Empresas

Maersk passa a treinar profissionais no Brasil

Empresa terá, até agosto, um centro de treinamento na Barra da Tijuca.

Valor Econômico
17/05/2013 16:49
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A demanda por qualificação profissional associada à indústria de petróleo está levando a Maersk Training, divisão de negócios da dinamarquesa Maersk, a apostar no treinamento de pessoal no país. A empresa inaugura, até agosto, um centro de treinamento na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. O centro será equipado com dois simuladores que reproduzem, em ambiente virtual, as condições enfrentadas no mar. Os equipamentos serão usados para treinar profissionais que atuam na perfuração de poços de petróleo e na operação de embarcações, em especial de barcos de apoio às plataformas.
No total, a empresa planeja investir mais de R$ 10 milhões no negócio treinamento no Brasil. A meta da Maersk Training é capacitar 500 profissionais em 2013, número que vai dobrar a cada ano até chegar a quatro mil profissionais em 2016. A Maersk Training conta com dois centros de treinamento na Dinamarca, um na Noruega, um no Reino Unido e outro na Índia. Tem também instalações, em acordo com parceiros locais, em Dubai e Cingapura. O centro brasileiro é o mais recente e começou a ser montado a partir de decisão da empresa em 2010. "Vimos oportunidades no Brasil", disse Hans Dürke Bloch-Kjaer, diretor da Maersk Training Brasil.
A preocupação com o treinamento de pessoal ganhou força na Maersk depois que uma das empresas do grupo, a Maersk Drilling, enfrentou a explosão de um poço de petróleo no Mar do Norte, nos anos de 1970. O acidente levou a uma investigação que concluiu que o treinamento dado pela empresa não resultava em mudança de comportamento das pessoas. Como resultado, foi criado um centro de treinamento, o Maersk Drilling Centre, no fim dos anos de 1970.
Outras divisões de negócios da Maersk também despertaram para a importância do tema. Nos anos 90, a Maersk criou uma empresa focada em treinamento que até 2009 atuou só para o grupo. A partir de 2010, a Maersk Training passou a oferecer também serviços de treinamento ao mercado.
O centro de treinamento da empresa no Rio será equipado com dois simuladores. Um voltado para perfurações de poços de petróleo. Neste caso, vai se treinar o controle de poço, para evitar acidentes, incluindo explosões. O outro simulador será aplicado à área marítima e inclui o treinamento de operações de ancoragem de plataformas e o uso, em embarcações offshore, do chamado posicionamento dinâmico (DP, na sigla em inglês). O DP é uma ferramenta que utiliza satélites para manter um barco na mesma posição, corrigindo desvios causados pelo vento e pelas marés. Simulador semelhante ao da Maersk Training custa no mercado cerca de € 800 mil.
Bloch-Kjaer disse que existe a possibilidade de a empresa expandir as atividades no Brasil, incluindo atividades de sobrevivência, que incluem resgates quando, por exemplo, um navio encalha. É uma atividade que inclui helicópteros e engloba também o combate à incêndios.
O executivo afirmou que o número de profissionais treinados a partir de 2016 no Brasil vai depender da demanda na área de sobrevivência. Neste segmento, a Maersk tem outra empresa, chamada Svitzer, cujo negócio de treinamento foi fundido com o da Maersk Training, disse Bloch-Kjaer. Segundo ele, a regulamentação exige que as equipes que trabalham em plataformas de perfuração de poços de petróleo passem por treinamentos de cinco dias a cada dois anos.
No caso do posicionamento dinâmico, um treinamento da Maersk custa de R$ 5 mil a R$ 5,5 mil para um curso semanal de 37,5 horas. Concluído o treinamento, o operador volta para a plataforma e trabalha por seis meses antes de fazer mais uma semana de aula. Ao fim, ele recebe o certificado de operador de posicionamento dinâmico, disse Bloch-Kjaer. Ele reconhece que a Maersk vai enfrentar a concorrência de outras empresas que também atuam no treinamento no Brasil, mas disse que a companhia dinamarquesa se diferencia por ter um portfólio amplo de produtos. A lista inclui treinamentos nas áreas de tecnologia de perfuração, tecnologia marítima, guindastes, sobrevivência, segurança, segurança pessoal e habilidades pessoais. "Temos [no mundo] muitos competidores para cada uma dessas atividades, mas ninguém faz isso tudo. Para nós, treinamento é o que fazemos, é nosso negócio".
Na área portuária, a Maersk Training acertou contrato com a Brasil Terminal Portuário (BTP), com terminal em Santos (SP), para treinar mão de obra especializada na operação de equipamentos portuários (portêineres e transtêineres). O terminal, com investimentos de R$ 1,94 bilhão, está previsto para entrar em operação até o fim do primeiro semestre e terá capacidade para movimentar 1,2 milhão de TEUs (contêiner equivalente a 20 pés) e 1,4 milhão de toneladas de granéis líquidos por ano. A BTP é uma joint venture entre a Terminal Investment Limited (TIL) e a APM Terminals, pertencente ao grupo A.P. Moeller, que também controla a Maersk.

