A Petrobras adquiriu da Chariot, grupo independente de exploração de petróleo e gás, 50% de participação na exploração do bloco 2714A, localizado no mar do sul da Namíbia. Em cerimônia realizada ontem (18), na sede da Petrobras no Brasil, H.S. Ndume, presidente da empresa Enigma e o diret
Agência PetrobrasA Petrobras adquiriu da Chariot, grupo independente de exploração de petróleo e gás, 50% de participação na exploração do bloco 2714A, localizado no mar do sul da Namíbia. Em cerimônia realizada ontem (18), na sede da Petrobras no Brasil, as duas empresas assinaram um contrato de farm-out (cessão parcial dos interesses) para o bloco, tendo sido representadas por suas subsidiárias integrais, a Petrobras Oil and Gas BV e a Enigma Oil & Gas Exploration. Os 50% restantes da participação permanecem com a Chariot, tendo a subsidiária local Enigma como operadora do bloco.
Segundo o acordo, a Petrobras pagará pela aquisição o montante inicial de US$ 16,04 milhões, referentes a um bônus de assinatura e reembolso de custos passados, que inclui uma aquisição de sísmica 3D.
Além do valor acima referido, no caso de uma descoberta comercial será pago um bônus de produção equivalente a 4,75% (após royalties) da parcela de produção da Petrobras, limitado a 2 milhões de barris de óleo equivalente ou ao valor de US$ 118 milhões, o que ocorrer primeiro.
O compromisso de trabalho assumido pela Petrobras é realizar estudos geológicos e geofísicos que permitam a modelagem do sistema petrolífero da área, com opção de saída antes de perfurar um poço. O período inicial de exploração no bloco se encerra em agosto de 2010. O documento assinado pelas duas empresas ainda está sujeito à aprovação do Ministério de Minas e Energia da Namíbia.
Cobrindo uma área de aproximadamente 5.500 quilômetros quadrados, em águas que variam de 150 a 1.500 metros de profundidade, o bloco está situado na bacia costeira do Sudoeste da África, entre as sub-bacias de Orange e Luderitz, a uma distância média de 80 quilômetros da costa. Um programa sísmico de 3D, com 1.000 quilômetros quadrados de área, foi realizado recentemente pela empresa Enigma no bloco. O processamento e a interpretação destes dados estão em andamento e há a previsão, ainda para este ano, de outro programa sísmico no bloco, de cerca de 1.500 quilômetros quadrados adicionais.
Após concluir a avaliação dos dados, a Petrobras poderá optar por renovar o contrato, o que inclui compromisso com o programa de exploração para a perfuração de um poço exploratório. A Enigma continuará sendo a operadora do bloco até o final do período inicial de exploração, podendo a Petrobras assumir esta posição posteriormente, caso resolva continuar no bloco na fase seguinte.
A assinatura desse contrato está em consonância com a estratégia da Petrobras de buscar oportunidades em águas profundas e ultraprofundas no Oeste da África, onde a companhia já possui importante atuação em países como Angola e Nigéria.
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