Combustíveis

Mistura de etanol na gasolina subirá de 20% para 25% em abril

Previsão é da ANP.

Valor Econômico
18/01/2013 12:34
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A mistura do etanol na gasolina deve aumentar dos atuais 20% para 25% em abril, confirmou na quinta-feira (17) a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) Magda Chambriard. Perspectivas favoráveis na safra de cana-de-açúcar, matéria-prima do etanol, devem permitir a elevação, que ajudará a diminuir as importações de petróleo - devido ao menor consumo de combustível e reduzirá o preço da gasolina no varejo, visto que o etanol é mais barato do que a gasolina. Para especialistas, a decisão é mais uma das ações do governo para conter o avanço de preços em 2013.
"Acreditamos que vai [haver o aumento da mistura]. As sinalizações da safra [de cana-de-açúcar] são positivas", completou ela. Segundo uma fonte do Ministério da Agricultura, a safra avança com boas perspectivas. "Em fevereiro ou março, o Cima [Conselho Interministerial do Açúcar e do Álcool] vai analisar a produção e deve decidir pela antecipação do aumento em abril".
O aumento da mistura reduziria pela metade as importações da Petrobras e, com isso, traria um alívio de US$ 130 milhões, por mês, para o caixa da estatal, de acordo com cálculos do diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires.
Pires lembrou que a Petrobras evita repassar as oscilações das cotações de petróleo do mercado internacional para o mercado interno. A ausência de reajustes, na prática, confere alívio à inflação no varejo. Somente a gasolina representa 3,89% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O mercado ainda trabalha com possível alta no preço da gasolina no cenário inflacionário para 2013, disse a economista-chefe da Icap Brasil, Inês Filipa. "Mas o aumento da mistura do etanol na gasolina deve atenuar um pouco a elevação da inflação com o [possível] reajuste" disse a economista.
Para o superintendente-adjunto de inflação do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), Salomão Quadros, o aumento da fatia de etanol na formação da gasolina não deve ser motivo de comemoração para o consumidor. A decisão deve permitir um combustível mais barato no varejo, mas lembrou que, com a maior adição de etanol, a mistura que será vendida nos postos a partir de abril será muito mais pobre, em termos energéticos, do que a anterior.
O álcool hidratado tem em torno de 70% da capacidade energética da gasolina. "O consumidor pode economizar um pouco com a mistura mais barata, mas vai gastar mais, porque vai comprar mais gasolina para os mesmos percursos", disse o coordenador da FGV.
Para Quadros, a ação do governo em aumentar o percentual de etanol está inserida dentro da estratégia da União de promover ações que possam ajudar a conter o avanço da inflação em 2013. Citou as recentes notícias de adiamento em reajuste de tarifa de ônibus urbano, por parte de prefeituras, a pedido do Ministério da Fazenda - também uma tentativa de segurar o aumento da inflação. "A inflação preocupa em 2013", disse Quadros.

A mistura do etanol na gasolina deve aumentar dos atuais 20% para 25% em abril, confirmou na quinta-feira (17) a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) Magda Chambriard. Perspectivas favoráveis na safra de cana-de-açúcar, matéria-prima do etanol, devem permitir a elevação, que ajudará a diminuir as importações de petróleo - devido ao menor consumo de combustível e reduzirá o preço da gasolina no varejo, visto que o etanol é mais barato do que a gasolina. Para especialistas, a decisão é mais uma das ações do governo para conter o avanço de preços em 2013.


"Acreditamos que vai [haver o aumento da mistura]. As sinalizações da safra [de cana-de-açúcar] são positivas", completou ela. Segundo uma fonte do Ministério da Agricultura, a safra avança com boas perspectivas. "Em fevereiro ou março, o Cima [Conselho Interministerial do Açúcar e do Álcool] vai analisar a produção e deve decidir pela antecipação do aumento em abril".


O aumento da mistura reduziria pela metade as importações da Petrobras e, com isso, traria um alívio de US$ 130 milhões, por mês, para o caixa da estatal, de acordo com cálculos do diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires.


Pires lembrou que a Petrobras evita repassar as oscilações das cotações de petróleo do mercado internacional para o mercado interno. A ausência de reajustes, na prática, confere alívio à inflação no varejo. Somente a gasolina representa 3,89% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).


O mercado ainda trabalha com possível alta no preço da gasolina no cenário inflacionário para 2013, disse a economista-chefe da Icap Brasil, Inês Filipa. "Mas o aumento da mistura do etanol na gasolina deve atenuar um pouco a elevação da inflação com o [possível] reajuste" disse a economista.


Para o superintendente-adjunto de inflação do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), Salomão Quadros, o aumento da fatia de etanol na formação da gasolina não deve ser motivo de comemoração para o consumidor. A decisão deve permitir um combustível mais barato no varejo, mas lembrou que, com a maior adição de etanol, a mistura que será vendida nos postos a partir de abril será muito mais pobre, em termos energéticos, do que a anterior.


O álcool hidratado tem em torno de 70% da capacidade energética da gasolina. "O consumidor pode economizar um pouco com a mistura mais barata, mas vai gastar mais, porque vai comprar mais gasolina para os mesmos percursos", disse o coordenador da FGV.


Para Quadros, a ação do governo em aumentar o percentual de etanol está inserida dentro da estratégia da União de promover ações que possam ajudar a conter o avanço da inflação em 2013. Citou as recentes notícias de adiamento em reajuste de tarifa de ônibus urbano, por parte de prefeituras, a pedido do Ministério da Fazenda - também uma tentativa de segurar o aumento da inflação. "A inflação preocupa em 2013", disse Quadros.

 

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