Internacional

Japão consegue extrair gás a partir de hidrato de metano

Energia pode salvar o país da deficiência energética.

G1
25/06/2013 13:58
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No último dia 12 de junho, cientistas japoneses conseguiram, pela primeira vez, extrair do fundo do mar um gás a partir de hidrato de metano, fonte de energia que poderia salvar o país da deficiência energética.
Após vários anos de preparativos, o primeiro teste começou, informou o ministro da Indústria japonês, Toshimitsu Motegi. "Pretendemos consolidar as tecnologias para explorá-las comercialmente", explicou.
"Conseguimos produzir um pouco de gás nesta manhã, quatro horas depois do início do teste", afirmou uma fonte do ministério. O objetivo é alcançar uma extração estável durante duas semanas.
Motegi manifestou satisfação, pois tecnicamente a produção de gás a partir de hidrato de metano é mais complexa que a de gás de xisto, considerado por alguns como um recurso revolucionário.
O teste da extração, coordenado pela empresa estatal japonesa de Petróleo, Gás e Metais (Jogmec) e pelo Instituto de Ciência e Tecnologia Industrial Avançada do Japão, aconteceu na costa do município de Aichi.
O experimento, realizado a mil metros de profundidade marinha, consiste em provocar uma queda de pressão para recuperar o gás, preso na água de forma cristalina. O fundo do mar do arquipélago japonês contém grandes quantidades desse recurso.
"O Japão está cercado (por esse gás), mas, por exemplo, é encontrada pouca quantidade dele nas costas do leste da África. Isso se explica porque os hidratos de metano se encontram presentes sobretudo em lugares fortemente sísmicos", explicou Chiharu Aoyama, especialista em recursos energéticos.
Segundo estimativas, o Japão teria quantidades de gás equivalentes a um século de consumo energético. Atualmente, o país depende da produção estrangeira, pois importa 95% da energia que consome.
Além disso, o consumo de gás no país aumentou nos últimos dois anos, desde que a grande maioria dos 50 reatores nucleares locais foram paralisados após o acidente de Fukushima, em março de 2011.
O atual governo considera a situação como algo economicamente insustentável e propõe retomar a operação dos reatores atômicos, considerados seguros.
"Desejo que chegue rapidamente o dia em que o Japão possa usar seus recursos naturais e consiga superar um a um todos os obstáculos", declarou Motegi.
Os hidratos de metano foram descobertos há dois séculos, mas até agora nenhum país havia conseguido extraí-los, pela dificuldade técnica e pelo alto custo da perfuração de um poço no fundo do mar.
Os avanços tecnológicos do Japão, o país mais avançado nesse campo, são essenciais. O país criou em 2001 um consórcio para explorar os hidratos de metano. O projeto de pesquisa, que deve prosseguir até 2019, prevê um segundo teste de extração entre 2014 e 2015.
Esse tipo de gás é teoricamente adequado para o transporte de longas distâncias e, eventualmente, poderia competir com o gás natural liquefeito (GNL) ou com o gás de xisto. Uma das principais vantagens é que a temperatura e a pressão necessárias para sua estabilização são menos restritas que as do GNL.

No último dia 12 de junho, cientistas japoneses conseguiram, pela primeira vez, extrair do fundo do mar um gás a partir de hidrato de metano, fonte de energia que poderia salvar o país da deficiência energética.


Após vários anos de preparativos, o primeiro teste começou, informou o ministro da Indústria japonês, Toshimitsu Motegi. "Pretendemos consolidar as tecnologias para explorá-las comercialmente", explicou.


"Conseguimos produzir um pouco de gás nesta manhã, quatro horas depois do início do teste", afirmou uma fonte do ministério. O objetivo é alcançar uma extração estável durante duas semanas.


Motegi manifestou satisfação, pois tecnicamente a produção de gás a partir de hidrato de metano é mais complexa que a de gás de xisto, considerado por alguns como um recurso revolucionário.


O teste da extração, coordenado pela empresa estatal japonesa de Petróleo, Gás e Metais (Jogmec) e pelo Instituto de Ciência e Tecnologia Industrial Avançada do Japão, aconteceu na costa do município de Aichi.


O experimento, realizado a mil metros de profundidade marinha, consiste em provocar uma queda de pressão para recuperar o gás, preso na água de forma cristalina. O fundo do mar do arquipélago japonês contém grandes quantidades desse recurso.


"O Japão está cercado (por esse gás), mas, por exemplo, é encontrada pouca quantidade dele nas costas do leste da África. Isso se explica porque os hidratos de metano se encontram presentes sobretudo em lugares fortemente sísmicos", explicou Chiharu Aoyama, especialista em recursos energéticos.


Segundo estimativas, o Japão teria quantidades de gás equivalentes a um século de consumo energético. Atualmente, o país depende da produção estrangeira, pois importa 95% da energia que consome.


Além disso, o consumo de gás no país aumentou nos últimos dois anos, desde que a grande maioria dos 50 reatores nucleares locais foram paralisados após o acidente de Fukushima, em março de 2011.


O atual governo considera a situação como algo economicamente insustentável e propõe retomar a operação dos reatores atômicos, considerados seguros.


"Desejo que chegue rapidamente o dia em que o Japão possa usar seus recursos naturais e consiga superar um a um todos os obstáculos", declarou Motegi.


Os hidratos de metano foram descobertos há dois séculos, mas até agora nenhum país havia conseguido extraí-los, pela dificuldade técnica e pelo alto custo da perfuração de um poço no fundo do mar.


Os avanços tecnológicos do Japão, o país mais avançado nesse campo, são essenciais. O país criou em 2001 um consórcio para explorar os hidratos de metano. O projeto de pesquisa, que deve prosseguir até 2019, prevê um segundo teste de extração entre 2014 e 2015.


Esse tipo de gás é teoricamente adequado para o transporte de longas distâncias e, eventualmente, poderia competir com o gás natural liquefeito (GNL) ou com o gás de xisto. Uma das principais vantagens é que a temperatura e a pressão necessárias para sua estabilização são menos restritas que as do GNL.

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