COP30
Roberto Ardenghy, presidente do IBP, destacou que royalties da exploração na Margem Equatorial podem financiar o combate ao desmatamento, responsável por 48,3% das emissões do Brasil. .
Redação TN Petróleo/Assessoria IBP
O presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), Roberto Ardenghy, defendeu nesta quarta-feira (12/11) que a indústria de óleo e gás é "parte da solução" na transição para uma economia de baixo carbono. Durante participação no evento "SB COP Diálogo Empresarial para uma Economia de Baixo Carbono", realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), Ardenghy ressaltou que o setor é fundamental para garantir a segurança energética e pode ser um vetor de financiamento para a descarbonização de outras áreas.
Ao participar do "Painel Transição Energética: pilar central da descarbonização", o presidente do IBP ressaltou que o setor de óleo e gás "também é parte da solução para o processo de transição energética".
Segundo o executivo, a indústria tem feito um esforço enorme para reduzir suas próprias emissões, através da eficiência energética, redução do consumo de água e mitigação de metano.
Transição é "maratona" e exige "adição energética"
Ardenghy enfatizou que a mudança na matriz energética global será um processo longo, citando relatórios internacionais, como o da Agência Internacional de Energia (AIE), que indicam a persistência do consumo de combustíveis fósseis até 2050.
"A transição energética não é uma corrida de 100 metros, ela é uma maratona de 42 km", comparou. Por isso, o presidente do IBP defende o conceito de "adição energética", onde as energias renováveis ocuparão espaço gradualmente, enquanto a indústria de O&> investe maciçamente em sua própria descarbonização. Para auxiliar nesse processo, Ardenghy anunciou que o IBP está lançando durante a COP um documento que compila as "50 melhores e maiores tecnologias hoje disponíveis no mundo para descarbonizar o setor".
Roberto Ardenghy destacou a importância de o Brasil continuar a exploração de petróleo para repor suas reservas, que começam a entrar em declínio (como na Bacia de Campos). Ele apontou a Margem Equatorial como uma das áreas mais interessantes para garantir a demanda futura, desde que a exploração seja ambientalmente segura.
Também participaram do painel: Maria Elisa Curcio, diretora de Assuntos Corporativos, Regulatórios e Sustentabilidade da LATAM Airlines Brasil; Marcelo Lyra, vice-presidente de Comunicação, ESG e Relações Institucionais da Acelen; Rodolfo Sirol, diretor de Sustentabilidade da CPFL Energia; Marcela Jacob, head da Hydro REIN Brasil e Marty Durbin, presidente da Global Energy Institute da US Chamber of Commerce.
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