Redação/Assessoria MDIC
No último dia do Fórum para a Cooperação Econômica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, participou de um evento com mais de 500 empresários chineses, a quem convidou a investir no Brasil. "Estamos vivendo um momento de renovada confiança no Brasil. Somos parceiros naturais e temos aqui a missão de aprofundar a confiança estratégica e construir uma parceria mais forte entre nossos países e nossas respectivas comunidades empresariais", disse o ministro, durante a abertura da Conferência dos Empresários e dos Quadros da Área Financeira, o último evento do Fórum.
O ministro assegurou aos investidores presentes que será cada vez mais fácil para as empresas se estabelecerem no Brasil e terem sucesso em seus empreendimentos. "Indicadores da economia já sinalizam o restabelecimento da confiança no país, uma consequência natural de um contexto que fomenta a previsibilidade de suas regras, a estabilidade de seus indicadores e a responsabilidade fiscal. É crescente a percepção de empresários e investidores dos mais diversos países que o Brasil se recoloca como espaço fértil para bons negócios", sinalizou.
O ministro registrou também o sucesso nas negociações dos Acordos de Cooperação e Facilitação de Investimentos – os ACFIs, já firmados com sete países. Ele destacou que o modelo brasileiro de acordo de investimentos contribui para a melhoria do ambiente de negócios, propondo medidas em três frentes principais: mitigação de riscos, aperfeiçoamento da governança e prevenção de controvérsias. Sendo o encontro direcionado aos investimentos bilaterais da China e países de língua portuguesa, o ministro lembrou também aos presentes que os dois primeiros ACFIs foram celebrados com paises lusófonos: Angola e Moçambique.
Marcos Pereira afirmou também que o governo brasileiro está buscando firmar acordos comerciais amplos, com o objetivo de intensificar a participação do país nos grandes fluxos de comércio e de investimentos globais. "Esta necessidade é ainda mais evidente, em um contexto de crescente configuração do comércio internacional em cadeias de valor, em que a importação de insumos é etapa inevitável para produção e a exportação de bens de maior valor agregado" acresentou, enfatizando a importância de que as políticas de comércio exterior e de desenvolvimento industrial sejam elaboradas em conjunto. "São dois lados de uma mesma moeda", disse.
O ministro informou aos empresários chineses que além de novos mercados para as suas exportações o Brasil também está aumentando o escopo de parcerias e atraindo os investimentos privados. "É por isso que o governo lançou, no mês passado, o Programa Crescer, que reformula o modelo de concessões no país. São, inicialmente, 34 projetos de infraestrutura de energia, aeroportos, rodovias, portos, ferrovias e mineração, destinados a concessões para a iniciativa privada. Queremos estimular a concorrência, dar mais transparência ao processo e segurança aos investidores – estas são linhas gerais do projeto. Da mesma forma, asseguro que as regras vão ser respeitadas e vai existir amparo legal para investir – a nossa prioridade é com a segurança jurídica", disse.
"Estamos todos focados em prioridades comuns das nossas nações, incluindo a melhoria dos ambientes de negócios; o desenvolvimento de infraestrutura; o fomento à inovação e ao empreendedorismo; e a inserção de nossas economias nas cadeias de valor regionais e globais", completou.
Após o encontro com os empresários, o ministro Marcos Pereira participou de uma reunião bilateral com ministro da Economia de Portugal, Manuel Caldeira Cabral, que sinalizou interesse em investir em startups brasileiras. Segundo ele, Portugal tem muitas empresas tecnológicas, e está reorganizando sua rede de apoio. "Queremos estimular a ligação de empresas portuguesas com o Brasil", disse o ministro, que também colocou-se à disposição do Brasil para auxiliar nas negociações do acordo Mercosul-União Europeia. Marcos Pereira informou que o Brasil tem de 4 a 5 mil startups, mais de 70% delas na área de comércio e serviços.
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