Pesquisa encomendada pela Microsoft mostra como essas empresas estão usando a tecnologia e revela que 90% dos entrevistados buscam meios de adotá-la
Líderes de micro, pequenas e médias empresas de diversos setores da economia passaram a olhar com mais atenção para tecnologias de inteligência artificial (IA) no último ano, revela estudo encomendado pela Microsoft para a Edelman Comunicação. O levantamento traça um panorama de como as MPMEs estão vivendo as transformações digitais e qual papel a IA está desempenhando em seus negócios. 74% das entrevistadas afirmaram que estão usando a IA sempre ou muitas vezes, sendo que 90% delas busca adotar essa tecnologia atualmente.
O levantamento anual está em sua 4ª edição e, este ano, lançou o olhar para IA buscando tendências, desafios e oportunidades desse universo em constante evolução. Os dados confirmaram a IA como a grande tendência em tecnologia do momento, independentemente do tamanho da empresa. No geral, as MPMEs estão progredindo bastante em seu no uso - 59% disseram que avançaram na adoção da tecnologia, proporção que é maior em empresas do ramo de tecnologia, como as de telecomunicações, que se destacaram neste indicador com 85% respondendo que progrediram "bastante” ou “muito” na adoção de IA.
Quando a comparação é entre as empresas que são “nativas digitais” e “não nativas digitais”, o progresso na adoção de IA é ainda maior, 84% das nativas digitais afirmaram que já estão usando a tecnologia. Nesta comparação, 78% dos líderes das empresas nativas digitais disseram que têm a inteligência artificial como prioridade na empresa, contra 53% das não nativas digitais.
Investimentos
Em relação aos investimentos, 47% das empresas disseram que estão investindo em IA, em 2022 essa porcentagem era de apenas 27%. Em 2023, a inteligência artificial perdeu apenas para as tecnologias de armazenamento de nuvem, que recebeu investimento de 56% das MPMEs, contra 45% do ano anterior. “Para que as empresas possam aproveitar os benefícios da IA, é necessário que suas aplicações estejam na nuvem, como mostram os dados na priorização desses investimentos. Além disso, ainda que algumas empresas já usassem IA, a tecnologia estava aplicada para questões específicas, como atendimento ao cliente, por exemplo. Agora, com a IA generativa, e o lançamento do Copilot solução de IA generativa focada em liberar a criatividade, desbloquear a produtividade e aprimorar as habilidades das pessoas, que está presente nos aplicativos do Microsoft 365 como Teams, Outlook, Word , existe um leque de novas oportunidades para otimização, apoio à produtividade e criatividade que podem ser exploradas pelas organizações.”, afirma a executiva da Microsoft Brasil.
O Copilot é o aplicativo da Microsoft que usa IA generativa e modelos de linguagem ampla (LLM) para ajudar os usuários no desempenho de tarefas complexas como: desenvolver um texto, criar apresentações e resumir caixa de entrada de e-mails e reuniões. A solução está disponível para as principais produtos e serviços Microsoft, desde o bate-papo com IA no Bing, que está mudando a forma como as pessoas pesquisam na Internet até o Microsoft 365 Copilot, GitHub Copilot X, Dynamics 365 Copilot, Copilot no Microsoft Viva e Microsoft Security Co-piloto.
Além de IA e Nuvem, entre 2022 e 2023, algumas prioridades de investimento mudaram para as MPMEs, 47% das empresas disseram estar investindo em hardwares (notebooks e outros periféricos), contra 53% no ano anterior. Já em relação aos softwares de colaboração virtual, enquanto 34% declaravam estar dando atenção ao tema no ano anterior, em 2023, esta porcentagem subiu para 44%. As empresas também estão mais atentas à segurança cibernética, em 2022, 39% das empresas disseram investir em soluções nessa frente, em 2023, esse dado passou para 43%.
Em 2023 subiu para 74% o número de MPMEs que passaram a usar inteligência artificial, contra 61% no ano anterior. Já entre os que, no momento, ainda não investem em IA, 19% disseram que pretendem começar investir em 2024. Segundo Andrea Cerqueira, esses dados mostram um o aumento da maturidade digital das MPMEs.
