<P>Com um investimento próximo a R$ 30 milhões, o porto paranaense de Paranaguá vai iniciar em dez dias a dragagem emergencial do seu canal de acesso - o Canal da Galheta - cuja profundidade está reduzida a menos de 11 metros e que teve sua largura diminuída em mais de 30 metros devido ao assor...
Gazeta MercantilCom um investimento próximo a R$ 30 milhões, o porto paranaense de Paranaguá vai iniciar em dez dias a dragagem emergencial do seu canal de acesso - o Canal da Galheta - cuja profundidade está reduzida a menos de 11 metros e que teve sua largura diminuída em mais de 30 metros devido ao assoreamento provocado pelas chuvas intensas dos últimos meses no litoral Sul. Com a execução do serviço, o canal deverá voltar a sua largura original de 200 metros e a profundidade será de 15 metros. A área que será dragada tem cerca de seis quilômetros de comprimento.
Na sexta-feira passada chegou ao terminal a draga HAM 310, equipamento com bandeira holandesa fabricado em 1985 e reformado no ano 2000, com 167,3 metros de comprimento e 23,04 metros de largura e uma cisterna de 12,5 mil metros cúbicos. A embarcação operava em Dubai, onde estava realizando trabalho de dragagem para a construção de ilhas artificiais. A draga é da empresa carioca Somar Serviços de Operações Marítimas e seu trabalho envolve um volume total a ser dragado de 3,67 milhões de metros cúbicos num prazo de 100 dias.
Com 15 metros de profundidade no canal, o porto paranaense poderá ter um novo patamar de acesso para navios de grande porte segundo o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Daniel Lúcio Oliveira de Souza. Em paralelo à realização do serviço, a Appa vai contratar simulações de operação de navios na Galheta. Quando terminarmos a dragagem, estaremos concluindo a simulação realizada em conjunto com a Universidade do Rio de Janeiro e também com a USP e vamos apresentar os relatórios de conclusão à Capitania dos Portos para solicitar que a capitania libere o porto para navios acima de 300 metros, embarcações denominadas Pós-Panamax, disse.
A norma de navegação atual em Paranaguá data de 1999 e permite a entrada de navios de até 285 metros (os chamados Navios Panamax). Para o superintendente, navios graneleiros de grande porte permitem uma queda acentuada no custo do frete, no caso do embarque de soja e milho o custo por tonelada chega a ser US$ 20 menor do que em navios de menor porte.
Fale Conosco