Manutenção na ODN I foi pioneira no país e a maior operação do Estaleiro Rio Grande (RS) desde que retomou suas atividades. Trabalho durou 66 dias
Redação TN Petróleo/AssessoriaO navio-sonda ODN I, da Foresea, empresa líder de mercado no setor de perfuração offshore, deixa o Estaleiro Rio Grande (RS), nesta quinta-feira, 10 de agosto, após 66 dias de manutenção completa em dique seco, operação inédita no país, que mobilizou mais de 600 trabalhadores. A embarcação de 240 metros de comprimento permaneceu totalmente fora do mar nos últimos dois meses, passando por serviços de limpeza, pintura, manutenção, modernização de sistemas, reparos de tubulação, entre outros.
"A manutenção da ODN I em dique seco no Estaleiro Rio Grande foi a primeira de uma sonda dessa classe (elevada arqueação) de que se tem notícia no Brasil. Temos muito orgulho do trabalho complexo e planejado que fizemos ao longo dos últimos meses”, declarou o Chief Operations Officer da Foresea, Heitor Gioppo (foto).
O Estaleiro Rio Grande preparou um plano de picadeiros (berço que recebe o navio) especialmente para essa docagem da ODN I. "Foi um trabalho inédito, tanto para o cliente quanto para o estaleiro. O nosso maior desafio foi a obtenção de uma mão de obra mais técnica para atuar por um curto espaço de tempo. Nos preparamos por três meses para os serviços e o resultado foi bastante positivo", celebra Ricardo Ávila, diretor operacional da Ecovix, dona do estaleiro Rio Grande.
Agora, a ODN I segue para o Rio de Janeiro onde permanecerá por mais um mês para a conclusão da revisão. Neste período, serão reinstalados os thrusters (equipamentos de propulsão), embarcados equipamentos e materiais necessários ao início das operações. Depois disso, o navio atenderá a novo contrato com a Petrobras. “Estamos prontos para seguir em novo contrato, com o reconhecido padrão Foresea de excelência operacional e segurança, que são os maiores valores da empresa", ressalta Gioppo.
Navio-sonda já interviu em 63 poços
A ODN I é uma das cinco sondas próprias de perfuração offshore operadas pela Foresea. Nos últimos 10 anos, a unidade atuou em vários campos no Brasil de águas profundas e ultra-profundas. Nesse período, interviu em 63 poços.
A embarcação é dotada de sistema de posicionamento dinâmico DP-3 e conta com a tecnologia de perfuração com pressão MPD (Managed Pressure Drilling). Pode operar em lâmina d’água de até 3,048 metros e é capaz de perfurar poços produtores, injetores e exploratórios de alta complexidade com segurança e precisão em profundidades de até 12.195 metros.
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