<P>O Porto de Santos irá fechar o ano tendo movimentado 75,2 milhões de toneladas, um aumento de 4,6% na comparação com 2005, quando foram escoadas 71,2 milhões de toneladas pelo complexo. O levantamento da Codesp, estatal que administra o porto, prevê, ainda, um crescimento de 4,8% nas opera?...
A Tribuna - SPO Porto de Santos irá fechar o ano tendo movimentado 75,2 milhões de toneladas, um aumento de 4,6% na comparação com 2005, quando foram escoadas 71,2 milhões de toneladas pelo complexo. O levantamento da Codesp, estatal que administra o porto, prevê, ainda, um crescimento de 4,8% nas operações no próximo ano, quando o cais deverá registrar o embarque e desembarque de 78,8 milhões de toneladas.
As perspectivas integram o balanço divulgado ontem pela Autoridade Portuária do qual constam não somente os números operacionais do cais, mas também as ações empreendidas ao longo de 2006, dentre as quais alterações contratuais e intervenções viárias.
Apesar da projeção de incremento de 4,6% nas cargas operadas no atual exercício, o índice ficará abaixo do esperado. Originalmente a Codesp havia antevisto um crescimento de dois dígitos, na expectativa de que o porto fechasse o ano com cerca de 80 milhões de toneladas movimentadas.
Segundo o diretor comercial e de Desenvolvimento da Companhia Docas, Fabrizio Pierdomenico, a expectativa foi frustrada principalmente por dois motivos: a quebra da safra da soja, uma das principais commodities escoadas pelo cais, e a desvalorização do dólar frente ao real, tornando o produto brasileiro menos atraente no mercado externo e, consequentemente, arrefecendo o ritmo das exportações.
Já nos primeiros dez meses deste ano houve uma queda de 8% na movimentação do complexo soja em relação ao mesmo período do exercício anterior. No cálculo anual, o porto deverá fechar este ano com 9,8 milhões de toneladas da carga sendo movimentadas, uma redução de 5,5% em relação a 2005.
Mesmo assim, o executivo pondera: “O maior indicador de que não estamos perdendo espaço é que o nosso marketshare continua muito próximo do de 2005 (por volta de 27% da balança comercial). Isso significa que não é somente o porto que teve sua expectativa frustrada. De forma geral, todo o comércio exterior ficou aquém do esperado”, afirmou Pierdomenico.
Para o diretor, se o índice de crescimento ficou abaixo do ideal, não foi por falta de infra ou de superestrutura do porto. “A causa dessa frustração não pode ser debitada na operação portuária, até porque estamos fechando o ano com quase 100% da dragagem (de manutenção) concluída”, destacou o diretor.
Outras cargas que também protagonizaram acentuada queda foram o adubo e o enxofre. Apesar de os volumes movimentados pelo cais serem menos representativos que os da soja, os embarques e desembarques desses fertilizantes caíram, em média, 21%.
Dentre os motivos apresentados pela Codesp estão as dificuldades de financiamento dos produtores rurais e, no caso do porto, a reforma do terminal especializado na movimentação da carga.
Se este ano foi marcado pela quebra da safra de soja, no lado positivo teve o vertiginoso aumento da movimentação de álcool pelo cais. A perspectiva é de que o porto escoe 1,8 milhão de toneladas da carga neste ano, 41% a mais que em 2005.
O açúcar, a principal commodity em volume escoada pelo porto, com prováveis 10 milhões de toneladas movimentadas neste ano, teve um aumento de 6,2% em relação a 2005.
Fonte: A Tribuna - SP
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