Ministro diz que Titanzinho é única área possível para estaleiro
Durante a inauguração de um navio no estaleiro de Mauá (RJ), o ministro dos Portos, Pedro Brito, afirmou que tecnicamente a única área no Ceará que poderia abrigar um estaleiro é apraiado Titanzinho. Ele explicou que outras áreas inviabiliza
O Povo (CE)
25/06/2010 08:49
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Durante a inauguração de um navio no estaleiro de Mauá (RJ), o ministro dos Portos, Pedro Brito, afirmou que tecnicamente a única área no Ceará que poderia abrigar um estaleiro é apraiado Titanzinho. Ele explicou que outras áreas inviabilizam o projeto porque dobraria o investimento.
A praia do Titanzinho é a melhor localização para um estaleiro no Ceará, de acordo com o titular da Secretaria Especial de Portos (SEP), Pedro Brito. Ontem, durante inauguração de um navio no estaleiro Mauá em Niterói (RJ), o ministro lamentou a perda do empreendimento para o Ceará e explicou que tecnicamente a área é a única disponível no Estado. “Quanto à parte técnica, a decisão da localização já estava tomada. O estaleiro precisa de área abrigada e aquela é uma área abrigada já instalada que hoje não tem nenhuma função”, completou.
Segundo o ministro, outra área no Ceará inviabiliza o projeto porque o investimento chega a dobrar. “O problema é que a costa do Ceará não tem área de mar abrigado. É uma costa de mar aberto. É claro que você sempre pode construir abrigo com molhes de proteção, só que isso inviabiliza o projeto. É um investimento muito grande, além de ter problemas ambientais”, justificou. A implantação de um estaleiro no Ceará, além de inserir o Estado no processo de crescimento da indústria naval do País, segundo Brito, vai “remediar uma área que hoje está degradada”. “A perda desse estaleiro para o Estado do Ceará é irremediável levando-se em conta que jogamos fora 10 mil novos empregos para o Estado”, completou. Quando perguntado se o estudo de viabilidade encabeçado pela Transpetro deverá indicar o Titanzinho como única área viável para um estaleiro no Estado, Pedro Brito frisou que “a melhor área é essa que já está pronta”.
A indústria de construção naval brasileira é a quarta maior do mundo. Segundo o ministro Pedro Brito, se os investimentos continuarem no mesmo nível, vai ser possível nos próximos cinco anos ser tão competitivo quanto os maiores do mundo hoje, como a Coreia do Sul, China e Japão. Em termos de escala, o ministro aposta em 10 anos para que o País assuma a dianteira.
As obras de dragagem do Porto do Mucuripe deverão começar dentro de 30 dias e até o final do ano estarão concluídas, de acordo com o ministro Pedro Brito. Ele disse ainda que até o final de janeiro do próximo ano a obra é entregue. A licitação foi publicada no Diário Oficial na última terça-feira. Venceu a empresa Bandeirantes Dragagem, com preço de R$ 54,6 milhões. As empresas que perderam a licitação tem mais cinco dias, após a publicação, para contestar.
O terminal de passageiros do Porto do Mucuripe, segundo o ministro, deverá ter sua licitação aberta no começo do próximo ano e já em julho as obras deverão estar iniciadas.
EMAIS
Molhe é um paredão que avança pelo mar adentro, à entrada de um porto, para quebrar o ímpeto do mar e servir de abrigo a navios.
O navio lançado ontem no estaleiro Mauá em Niterói (RJ) foi batizado com o nome do economista Celso Furtado. A embarcação é a segunda lançada pela Transpetro, subsidiária da Petrobras, a partir do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef). O primeiro foi lançado no último dia sete de maio no estaleiro Atlântico Sul (PE). A previsão é de que outros dois navios sejam lançados até o final do ano a partir do programa nos estaleiros.
O Promef foi lançado em 2004 e tem a previsão de contratar 49 navios. Do total, 38 estão licitados e contratados para os estaleiros Mauá (Rio de Janeiro com quatro), Eisa (Alagoas com quatro navios também) e Atlântico Sul (Pernambuco com 22 navios). Outros oito do Promar estão licitados, mas não contratados porque ainda não têm um estado definido para instalação. Os três restantes estão em fase de licitação.
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