Projeto desenvolvido pelo Instituto Nacional de Tecnologia (INT) em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Centro de Tecnologia de Dutos (CTDUT) realizará, em campo, estudo de revestimentos anticorrosivos em diversos tipos de solo.
RedaçãoProjeto desenvolvido pelo Instituto Nacional de Tecnologia (INT) em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Centro de Tecnologia de Dutos (CTDUT) realizará, em campo, estudo de revestimentos anticorrosivos em diversos tipos de solo. A iniciativa preencherá uma lacuna de profissionais capacitados para atuação como inspetores de proteção catódica, uma espécie de alteração eletroquímica controlada que protege o duto dos efeitos da corrosão em caso de falha do revestimento.
Avaliação de parâmetros de proteção catódica no descolamento de revestimentos é o nome do projeto, que iniciará no Brasil o treinamento de profissionais qualificados no estudo em proteção catódica e avaliação de revestimentos anticorrosivos. Financiado pela Petrobras, o trabalho concentra seus estudos no descolamento dos revestimentos e nos parâmetros de proteção catódica. A proteção catódica é um processo de controle contra a corrosão de metais empregado para resguardar estruturas enterradas ou submersas, tais como dutos. O projeto também visa treinar profissionais capacitados para atuar como inspetores dessa tecnologia de proteção.
Quatro tipos de revestimentos serão avaliados: Polietileno tripla camada (PE3L), epoxi de alcatrão de ulha (coaltar) e dois tipos de revestimento de junta soldada. Ao fazer a proteção catódica, injeta-se uma corrente elétrica que precisa se manter constante ao longo do duto. A avaliação será feita no CTDUT, o INT realizará a parte experimental da corrosividade do solo e a UFRJ fará a simulação computacional da distribuição da corrente ao longo do duto.
Denise Souza de Freitas, chefe do Laboratório de Corrosão e Proteção do INT, explica que há um importante avanço tecnológico nessas ações. Isto porque anteriormente a avaliação do revestimento era feita somente em laboratório.
A parte experimental do estudo, iniciado no final de 2008, começa agora. Já estão sendo estudadas propriedades físico-químicas do solo, o comportamento dos metais frente à corrosão e também avaliadas as empresas que irão fornecer os dutos e as que farão os revestimentos. Além disso, a quantidade de corrente elétrica injetada e os parâmetros da proteção catódica serão analisados. O estudo abordará o porquê do descolamento dos revestimentos, a resistividade do solo, o aumento gradual do potencial eletroquímico, a eficiência dos revestimentos e a presença de falhas nos mesmos.
Já foram recolhidos dois tipos de solo, sendo um mais agressivo que o outro. O primeiro foi retirado de uma região montanhosa, em Cachoeira de Macacu (RJ). O segundo na Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), próximo à Baía de Guanabara, contendo muitos contaminantes. A avaliação será feita no CTDUT que permite ensaios de grande porte com campo controlado.
Em outra fase, será construído um prédio, no CTDUT. No primeiro andar, será uma unidade piloto paraestudos em proteção catódica, avaliações de solos e de revestimentos anticorrosivos. No segundo, será o espaço de treinamento para capacitar pessoas como técnicos em inspeção catódica.
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