No geral, 89% dos líderes e 78% dos funcionários estão otimistas e veem um impacto positivo da IA nos negócios e no seu trabalho. Neste contexto, 84% das empresas estão incentivando os funcionários a usarem IA. Para quase metade das empresas (47%) a aquisição e adoção de tecnologias é uma prioridade quando se trata de inteligência artificial, já 40% também buscam desenvolvimento de soluções próprias e a otimização de dados para inteligência comercial.
Onde e Como as MPMEs aplicam IA?
As principais motivações das empresas em investir em IA foram: melhorar a experiência do cliente (61%), ganho de eficiência, produtividade e agilidade (54%) e garantir a continuidade do negócio (46%). A maioria das empresas pesquisadas disseram usar IA como assistentes virtuais para atendimento ao cliente (69%). A segunda forma de aplicação mais comum da IA para empresas desse segmento, segundo a pesquisa, é como uma ferramenta para agilizar o trabalho (64%) e 43% já estão usando para gerar conteúdo de textos ou imagens.
Olhando para o futuro, além de atendimento ao cliente, 39% dos respondentes enxergam potencial da IA na área de TI; 30% nos times de Comunicação e Marketing; e 27% nos departamentos de Finanças e Administração. Outras áreas das empresas também foram citadas como: Vendas (27%), Recursos Humanos (25%), Operações e Produção (20%) e Jurídico (6%). Porém, já existem empresas com uma visão mais ampla da utilização da IA, as quais 16% disseram que já aplicam IA em todos os departamentos. Na contramão do mercado, há alguns líderes (4%) que disseram que não usam e não têm a intenção de usar a tecnologia.
Custo-benefício
Entre as empresas que já usam IA, os principais benefícios percebidos foram o ganho de eficiência e produtividade (72%), melhoria no atendimento ao cliente (58%) e redução de custos 46%. Ainda, 41% das empresas disseram usar inteligência artificial para desenvolver novos produtos, 33% usam dados na tomada de decisão e 31% para reduzir erros humanos. Nestas empresas que aderiram à IA, houve também a percepção de 91% de melhora na qualidade do trabalho, além de 90% na satisfação do cliente e 88% na motivação e engajamento de funcionários.
“As tecnologias de inteligência artificial evoluíram para trazer mais qualidade de vida para os trabalhadores. Este estudo mostra que, para 77% da MPMEs, o uso de IA fez com que os funcionários se concentrassem em trabalhos mais criativos e relevantes. “Esse dado vai ao encontro da visão da Microsoft para a inteligência artificial, que vê a tecnologia como Copiloto do dia a dia de trabalho, reduzindo o tempo gasto com tarefas morosas e repetitivas”, explica Andrea.
Ainda que a percepção do uso de IA pelas empresas seja positiva, 46% delas relataram dificuldades relacionadas a custo e acesso à tecnologia, além de desafios com a contratação de talentos com habilidades em IA (36%), a capacitação de talentos atuais (36%), privacidade de dados (34%) e segurança cibernética (23%).
Capacitação de Pessoas
Em relação a qualificação da força de trabalho, ao serem questionadas sobre quais as prioridades de investimentos em IA relacionadas a recursos humanos, 49% disseram investir na atração de talentos externos com habilidades de inteligência artificial; 37% investem em treinamentos do quadro atual de funcionários e apenas 7% estão fazendo os dois ao mesmo tempo.
Para Andrea Cerqueira o principal ponto que as MPMEs precisam estar atentas é no fator humano. “A IA é um assistente do trabalho e que amplia a produtividade dos funcionários. Mas, como todas as novas ferramentas, é necessário aprender a utilizar essa tecnologia. Seja qual for a função, a curto e médio prazo, todas as pessoas de todos os setores vão precisar aprender a dominar essa tecnologia, por isso a capacitação e qualificação da força de trabalho devem ser incluídas nas estratégias de aquisição da solução.”
