Pré-Sal

Keppel Shipyard de Cingapura irá construir o FPSO P-80

P-80 será uma das maiores plataformas a operar no Brasil

Redação TN Petróleo/Agência Petrobras
15/08/2022 07:27
Keppel Shipyard de Cingapura irá construir o FPSO P-80 Imagem: Keppel O&M Visualizações: 2918

Como resultado do avanço do projeto de desenvolvimento do campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, a Petrobras assinou contrato com a Keppel Shipyard Limited, nesta segunda-feira (15/08), para construção da plataforma P-80, nona unidade a ser instalada no campo. Essa plataforma será uma das maiores a operar no Brasil e uma das maiores da indústria de petróleo e gás mundial, com capacidade para produzir até 225 mil barris de petróleo por dia (bpd), processar até 12 milhões de m3/dia de gás e estocar mais de 1,6 milhão de barris. 

Do tipo FPSO (unidade flutuante que produz, armazena e transfere petróleo), a plataforma será própria, com índice de conteúdo local mínimo de 25%. Com início de produção previsto para 2026, a P-80 será o 28º sistema a operar no pré-sal.  

Campo de Búzios

Com reservas substanciais, baixo risco e baixo custo de extração, o campo de Búzios deve chegar ao final desta década com a produção diária em torno de 2 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe), tornando-se o ativo da Petrobras de maior produção. Quatro plataformas operam atualmente no campo de Búzios (P-74,P-75, P-76 e P-77) e outras quatro unidades estão em processo de construção (FPSO Almirante Barroso; FPSO Almirante Tamandaré; P-78 e P-79).  

A Petrobras é a operadora do campo com 92,6% de participação, tendo como parceiras a CNOOC e a CNODC, com 3,7% cada.

Nova geração de plataformas

O projeto prevê a interligação de 14 poços, sendo 7 produtores de óleo e 7 injetores. Para se ter ideia, a plataforma pesará 140 mil toneladas, equivalente a cerca de 750 Boeings 747, e terá altura de 184 metros, o que corresponde a cinco estátuas do Cristo Redentor empilhadas.  Com capacidade de gerar energia de 100 MW (suficiente para abastecer uma cidade com 300 mil habitantes), a unidade será instalada em lâmina d´água de 2100 metros – ou 5,4 vezes a altura do Morro do Pão de Açúcar.

A P-80 integra a nova geração de plataformas da Petrobras, caracterizadas pela alta capacidade de produção e por tecnologias inovadoras para redução de emissões de CO2.  A unidade irá incorporar, por exemplo, a tecnologia de flare fechado, que aumenta o aproveitamento do gás e impede que ele seja queimado para a atmosfera, de forma segura e sustentável.  Outra inovação será o sistema de detecção de gás metano, capaz de atuar na prevenção ou mitigação de riscos de vazamentos desse composto. 

A plataforma será equipada ainda com a tecnologia de Captura, Uso e Armazenamento geológico de CO2 - o chamado CCUS. A Petrobras é pioneira na utilização dessa tecnologia, que permite aliar aumento da produtividade com redução de emissões de carbono. 

Chris Ong (foto), CEO da Keppel O&M, disse: “Estamos satisfeitos por sermos selecionados pela Petrobras para mais um pedido de FPSO de referência, que reafirma nossas capacidades como o parceiro de desenvolvimento preferido para projetos complexos. Ao alavancar nossos fortes recursos de EPC e rede de pátios, além de nos unirmos aos principais especialistas do setor, conseguimos oferecer uma solução vantajosa para todos que é econômica para nossos clientes e lucrativa para a Keppel O&M e nossos parceiros. 

“Nosso primeiro projeto para o campo de Búzios, a P-78, está sendo construído neste modelo operacional. Está progredindo dentro do cronograma e do orçamento, e tem contribuído para os ganhos da Keppel O&M. Com base em nossa experiência com a P-78, estamos confiantes de que podemos aumentar ainda mais a eficiência e a economia da P-80, além de gerar uma quantidade substancial de trabalho no Brasil com milhares de empregos para o país.”   

Inteligência artificial

Simultaneamente à construção da P-80, será desenvolvido o seu “gêmeo digital” – ou digital twin. Essa inovação consiste na reprodução digital de uma unidade virtual idêntica à plataforma física, permitindo diversas simulações remotas e testes operacionais virtuais, antecipando todo tipo de cenário de forma ainda mais segura. 

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