Estudo

Nordeste precisa investir R$ 25,8 bilhões para escoar produção

O valor deverá ser aplicado em odovias, ferrovias, hidrovias e portos a fim de evitar gargalos no escoamento de produção. O dado faz parte do estudo Nordeste Competitivo, encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgado nesta ter&cc

Agência Brasil
30/10/2012 15:23
Visualizações: 859 (0) (0) (0) (0)
A Região Nordeste precisa investir R$ 25,8 bilhões em rodovias, ferrovias, hidrovias e portos a fim de evitar gargalos no escoamento de produção. O dado faz parte do estudo Nordeste Competitivo, encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgado nesta terça (30). Segundo o levantamento, o valor deve ser aplicado nos próximos oito anos em 83 projetos eleitos como prioritários, sendo que a maior parte deles - 90% - diz respeito à ampliação e modernização de portos e ferrovias. Caso o investimento não ocorra, a pesquisa prevê entrave ao transporte de cargas na região.

De acordo com o estudo da CNI, o investimento total para resolver os problemas de logística nos estados do Nordeste chega a R$ 71 bilhões para tocar 196 projetos. No entanto, com foco inicial somente nos prioritários, o estudo aponta que seria possível recuperar o valor investido em uma média de 4,4 anos, com a economia de R$ 30,2 bilhões gastos na região com frete, pedágios, transbordo e tarifas portuárias.

Durante a divulgação dos dados, representantes da CNI defenderam a colaboração entre os setores público e privado para garantir as reformas necessárias. "Sugerimos que uma força-tarefa multidisciplinar [envolvendo setor público e privado] seja criada", disse Robson Braga de Andrade, presidente da CNI.

"Não podemos deixar que esse trabalho [a pesquisa] morra nas gavetas dos móveis das autoridades governamentais", afirmou José de Freitas Mascarenhas, vice-presidente da entidade e presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb). Segundo ele, o estudo Nordeste Competitivo teve a colaboração dos governos estaduais e será levado a representantes do governo federal.

A pesquisa destaca que a Região Nordeste responde por 13,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro - soma de todas as riquezas produzidas pelo país. O estudo prevê que, sem os investimentos necessários, a região enfrentará, a partir de 2020, uma situação crítica para escoar produtos e bens.

O trecho de ferrovias Açailândia-Marabá, por exemplo, que liga duas cidades paraenses, mas corta o Nordeste, recebe 279 mil toneladas de carga diariamente. A capacidade máxima é 311 mil toneladas. A previsão é que, em 2020, o volume diário de carga da rodovia chegue a 877 mil toneladas.

A situação dos portos também deixa a desejar. De acordo com o levantamento, atualmente, dois portos nordestinos - Complexo Portuário de São Luís, no Maranhão, e o Porto de Recife, na capital pernambucana - operam acima de sua capacidade. No entanto, a previsão é de que, em 2020, seis portos operem acima da capacidade e mais dois sofram com gargalos. Os casos mais críticos devem ser os do Complexo Portuário de São Luís e do Porto de Natal.

Quanto às rodovias que cruzam a região, três apresentam gargalos, com carros e caminhões transportando carga que ultrapassa em 65% o peso suportado por essas estradas. Segundo o estudo da CNI, uma simulação de crescimento da produção até 2020 mostra que, sem investimentos, nove rodovias serão usadas acima de sua capacidade no prazo de oito anos. Duas delas podem apresentar estado crítico, ultrapassando em 151% o peso máximo suportado.

O estudo Nordeste Competitivo é o terceiro de uma série para identificar gargalos no desenvolvimento do país. Já foram divulgadas pela CNI as pesquisas Norte Competitivo e Sul Competitivo. A primeira revelou necessidade de investir R$ 13,8 bilhões em obras prioritárias na Região Norte. A segunda mostrou demanda por R$ 15,2 bilhões para os investimentos mais urgentes na Região Sul. Um estudo semelhante sobre a Região Centro-Oeste já está em andamento e deve ser divulgado no 2° trimestre de 2013.
Mais Lidas De Hoje
veja Também
Combustíveis
Biodiesel ganha protagonismo na economia e no cotidiano ...
07/08/25
Pessoas
Alessandro Falzetta é o novo Diretor de Experiência do ...
07/08/25
Parceria
Vultur Oil e Mandacaru Energia são novas parcerias da MX...
07/08/25
Exportações
Firjan reitera preocupação com implementação de tarifaço...
07/08/25
Evento
Fenasucro & Agrocana: 5 motivos para não perder a maior ...
06/08/25
Etanol
Produção do etanol de trigo é aposta para ampliação da m...
06/08/25
Carros elétricos
Programa Carro Sustentável faz vendas de modelos 1.0 sal...
06/08/25
Energia renovável
Com 4,2 GW ao longo de 2025, usinas renováveis dominaram...
06/08/25
Investimento
Grupo Potencial pretende investir R$ 2 bi em biorrefinar...
06/08/25
PD&I
Navio da Transpetro realiza inspeção estrutural utilizan...
06/08/25
Combustíveis
Diesel comum fica mais caro em julho, enquanto S-10 segu...
06/08/25
Bacia de Campos
Petrobras conclui cessão dos campos de Cherne e Bagre pa...
06/08/25
Resultado
PRIO supera obstáculos e fecha o 2T25 com marcos importa...
06/08/25
Combustíveis
Preços dos combustíveis caem na BR-101, mas rodovia aind...
05/08/25
Bacia de Santos
bp anuncia descoberta de petróleo no poço exploratório B...
05/08/25
Bunker
Bunker One e Acelen passam da marca de 60 embarcações ab...
05/08/25
Etanol
Pedra Agroindustrial recebe autorização da ANP para inic...
04/08/25
Evento
Biocombustíveis de nova geração ganham espaço na Fenasuc...
04/08/25
Negócio
PPSA vai comercializar 500 mil barris de Atapu em agosto
04/08/25
Descomissionamento
Contrato de embarcações voltadas à campanha de prontidão...
04/08/25
Combustíveis
Etanol registra alta na última semana de julho, aponta C...
04/08/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22