Folha de Pernambuco
O aumento de 12,81% proposto pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para o consumo máximo de energia desencadeou diversas polêmicas no setor da indústria de Pernambuco. Por isso, o Sindicato das Indústrias Eletro-metal-mecânicas do Estado (Simmepe) convocou uma reunião com seus diretores e associados, na última segunda-feira, para protestar contra o reajuste aplicado no custo de energia fornecida pela Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) para as indústrias. O índice definitivo da revisão tarifária entrará em vigor a partir de 29 de abril.
“O setor não suporta mais esse aperto sugerido pela Aneel. Algumas indústrias terão que pagar até 30% a mais nas contas de energia. A gente vai tentar fazer algum acordo para que haja uma redução. Caso contrário, iremos resolver na Justiça”, disparou o presidente do Simmepe, Sebastião Pontes.
De acordo com Pontes, caso o reajuste de 12,81% para os clientes industriais seja aprovado poderá causar diversos prejuízos para o setor, como redução de competitividade entre as empresas e demissões. “Nos próximos dias estaremos em contato com a Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe) para externar nossa opinião e pedir que eles procurem os órgãos competentes para resolver a questão”, afirmou.
Amanhã, a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Pernambuco promoverá uma audiência pública, às 9h, no auditório da Casa, para discutir o reajuste tarifário. Além disso, no próximo dia 19, a Aneel promove audiência pública presencial, no auditório da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), das 8h30 às 12h30. De acordo com Sebastião Pontes, representantes do setor estarão presentes em ambos os eventos. Além da revisão e do reajuste tarifário, os consumidores terão um adicional de 8% em suas faturas referente a um percentual não-aplicado na última revisão tarifária, em 2005.
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