Folha de Pernambuco
O prometido terminal de regaseificação no Porto de Suape deve começar a sair do papel. O empreendimento - que já chegou a ser negociado entre a Shell, a Petrobras e o Governo do Estado - volta à tona, após cinco anos de estudos dos investidores. Dessa vez, a parceria deverá contar com a Petroleos da Venezuela S.A. (PDVSA), sócia da Refinaria Abreu e Lima. Segundo o primeiro vice-presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), Ricardo Essinger, como os venezuelanos estão construindo uma usina de liquefação e precisarão de uma plataforma para fazer o processo inverso (regaseificação) com o gás natural, o Estado tem mais chances de receber o projeto. Pernambuco é uma opção viável, com o maior consumo e a refinaria, afirmou.
O gás líquido viria da Venezuela e se houver necessidade, de Trindad Tobago, usando o gasoduto Venezuela-Brasil, que passaria por Manaus e Fortaleza, ligando-se ao Nordestão (gasoduto local). Tudo ainda está em estudo, mas é bem provável porque a Venezuela não tem consumidor para todo o gás que produz, explicou.
O terminal de regaseificação é aguardado desde meados de 2000. Naquela época, o empreendimento foi estimado em US$ 200 milhões, valor a ser aplicado num terminal marítimo e numa unidade de estocagem e regaseificação de gás natural. A idéia era transformar o gás líquido importado em gás combustível para as termelétricas da Região Nordeste. Os planos previam importar até 160 mil metros cúbicos de gás líquido e regaseificar cinco milhões de metros cúbicos por dia, a partir de 2005.
A participação da Shell no negócio deve permanecer. Recentemente, o vice-governador José Mendonça Filho visitou o terminal de regaseificação da Shell na Geórgia, Estados Unidos. Ele foi acompanhado do vice-presidente da empresa, Antônio Assumpção.
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