Redação TN Petróleo/Assessoria
O governador Carlos Moisés liderou uma comitiva que foi à sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, reivindicar a ampliação da oferta de gás natural para Santa Catarina. Acompanhado dos presidentes da SCGÁS, Willian Anderson Lehmkuhl, da Fiesc, Mário Cezar de Aguiar, e da Celesc, Cleicio Poletto, o chefe do Executivo estadual salientou que o Estado corre o risco de perder competitividade no cenário nacional se houver falta do insumo, usado por 50% do PIB industrial catarinense.
As lideranças de Santa Catarina entregaram ao diretor de refino e gás natural da estatal, Rodrigo Costa Lima e Silva, um ofício com as reivindicações. A diretoria da Petrobras afirmou que analisará o documento e enviará uma resposta dentro de duas semanas. Segundo o governador, a pauta é importante para a continuidade do desenvolvimento econômico do Estado.
“Para que Santa Catarina siga crescendo, é importante que a nossa infraestrutura acompanhe esse ritmo. Precisamos ampliar a oferta de gás natural. Entregamos as nossas reivindicações à Petrobras e tenho certeza que teremos um bom desfecho. A nossa indústria necessita deste insumo para continuar investindo e avançando”, afirmou o governador após o encontro.
Na avaliação do presidente da Fiesc, o Estado tem dado respostas rápidas em relação à infraestrutura, porém uma eventual falta de gás natural pode atrasar ou até mesmo paralisar o crescimento. Atualmente, o mercado de São Paulo possui tarifas mais atrativas, o que prejudica a competitividade das indústrias catarinenses, em especial no setor cerâmico.
Suprimento de gás natural em Santa Catarina
O contrato atual de suprimento com a Petrobras prevê a aquisição de 2,08 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural, com possibilidade de distribuição de mais 5% da quantidade contratada. O Gasbol, que abastece o Estado, atingiu seu limite de capacidade na zona SC2, que abrange os pontos de entrega de Biguaçu até Nova Veneza. Essa limitação ocorre devido à diminuição do diâmetro e porque a região consome grandes volumes de gás natural, puxado principalmente pelas indústrias do segmento cerâmico.
“Trabalhamos pela ampliação do suprimento em Santa Catarina e há mais de 10 anos alertamos para esse gargalo de oferta. Essa atenção dada ao assunto pelo governo Carlos Moisés certamente sensibilizará as autoridades federais. Nosso estado é o segundo do país em cidades atendidas, são 65 municípios e centenas de ramos e marcas industriais abastecidas que competem no mercado externo e interno”, diz Lehmkuhl.
Até 2025, a SCGÁS projeta investir mais de R$ 450 milhões para construir 500 novos quilômetros de rede, ligando mais 120 indústrias e 30 mil novos clientes.
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