Jornal da Paraíba, 02/02/2018
A Petrobras e a Transpetro realizaram, na tarde desta quarta-feira (31), a operação piloto Ship to Ship no Porto de Cabedelo. A manobra, que consiste na transferência de carga de petróleo e seus derivados entre embarcações sem a necessidade de desembarcar o produto em terra firme, deve atrair novas empresas para transportar combustíveis para a Paraíba.
A manobra foi acompanhada pelo governador Ricardo Coutinho (PSB), que falou da expectativa de que, após a liberação da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), o Porto de Cabedelo sirva para ser pólo de distribuição de combustíveis para outros portos.
“É uma operação que abre uma larga porta de opções para o Porto de Cabedelo, afinal num único cais você pode ter uma segunda atracação e a partir disso gerar movimentação de cargas e receitas. Essa é uma operação que visa também desafogar o porto de Suape e ao mesmo tempo fortalece o Porto de Cabedelo”, avaliou o governador.
Ricardo destacou ainda os investimentos que vêm sendo feitos no Porto com recursos próprios do Governo do Estado, desde a reforma no cais 101, a nova sinalização náutica, defensas e outras intervenções que vêm sendo realizadas, que inclusive estão garantindo que essa operação inédita possa acontecer. “O Porto é um equipamento estratégico para o Estado e estamos com uma possibilidade extraordinária de aumentar a movimentação de cargas, particularmente de combustível e atrair a centralidade para o Porto de Cabedelo”, enfatizou.
A presidente da Companhia Docas da Paraíba, Gilmara Temóteo, comemorou o sucesso da operação piloto. “A Petrobras apostou no Porto de Cabedelo e, em decorrência disso, o governador Ricardo Coutinho autorizou e cobrou que os investimentos fossem realizados para que pudéssemos trazer essa operação para a Paraíba”, explicou a executiva.
Gilmara lembrou que a operação piloto foi uma etapa inicial e que a partir de agora a Companhia vai dar continuidade aos próximos passos para que a Ship to Ship se consolide o mais rápido possível.
O gerente de implantação de novas operações da Petrobras, Joselito Câmara, destacou que tecnicamente a operação piloto foi muito tranquila. Ele realçou que o Porto de Cabedelo naturalmente é um porto seguro por conta das condições naturais e isso contribui para que a intervenção se dê de forma muito tranquila. “Resumindo, a atracação que é onde a gente tem o maior cuidado, aconteceu dentro do previsto e muito rápida e eu acredito que tanto a autoridade marítima, quanto a autoridade ambiental, ficaram convencidas do que se trata de uma operação segura”, disse Câmara.
Segurança
As estatísticas confirmam a segurança da operação. Segundo a Petrobras, a Ship to Ship acontece no Brasil desde 2013, com mais de 600 operações contabilizadas e nenhum acidente ou incidente registrado. No mundo, nos últimos 15 anos, também não há registro de acidentes.
Fale Conosco
20