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Líder da cabotagem negocia navios no país

A Aliança Navegação e Logística, empresa brasileira de cabotagem controlada pelo grupo alemão Hamburg Süd, negocia a compra de quatro navios porta-contêineres com estaleiros brasileiros. O valor do negócio não foi informado, mas estima

Folha de São Paulo
16/05/2013 16:38
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A Aliança Navegação e Logística, empresa brasileira de cabotagem controlada pelo grupo alemão Hamburg Süd, negocia a compra de quatro navios porta-contêineres com estaleiros brasileiros.

O valor do negócio não foi informado, mas estimativas de mercado indicam que o negócio pode ultrapassar a cifra de R$ 400 milhões.

A companhia de navegação, que detém 44% do mercado de cabotagem no Brasil (navegação para o transporte de carga entre portos do país), tentará negociar a encomenda até o fim de 2014. A meta é ter os quatro novos navios em operação em 2017.

A compra dessas embarcações representaria um importante incremento para o setor da construção naval no Brasil, um segmento industrial que foi revitalizado com um maciço programa de encomendas da Petrobras.

Hoje, toda a capacidade de construção naval nos 32 estaleiros existentes no país (e nos sete em implantação) está tomada com os pedidos do setor de petróleo e gás.

De acordo com Julian Thomas, diretor-superintendente da Aliança, a companhia acredita que os novos navios possam ter custos equivalentes aos internacionais.

"O sistema de financiamento existente no Brasil torna possível a compra de embarcações. O o problema é encontrar capacidade nos estaleiros", disse Thomas.

O Brasil dispõe de recursos para financiar a construção naval. O Fundo de Marinha Mercante, cuja gestão é do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), já desembolsou R$ 21,6 bilhões desde 2001, quando começou a retomada da indústria naval.

Além do financiamento, a contratação de estaleiros brasileiros para a construção dos porta-contêineres também é beneficiada pelo Imposto de Importação, hoje em 50%, informa a Aliança.

Ontem (15), no porto de Santos, a Aliança batizou o primeiro de uma série de quatro navios de contêineres construídos na China.

"O plano era construí-los aqui, mas precisávamos das embarcações neste ano. Os estaleiros brasileiros tinham capacidade para entrega apenas em 2017. Não podíamos esperar", disse.


Retomada

Segundo Ariovaldo Rocha, presidente do Sindicato da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), a retomada dessa indústria depende das encomendas de navios graneleiros e de porta-contêineres.

"As encomendas para esses equipamentos são pequenas porque há poucas empresas brasileiras no transporte marítimo", disse.

O Brasil não dispõe de uma marinha mercante para o transporte transoceânico dos seus próprios produtos. Em 2012, o país pagou US$ 6 bilhões pelo afretamento de embarcações estrangeiras.
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