A demanda por qualificação profissional associada à indústria de petróleo está levando a Maersk Training, divisão de negócios da dinamarquesa Maersk, a apostar no treinamento de pessoal no país. A empresa inaugura, até agosto, um centro de treinamento na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. O centro será equipado com dois simuladores que reproduzem, em ambiente virtual, as condições enfrentadas no mar. Os equipamentos serão usados para treinar profissionais que atuam na perfuração de poços de petróleo e na operação de embarcações, em especial de barcos de apoio às plataformas.


No total, a empresa planeja investir mais de R$ 10 milhões no negócio treinamento no Brasil. A meta da Maersk Training é capacitar 500 profissionais em 2013, número que vai dobrar a cada ano até chegar a quatro mil profissionais em 2016. A Maersk Training conta com dois centros de treinamento na Dinamarca, um na Noruega, um no Reino Unido e outro na Índia. Tem também instalações, em acordo com parceiros locais, em Dubai e Cingapura. O centro brasileiro é o mais recente e começou a ser montado a partir de decisão da empresa em 2010. "Vimos oportunidades no Brasil", disse Hans Dürke Bloch-Kjaer, diretor da Maersk Training Brasil.


A preocupação com o treinamento de pessoal ganhou força na Maersk depois que uma das empresas do grupo, a Maersk Drilling, enfrentou a explosão de um poço de petróleo no Mar do Norte, nos anos de 1970. O acidente levou a uma investigação que concluiu que o treinamento dado pela empresa não resultava em mudança de comportamento das pessoas. Como resultado, foi criado um centro de treinamento, o Maersk Drilling Centre, no fim dos anos de 1970.


Outras divisões de negócios da Maersk também despertaram para a importância do tema. Nos anos 90, a Maersk criou uma empresa focada em treinamento que até 2009 atuou só para o grupo. A partir de 2010, a Maersk Training passou a oferecer também serviços de treinamento ao mercado.


O centro de treinamento da empresa no Rio será equipado com dois simuladores. Um voltado para perfurações de poços de petróleo. Neste caso, vai se treinar o controle de poço, para evitar acidentes, incluindo explosões. O outro simulador será aplicado à área marítima e inclui o treinamento de operações de ancoragem de plataformas e o uso, em embarcações offshore, do chamado posicionamento dinâmico (DP, na sigla em inglês). O DP é uma ferramenta que utiliza satélites para manter um barco na mesma posição, corrigindo desvios causados pelo vento e pelas marés. Simulador semelhante ao da Maersk Training custa no mercado cerca de € 800 mil.


Bloch-Kjaer disse que existe a possibilidade de a empresa expandir as atividades no Brasil, incluindo atividades de sobrevivência, que incluem resgates quando, por exemplo, um navio encalha. É uma atividade que inclui helicópteros e engloba também o combate à incêndios.


O executivo afirmou que o número de profissionais treinados a partir de 2016 no Brasil vai depender da demanda na área de sobrevivência. Neste segmento, a Maersk tem outra empresa, chamada Svitzer, cujo negócio de treinamento foi fundido com o da Maersk Training, disse Bloch-Kjaer. Segundo ele, a regulamentação exige que as equipes que trabalham em plataformas de perfuração de poços de petróleo passem por treinamentos de cinco dias a cada dois anos.


No caso do posicionamento dinâmico, um treinamento da Maersk custa de R$ 5 mil a R$ 5,5 mil para um curso semanal de 37,5 horas. Concluído o treinamento, o operador volta para a plataforma e trabalha por seis meses antes de fazer mais uma semana de aula. Ao fim, ele recebe o certificado de operador de posicionamento dinâmico, disse Bloch-Kjaer. Ele reconhece que a Maersk vai enfrentar a concorrência de outras empresas que também atuam no treinamento no Brasil, mas disse que a companhia dinamarquesa se diferencia por ter um portfólio amplo de produtos. A lista inclui treinamentos nas áreas de tecnologia de perfuração, tecnologia marítima, guindastes, sobrevivência, segurança, segurança pessoal e habilidades pessoais. "Temos [no mundo] muitos competidores para cada uma dessas atividades, mas ninguém faz isso tudo. Para nós, treinamento é o que fazemos, é nosso negócio".


Na área portuária, a Maersk Training acertou contrato com a Brasil Terminal Portuário (BTP), com terminal em Santos (SP), para treinar mão de obra especializada na operação de equipamentos portuários (portêineres e transtêineres). O terminal, com investimentos de R$ 1,94 bilhão, está previsto para entrar em operação até o fim do primeiro semestre e terá capacidade para movimentar 1,2 milhão de TEUs (contêiner equivalente a 20 pés) e 1,4 milhão de toneladas de granéis líquidos por ano. A BTP é uma joint venture entre a Terminal Investment Limited (TIL) e a APM Terminals, pertencente ao grupo A.P. Moeller, que também controla a Maersk.

 

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