Rio de Janeiro

Indústria naval deve criar 11 mil empregos no estado

<P>A indústria naval voltou a ser um dos maiores balcões de emprego no Estado. Os estaleiros, aquecidos pelos sucessivos pedidos de embarcações e plataformas da Petrobras Transporte (Transpetro), estão de portas abertas para os trabalhadores, especialmente jovens recém-saídos de cursos profis...

Invertia (Brasil) - SP
09/06/2008 00:00
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A indústria naval voltou a ser um dos maiores balcões de emprego no Estado. Os estaleiros, aquecidos pelos sucessivos pedidos de embarcações e plataformas da Petrobras Transporte (Transpetro), estão de portas abertas para os trabalhadores, especialmente jovens recém-saídos de cursos profissionalizantes. A demanda é tanta que algumas profissões já estão em falta. E, as perspectivas para os próximos anos são igualmente positivas, com criação de mais 11 mil empregos.

O Rio de Janeiro é o principal pólo da indústria naval brasileira, ramo que emprega 40 mil trabalhadores no país. De cada dez empregados diretamente pelo setor, sete estão em solo fluminense, formando uma população de 28 mil funcionários, concentrados em Niterói, Angra dos Reis e no Rio.

Dois novos pólos estão em implantação e devem alterar, em alguns anos, este cenário: no Nordeste, o estaleiro Atlântico Sul, em Suape (PE), e no Sul, o estaleiro Rio Grande, na cidade homônima (RS).

Com o resgate da capacidade produtiva dos estaleiros, capitaneada pela Transpetro a partir de 1998 - depois de 15 anos de sucateamento do parque naval - os postos de trabalho aumentam continuamente. Segundo a Fundação Cide, a recuperação do setor naval, que tinha uma representação irrisória na indústria do Estado do Rio de Janeiro, de 0,3% em 1998, passou para 2,8% em 2004. No período, o setor obteve uma expansão de 50% no valor da produção e de 558% no número de empregos.

Apenas em 2007, os estaleiros do Estado tinham em carteira 39 encomendas, de embarcações para a Petrobras, PDVSA (empresa estatal venezuelana de petróleo) e Log-In (empresa de logística da Vale). E no final de maio deste ano, o presidente Lula foi até o Estaleiro Mauá, em Niterói, o mais antigo do país, com 162 anos de existência, e anunciou a encomenda de novas 146 unidades de apoio à exploração e produção marítima de petróleo.

O Rio de Janeiro é um dos principais beneficiados pela retomada desta indústria. Em seus estaleiros será fabricada a metade das 26 embarcações de grande porte que irão renovar a frota da Transpetro. Segundo o governo federal, o pedido garante quatro anos de plena atividade aos estaleiros nacionais.

O navio é o melhor produto para a perenidade da indústria naval. As plataformas chegam a contar com 8 mil trabalhadores no pico da construção, mas quando o trabalho termina, 90% do pessoal é demitido, diz Maurício Ramos, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro e da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB).

Até meados de 2009, o meio sindical do Rio prevê crescimento de 75% da base, que hoje tem pouco mais de 4 mil trabalhadores cariocas, com a contratação de mais 3 mil empregados. As novas embarcações estão obrigadas a utilizar entre 70% e 80% de mão-de-obra e conteúdo nacional.

A medida reforça o mercado de trabalho indireto, representado pela indústria de componentes como maçanetas, vidros e mobiliário. Os pedidos da Petrobras somam um pacote com mais de 2 mil itens para diferentes setores da economia.

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