Investimento

Indústria de O&> prioriza investimento em tecnologia de ponta e clareza regulatória

Executivos do setor de Óleo & Gás ouvidos em pesquisa inédita do IBP apontam prioridades para o Brasil se consolidar na liderança energética global; impacto da IA e principais vetores de transformação tecnológica do setor nos próximos cinco anos.

Redação TN Petróleo/Assessoria IBP
02/12/2025 11:18
Indústria de O&> prioriza investimento em tecnologia de ponta e clareza regulatória Imagem: Agência Petrobras Visualizações: 56

Uma pesquisa inédita realizada durante a OTC Brasil 2025, maior e mais influente evento de energia offshore da América Latina realizada pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) no fim de outubro no Rio de Janeiro, apontoucaminhos para o setor de energia no Brasil. O evento, que reuniu um público recorde de 23 mil pessoas de 53 países e executivos de 250 empresas globais, expôs um setor dividido entre a ambição tecnológica e o temor regulatório quando questionados qual deveria ser a prioridade máxima do setorpara que o Brasilconsolide sua liderança energética global, conciliando a exploração de novas fronteiras, como a Margem Equatorial, com as metas de descarbonização do Acordo de Paris.

O levantamento com mais de 330 executivos participantes do evento mostra um empate técnico sobre a prioridade para o Brasil liderar a transição energética. Enquanto 44% acreditam que a chave é o investimento em tecnologia de ponta para descarbonizar, focando em operações de exploração e produção com a menor pegada de carbono possível; outros 42% exigem clareza e agilidade regulatória, com regras ambientais e fiscais estáveis para destravar os investimentos de forma segura. Cerca de 14% dos participantes optaram por construir uma nova narrativa global, comunicando ativamente ao mundoque a produção brasileira é parte da solução para uma transição energética segura.

O dado não é trivial. Ele corrobora o alerta feito nos bastidores e palcos do evento: há um ciclo de investimentos de US$ 180 bilhões (quase R$ 1 trilhão) previstos até 2033, mas a falta de regras estáveis -- especialmente para novas fronteiras como a MargemEquatorial – coloca parte desse pote em risco. O recado das urnas da OTC é claro: o setor tem o dinheiro e a tecnologia (investe-se R$ 4 bilhões/ano em P&D no país), mas precisa que o governo destrave o freio de mão.
 

Choque de realidade na IA

A pesquisa também jogou um balde de água fria no hype futurista da Inteligência Artificial. Para quem opera plataformas em alto-mar, a IA não é ficção científica, é planilha de custos. Para 68% dos executivos do setor, o maior impacto da IA nos próximos 5 anos será em eficiência e segurança operacional, reduzindo custos, prevendo falhas e otimizando a produção dos campos atuais. Traduzindo: usar algoritmos para evitar acidentes e cortar gastos. Outros 22% acreditam que a IA vai acelerar a descoberta de novas reservas, otimizando a análise de dados geofísicos e reduzindo o risco exploratório. Somente cerca de 10% disseram que a aceleração da descarbonização, monitorando e reduzindo emissões em tempo real nas plataformas e operações, será mais impactada pela IA no curto prazo.
 

O futuro é híbrido

Por fim, o levantamento enterra a ideia de que o petróleo vai acabar amanhã. Para 44% dos líderes ouvidos, o principal vetor de transformação tecnológica do setor offshore nos próximos cinco anos será a integração entre petróleo, gás e novas fontes (como eólica offshore e hidrogênio), superando levemente a digitalização e o uso de IA para aumentar eficiência e segurança (40%). Por fim, 16% disseram que a transformação será alavancada pela captura e armazenamento de carbono (CCUS) como base da estratégia de descarbonização do setor. Isso reforça a narrativa de que, embora o CCUS seja fundamental, a visão predominante de curto/médio prazo para a transformação do setor ainda está muito focada na mudança do modelo de negócios (integração) e na eficiência operacional (digitalização).

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