Jornal do Commercio
O programa de metas para o nível dos reservatórios das hidrelétricas ainda não foi regulamentado, mas o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, já adiantou que o governo pode ter dificuldades para manter os níveis estipulados para novembro, de 53% nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e 35% no Nordeste. Simulação feita com dados de junho, indica que, para atingir o objetivo, o ONS precisaria acionar 1,564 megawatts (MW) médios em térmicas que hoje não têm contratos de gás.
Os níveis-meta para os reservatórios foram estipulados pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), com o objetivo de poupar água nas barragens e garantir o abastecimento do ano seguinte, mesmo que chova pouco. Foram indicadas metas para o fim dos períodos seco (maio a novembro) e chuvoso (dezembro a abril). O programa ainda será regulamentado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), mas Chipp acredita que as metas serão ratificadas e que as principais discussões devem girar em torno de quem paga a conta pelo uso das térmicas.
Ao ONS cabe definir quanta energia térmica terá de ser usada para que a meta seja atingida. Segundo os cálculos apresentados pelo diretor-geral do ONS, o Brasil precisará de 6,741 mil MW médios em térmicas para que os reservatórios atinjam a meta para o fim do período seco deste ano. No entanto, há apenas 5,177 mil MW médios disponíveis atualmente.
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