Empresas

Pelo Cadastro Central de Empresas o Brasil perdeu 289 mil empresas em 2014

Agência Brasil/Redação
17/06/2016 13:47
Pelo Cadastro Central de Empresas o Brasil perdeu 289 mil empresas em 2014 Imagem: Freeepik Visualizações: 1156 (0) (0) (0) (0)

O Brasil perdeu 289 mil empresas em 2014, uma queda de 5,4% em relação a 2013 e a primeira desde o início da série histórica, em 2007, do Cadastro Central de Empresas (Cempre) divulgado hoje (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As organizações formais ativas, 5,1 milhões, ocupavam 55,3 milhões de pessoas. O número representa aumento de pessoal ocupado de 0,2% (97,5 mil) e de pessoal ocupado assalariado de 0,8% (381,3 mil), comparado a 2013.

Uma das coordenadoras da pesquisa, Kátia Cilene Medeiros de Carvalho, explicou que a maioria das empresas que não resistiram à crise era de pequeno porte. “A maioria das empresas que fecharam era dos setores de comércio e da indústria de transformação, com até nove pessoas ocupadas. O aumento, embora pequeno, do pessoal ocupado sugere que, provavelmente, os trabalhadores que perderam seus empregos nas empresas que fecharam foram absorvidos por empresas maiores, já consolidadas, que têm mais condições de sobreviver a períodos de crise”, comentou Kátia.

O número de sócios e proprietários recuou 3,9% (283,8 mil), que também podem ter sido, em boa parte, absorvidos pelo mercado, entrando como pessoal assalariado. O total de salários e outras remunerações (R$1,5 trilhão) aumentou 4,5%, e o salário médio mensal (R$ 2.301,82) cresceu 1,8%, em termos reais.

Em 2014, pelo quinto ano consecutivo, o comércio, a reparação de veículos automotores e de motocicletas concentraram a maior parte do pessoal ocupado assalariado, com 9,3 milhões de pessoas (19,3%) e representaram 40,1% das empresas (2 milhões). Porém, em salários e outras remunerações, o comércio ficou na terceira colocação (12,3% ou R$ 181,4 milhões). O setor com maior participação em salários e outras remunerações foi administração pública, defesa e seguridade social, com R$ 338,2 milhões (23%).

Os menores salários médios mensais foram pagos por alojamento e alimentação (R$ 1.133,10), atividades administrativas e serviços complementares (R$ 1.409,43) e comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (R$ 1.498,91). Essas atividades, que pagaram salários médios mensais menores, absorveram juntas 32,6% do pessoal ocupado assalariado.

Sexo e Escolaridade

O salário das mulheres era equivalente a 80% do salário dos homens em 20014. A média salarial para homens era de R$ 2.521,07 e para mulheres, de R$ 2.016,63.

A administração pública e as entidades sem fins lucrativos apresentaram maior participação feminina no pessoal ocupado assalariado. Nas entidades empresariais predominava o pessoal ocupado assalariado masculino em todo o período considerado. “O número de mulheres vem crescendo ano a ano. Nas empresas públicas, a entrada é facilitada pelos concursos, em que o mérito é que conta, mas a participação feminina também está crescendo nas empresas privadas, embora em menor número”, disse Kátia.

Em 2009, 41,9% dos assalariados brasileiros eram mulheres e em 2014 o percentual subiu para 43,5%. Com relação às entidades empresariais, houve queda de 5,6 pontos percentuais na diferença entre a participação masculina e a feminina de 2008 a 2014. Nas entidades sem fins lucrativos, a participação das mulheres assalariadas aumentou de 52,8% para 55,6% no mesmo período.

Por nível de escolaridade, o pessoal ocupado assalariado com nível superior recebeu, em média, R$ 4.995,08, enquanto o pessoal sem nível superior recebeu R$ 1.639,04, uma diferença de 204,8%.

Em relação à escolaridade, a administração pública apresentou a maior proporção de assalariados com nível superior (43,9%), mas o pessoal sem nível superior predominou em todas as categorias, atingindo 87,9% nas entidades empresariais e 71,2% nas entidades sem fins lucrativos.

Regiões do Brasil

A Região Sudeste concentrava 51,6% (2,9 milhões) das unidades locais, 50,5% do pessoal ocupado (27,9 milhões), 50,2% do pessoal assalariado (24,2 milhões) e 54,4% (R$ 799,8 bilhões) dos salários e outras remunerações.

O Sul do país foi a segunda região com maior número de unidades locais (22%) e em salários e outras remunerações (16,1%), mas ficou na terceira posição em relação a pessoal ocupado total ou assalariado, com 17,8% e 17,2% respectivamente. A Região Norte ficou na segunda posição em pessoal ocupado (17,9%) e em pessoal ocupado assalariado (18,5%) e ficou na terceira colocação em número de unidades locais (15,1%) e em salários e outras remunerações (14,4%). A Região Centro-Oeste ficou na quarta colocação em todas as variáveis analisadas, e a Região Norte na quinta colocação, com os menores valores.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Biocombustíveis
Brasil: protagonista da transição do transporte internac...
08/07/25
Evento
Nova Era Connections 2025 celebra os 20 anos da Nova Era...
08/07/25
Sustentabilidade
Foresea conquista Selo Social e apresenta resultados exp...
08/07/25
Meio Ambiente
Tecnologia da Unicamp viabiliza produção sustentável de ...
08/07/25
Premiação
Gasmar conquista prêmio nacional com projeto desenvolvid...
08/07/25
Pré-Sal
FPSO Guanabara MV31 lidera produção nacional de petróleo...
08/07/25
Gás Natural
Petrobras vai escoar mais gás do pré-sal para baixar pre...
07/07/25
Sergipe Oil & Gas 2025
Petrobras aposta no Sergipe Oil & Gas e será a patrocina...
07/07/25
Indústria Naval
Estaleiros brasileiros e chineses assinam documento para...
07/07/25
Etanol
Anidro sobe 0,11% e hidratado recua 0,17% na semana
07/07/25
Porto de Santos
Ageo Terminais conclui captação de R$ 154 milhões em deb...
07/07/25
Logística
Durante o Macaé Energy, Líder Aviação destaca experiênci...
07/07/25
Gás Natural
SCGÁS divulga novos projetos aprovados por meio de leis ...
04/07/25
Rio Grande do Sul
Sulgás defende mobilização de deputados gaúchos para ass...
04/07/25
Biodiesel
ANP recebe doação de equipamentos para detectar teor de ...
04/07/25
Meio Ambiente
Biometano emite até 2,5 vezes menos CO₂ do que eletricid...
04/07/25
Fusões e Aquisições
Petróleo lidera fusões e aquisições globais; especialist...
04/07/25
Investimentos
Petrobras irá investir R$ 33 bilhões em projetos de refi...
04/07/25
Sergipe Oil & Gas 2025
Petrobras aposta no Sergipe Oil & Gas e será a patrocina...
04/07/25
Pessoas
Julia Cruz é a nova secretária de Economia Verde, Descar...
03/07/25
Gás Natural
TBG lança produto de curto prazo flexível anual
03/07/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.