Projeto

Lobão diz que erro nas usinas do Madeira é das empresas

Justificativa apresentada pelo ministro não foi bem recebida pela presidente.

Valor Econômico
14/08/2013 12:47
Visualizações: 615 (0) (0) (0) (0)

 

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse ontem que é responsabilidade dos empreendedores das usinas de Jirau e Santo Antônio, em construção no rio Madeira, o erro do projeto de conexão das hidrelétricas com a linha que vai escoar a energia produzida até a região Sudeste. O ministro ressaltou que, "se houver necessidade", poderá ser aberto processo administrativo que, no limite, pode resultar em penalidade às empresas.
"Os consórcios ganhadores das duas usinas é que são responsáveis e a eles interessa resolver essa questão. Se houvesse redução na geração de energia, o que não vai haver, eles é que perderiam financeiramente", disse o ministro, assegurando que os equipamentos necessários para solucionar o problema já estão sendo encomendados.
A justificativa apresentada pelo ministro não foi bem recebida pela presidente. Dilma Rousseff chamou o ministro Lobão, no fim da segunda-feira, ao Palácio do Planalto e, segundo relatos, a cobrança foi dura e incisiva. A lógica no Planalto é que não interessa quem é o responsável técnico pelo erro. O que conta é que Lobão é o ministro da área e o problema demonstra falta de gerenciamento.
A falha de projeto que limita a geração de energia das hidrelétricas do rio Madeira foi revelada em reportagem publicada na segunda-feira no Valor. Em resposta, o Ministério de Minas Energia divulgou nota à imprensa, publicada na edição de ontem do Valor, com intuito de firmar posição de que "não houve erro" do órgão.
"Os editais de licitação (anexos 1 e 2) das duas usinas determinam que os vencedores do certame deverão obedecer aos procedimentos de rede e demais exigências e orientações do Operador Nacional do Sistema Elétrico", diz a nota.
Além disso, órgão informou que, nos contratos de concessões que foram assinados, "há uma cláusula que estabelece que as usinas hidrelétricas serão operadas na modalidade integrada". No edital de licitação, segundo o ministério, "foram disponibilizados aos agentes quatro relatórios técnicos que tratam do processo de planejamento", o que deveria envolver a instalação do "controle mestre".
"O requisito do GSC (Generator Station Coordinators), que envia informações necessárias ao master control [controle mestre] quanto ao número de máquinas em operação, obviamente só poderia ser, como foi, dimensionado após o leilão do sistema de transmissão para integração do Complexo Madeira, quando da execução do Projeto Básico. Uma vez identificada a necessidade do GSC, os agentes geradores deveriam tomar as providências para cumprimento dos procedimentos de rede", diz a nota.
O ministério não contesta, porém, o fato de que a instalação tardia do equipamento criou uma restrição operacional que não foi apontada em nenhum documento oficial até junho de 2013, apesar de identificada no fim de 2010.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse ontem que é responsabilidade dos empreendedores das usinas de Jirau e Santo Antônio, em construção no rio Madeira, o erro do projeto de conexão das hidrelétricas com a linha que vai escoar a energia produzida até a região Sudeste. O ministro ressaltou que, "se houver necessidade", poderá ser aberto processo administrativo que, no limite, pode resultar em penalidade às empresas.


"Os consórcios ganhadores das duas usinas é que são responsáveis e a eles interessa resolver essa questão. Se houvesse redução na geração de energia, o que não vai haver, eles é que perderiam financeiramente", disse o ministro, assegurando que os equipamentos necessários para solucionar o problema já estão sendo encomendados.


A justificativa apresentada pelo ministro não foi bem recebida pela presidente. Dilma Rousseff chamou o ministro Lobão, no fim da segunda-feira, ao Palácio do Planalto e, segundo relatos, a cobrança foi dura e incisiva. A lógica no Planalto é que não interessa quem é o responsável técnico pelo erro. O que conta é que Lobão é o ministro da área e o problema demonstra falta de gerenciamento.


A falha de projeto que limita a geração de energia das hidrelétricas do rio Madeira foi revelada em reportagem publicada na segunda-feira no Valor. Em resposta, o Ministério de Minas Energia divulgou nota à imprensa, publicada na edição de ontem do Valor, com intuito de firmar posição de que "não houve erro" do órgão.


"Os editais de licitação (anexos 1 e 2) das duas usinas determinam que os vencedores do certame deverão obedecer aos procedimentos de rede e demais exigências e orientações do Operador Nacional do Sistema Elétrico", diz a nota.


Além disso, órgão informou que, nos contratos de concessões que foram assinados, "há uma cláusula que estabelece que as usinas hidrelétricas serão operadas na modalidade integrada". No edital de licitação, segundo o ministério, "foram disponibilizados aos agentes quatro relatórios técnicos que tratam do processo de planejamento", o que deveria envolver a instalação do "controle mestre".


"O requisito do GSC (Generator Station Coordinators), que envia informações necessárias ao master control [controle mestre] quanto ao número de máquinas em operação, obviamente só poderia ser, como foi, dimensionado após o leilão do sistema de transmissão para integração do Complexo Madeira, quando da execução do Projeto Básico. Uma vez identificada a necessidade do GSC, os agentes geradores deveriam tomar as providências para cumprimento dos procedimentos de rede", diz a nota.


O ministério não contesta, porém, o fato de que a instalação tardia do equipamento criou uma restrição operacional que não foi apontada em nenhum documento oficial até junho de 2013, apesar de identificada no fim de 2010.

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Vitória PetroShow 2025
Vitória PetroShow 2025 reforça protagonismo do Espírito ...
09/04/25
Biocombustíveis
MME participa de semana de reuniões técnicas sobre combu...
09/04/25
Combustíveis
ETANOL/CEPEA: Preços iniciam nova safra em recuperação
09/04/25
Meio Ambiente
"Mercado de carbono precisa ser mais transparente e aces...
09/04/25
Combustíveis
Entenda por que o preço dos combustíveis está variando c...
09/04/25
Bacia de Santos
Seagems amplia portfólio de serviços com instalação inéd...
09/04/25
Vitória PetroShow 2025
Exploração de novos blocos poderá triplicar reservas e d...
08/04/25
Evento
Espírito Santo projeta futuro da indústria de petróleo e...
08/04/25
Rio de Janeiro
Firjan e INFIS promovem 3º Seminário de Questões Tributá...
08/04/25
Chamada Pública
Comgás abre chamada pública para aquisição de biometano
08/04/25
Relatório
ANP publica Relatório Anual 2024 com avanços em inovação...
08/04/25
MME
Mistura de 30% de etanol anidro à gasolina foi cientific...
08/04/25
Vitória PetroShow 2025
Lideranças do setor de empreendedorismo e energia convid...
06/04/25
Vitória PetroShow 2025
Márcio Felix destaca a importância estratégica do Vitóri...
05/04/25
Vitória PetroShow 2025
Vitória Petroshow destaca o Espírito Santo como referênc...
05/04/25
PD&I
Embrapii firma primeira parceria com Engie Brasil Energi...
05/04/25
OTC 2025
OTC divulga os vencedores do prêmio Spotlight on New Tec...
04/04/25
Acordo
Petrobras e Braskem assinam acordo para estudos de captu...
04/04/25
Energia Elétrica
KPMG: Brasil é responsável por mais de 40% da demanda de...
04/04/25
Premiação
2º Prêmio Foresea de Fornecedores premia melhores empres...
04/04/25
Transição Energética
Setor de petróleo e gás reforça seu compromisso com a tr...
04/04/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22