OSX Brasil.
A ação da Petrobras subiu 1,6%, para R$ 29,10 no pregão de quarta-feira da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). As ações acumulam perda de 21% no ano, enquanto o índice Bovespa desvalorizou-se 8,2%, porque o mercado teme que um agravamento dos problemas fiscais da zona do euro possa reduzir o ritmo de crescimento da economia mundial.


Os recibos de ações (ADRs) da Petrobras chegaram a subir 1,8%, para US$ 37,45, ontem em Nova York. No fechamento, ficou em US$ 36,89, alta de 0,24%, maior preço de 17 de maio. Os mercados brasileiros fecharam ontem por causa do feriado de Corpus Christi.


A emissão ajudará a Petrobras a financiar um plano de investimentos de cinco anos de US$ 220 bilhões, até 2014, o maior programa de investimentos da indústria petroleira no mundo.
A companhia havia planejado inicialmente vender as ações no primeiro semestre, mas adiantou o cronograma enquanto espera que o Congresso aprove um projeto de lei que permitirá ao governo transferir as reservas do pré-sal à Petrobras. A legislação é parte de um pacote de leis implementadas no último ano pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tenta aumentar o controle do Estado sobre o setor de petróleo.


O senador Delcídio Amaral, que está encarregado da elaboração de uma versão final do projeto de lei, disse na quarta-feira que o governo está tentando aprovar no senado, até 8 de junho, uma lei que permitirá a troca de direitos de exploração de petróleo por ações da Petrobras, no primeiro dos quatro projetos de lei que serão votados.


Isso ajudará a evitar o risco da medida, a segunda na fila de votações do congresso, ser adiada se o primeiro projeto de lei ficar preso em discussões, disse Amaral.


A Petrobras prosseguirá com a venda das ações mesmo sem a aprovação do congresso, disse Gabrieli em uma entrevista em 30 de abril. O governo brasileiro tem uma participação de 32% na Petrobras e controla a companhia com a maioria de ações com voto.

 

 

Fonte: Valor Econômico/Shiyin Chen e Helder Marinho, Bloomberg, de Cingapura e do Rio

 

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