Exportações

Petrobras exportará menos álcool em 2008

As metas de exportação de etanol da Petrobras para 2008 esbarram nas demoradas negociações contratuais com a Venezuela e na falta de infra-estrutura para receber o produto na Nigéria.

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30/08/2007 03:00
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As metas de exportação de etanol da Petrobras para 2008 esbarram nas demoradas negociações contratuais com a Venezuela e na falta de infra-estrutura para receber o produto na Nigéria. Ontem, na divulgação do plano de investimentos para a área de abastecimento entre 2008 e 2012, a estatal admitiu a redução na projeção dos embarques de álcool para o ano que vem. O projeto inicial, de 850 milhões de litros, foi reduzido para 500 milhões de litros.

A Venezuela é o principal motivo para a revisão desses volumes. Em 2006, o país respondeu por 82 milhões de litros do total de 120 milhões de litros exportados pela Petrobras. Este ano, a demora das negociações contratuais com a venezuelana PDVSA congelaram as exportações, que em 2006 foram feitas para algumas regiões do país, com o objetivo de incentivar projetos-piloto de mistura do álcool na gasolina.


O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, explicou que a PDVSA tem optado pelo uso do aditivo mtbe (éter metil terbutílico). No caso da Nigéria, o problema foi a falta de infra-estrutura para receber o produto, como tanques, tubulações e outros equipamentos adequados para manejo das cargas de etanol.


Costa ressaltou, contudo, que o revés nas exportações no curto prazo não muda o projeto de exportações para os anos seguintes. Na África, a estatal negocia, além da Nigéria, com a África do Sul. As conversas na Ásia acontecem com China, Cingapura e Coréia do Sul, além do Japão, principal responsável pela projeção da Petrobras de exportar 4,75 bilhões de litros em 2012.


No Brasil, a empresa planeja ampliar a capacidade do alcooduto entre a refinaria de Paulínia (SP), e Ilha D´Água (RJ), via utilizada para os embarques de etanol feitos para os EUA. A capacidade atual do duto é de 1,5 bilhão de litros anuais e o objetivo da companhia é elevá-la para entre 3 e 4 bilhões de litros anuais até 2010. Além disso, estuda a construção de outros dois dutos para o transporte do produto, um entre Goiás e São Paulo e outro entre Mato Grosso do Sul e Paranaguá (PR). Os investimentos esperados para esses dutos representam 46% do total de US$ 1,5 bilhão estimados pela empresa para aporte neste setor.


Costa voltou a frisar que a companhia não pretende ser majoritária nos cinco projetos em estudo para a implantação de usinas de etanol no país. A empresa pretende ter, em conjunto com a japonesa Mitsui, até 30% dos empreendimentos. O raciocínio de parceria vale, segundo Costa, para os dutos e a comercialização, desde que os futuros sócios respeitem "alguns princípios". Segundo o executivo, qualquer interessado em se associar à Petrobras no setor de álcool deve ter em mente a necessidade de contratos de longo prazo, de exclusividade para a produção de álcool e de baixa flutuação de preço.

Fonte: Valor
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