Existe um alto índice de satisfação com o uso da IA dentro das companhias, 94% das empresas entrevistas afirmaram que veem um impacto positivo da inteligência artificial na produtividade do trabalho, 91% também disseram que houve uma melhora na qualidade. A tecnologia também impactou positividade o nível de satisfação dos funcionários para 88% dos entrevistados.
“O Copilot e novas ferramentas de IA generativa baseadas no Azure, como o Azure OpenAI Service, vieram para democratizar o acesso à tecnologia, pois são simples de usar e podem ser operadas por qualquer pessoa, independente da qualificação técnica. Mas é importante que oferecer capacitação adequada para que os colaboradores possam tirar proveito dessa tecnologia. Temos diversos cursos sobre o tema que estão disponíveis gratuitamente na plataforma Microsoft Conecta+ ”, explica Andrea.
Cibersegurança
As ameaças de cibersegurança relacionadas à IA nas empresas ainda são incipientes, segundo o estudo, apenas 16% das MPMEs relataram incidentes ligados a este tipo de tecnologia. Porém, quando se trata de políticas internas para o uso da tecnologia, 40% das empresas disseram possuir alguma diretriz, 45% alegaram confiar nos critérios dos próprios funcionários e 10% afirmam não ter nenhum tipo de orientação interna aplicada às ferramentas de IA, já 5% proíbem o uso da tecnologia.
Entre as medidas mais comuns de adaptação a IA relacionadas à processos para evitar ameaças cibernéticas estão treinamentos (61%), aquisição de tecnologias de segurança com IA embarcada (54%) e a contratação de especialistas externos (33%). “Quando uma tecnologia evoluí, também surgem novas formas de ameaças cibernéticas e atuar na mitigação desses riscos precisa fazer parte das estratégias e investimentos das empresas. É fundamental estabelecer políticas internas claras para garantir a proteção de dados e ter ferramentas de proteção eficientes e inteligentes que acompanhem a evolução da IA, bem como garantir o uso ético e responsável das soluções”, reforça Andrea Cerqueira.
O estudo entrevistou 300 pessoas do Brasil, sendo a maioria gestores de empresas com até 250 funcionários e de diversos setores da economia.
Sobre a pesquisa
A pesquisa de 2023, chamada “IA em micro, pequenas e médias empresas: tendências, desafios e oportunidades”, realizou 300 entrevistas online, por meio do site Offerwise, com autodeclarados líderes de MPMEs em dezembro de 2023, sendo 38% com cargos de donos(as) ou sócios(as) da empresa, 34% gerentes, 16% diretores e 12% vice-presidentes (12%). A área de trabalho do respondente é variada, prevalecendo Administração (25%) e Tecnologia e Comunicações (20%). A maioria são mulheres (53%) e correspondem principalmente à faixa entre 25 e 44 anos de idade. São Paulo se destaca como o Estado onde há a maior concentração de centros de operação com 99 respostas, seguido por Rio de Janeiro, com 40, Minas Gerais (27), Bahia (22) e Paraná (18).
Sobre a Microsoft
A Microsoft (Nasdaq “MSFT” @microsoft) tem como missão empoderar cada pessoa e cada organização do planeta a conquistar mais. Presente em 190 países e com 122 subsidiárias ao redor do mundo, a Microsoft celebra em 2024 35 anos no Brasil. A empresa oferece suas soluções e sua capacidade de criar produtos e serviços inovadores para impulsionar o desenvolvimento econômico do País. Para ampliar o impacto da parceria de longo prazo da empresa com o Brasil, foi lançado em 2020 o Plano Microsoft Mais Brasil, cujas ações estão organizadas em quatro pilares: Apoio ao Crescimento Econômico Inclusivo, Proteção aos Direitos Fundamentais, Habilitando um Futuro Sustentável e Confiança na Tecnologia. Com o Mais Brasil, somente na frente de crescimento econômico inclusivo, a Microsoft já alcançou cerca de 8 milhões de pessoas (começaram um curso) entre outubro de 2020 e janeiro de 2024, e outras 2 milhões de pessoas concluíram pelo menos um curso. Mais informações em: Microsoft Mais Brasil - Relatório de Impacto no Brasil
Fonte: redação + assessoria
Imagem: Microsoft
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