Folha de Pernambuco
Menos de duas semanas depois de a direção da Shell ter anunciado interesse em investir num terminal de regaseificação de gás natural liqüefeito (GNL) no Nordeste, o presidente da White Martins, Domingos Bulus, revelou que a empresa também pode trabalhar nesse segmento na Região. A declaração foi feita ontem, pelo executivo, quando ele informava que o grupo pretende investir US$ 150 milhões no Brasil em 2006, igual montante deste ano. O porto de Suape, em Pernambuco, possui condições técnicas e de logística para receber um empreendimento desse porte, que custa em torno de US$ 250 milhões (conforme a Shell), porque atenderia aos projetos estruturadores, como, por exemplo, o estaleiro Camargo Corrêa e o Pólo de Poliéster.
Bulus disse que não há uma decisão sobre qual o percentual dos investimentos que serão destinados à área de gás natural, pois isso dependerá dos projetos que forem aprovados neste período. De acordo com o executivo, a companhia tem interesse em participar de um projeto de regaseificação de GNL para abastecer a região com a importação do produto, porque foi consultada pela Petrobras, que atualmente avalia o projeto. Bulus ressaltou, no entanto, que a saída do empreendimento do papel dependerá da companhia energética brasileira. A decisão é da Petrobras. É ela quem sabe qual vai ser a produção no Brasil e a necessidade de importação, afirmou.
Segundo o presidente da White Martins, a construção de uma planta de regaseificação demoraria, pelo menos, 30 meses. Ele estimou que os custos da unidade seriam de cerca de US$ 80 milhões a US$ 100 milhões. Para o presidente da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), Romero de Oliveira, algumas questões estão começando a assanhar o mercado. Existe uma necessidade de equalizar o suprimento de gás natural na Região e Suape tem um atrativo fantástico para o terminal, comentou.
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