Valor Econômico
O setor elétrico brasileiro está vivendo hoje momentos de grande discussão sobre o suprimento de energia até o final da década que lembram um pouco as discussões e alertas que precederam o racionamento de energia em 2001. Um extrato dessa discussão pôde ser visto ontem no seminário O Futuro do Setor de Energia no Brasil, promovido pelo Valor. Enquanto o setor privado já vê ameaça da oferta de energia em 2009 se menor, ou pelo menos igual, à demanda do país, o governo fala em ameaça de superoferta.
Um dos mais otimistas tem sido o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, que ontem considerou assombroso o número de investidores que apresentaram empreendimentos na fase de pré-habilitação para o leilão de energia nova que será realizado em dezembro. Foram 258 projetos, que juntos teriam capacidade de gerar 63.378 megawatts (MW).
Mais cautelosos, o presidente da Câmara Brasileira de Investidores em Energia Elétrica (CBIEE), Cláudio Sales, e o vice-presidente da Associação Brasileira dos Geradores de Energia Elétrica (Abrage), Antonio Bolognesi, sugerem mais incentivos aos investidores.
Cláudio Sales mostrou estudos feitos pela empresa de consultoria PRS, do consultor Mário Veiga, apontando para 2009 uma oferta de 57.400 MW médios (MW/m), para uma demanda de 57.300 MW/m. Mas Sales ressaltou que a oferta estimada em sua apresentação considera a geração de energia por termoelétricas que já não têm gás.
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