Empresas

Grupo Libra diversifica e adota perfil mais aberto

Empresa adquiriu US$ 7 bilhões de ativos.

Valor Econômico
18/02/2014 19:43
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O Libra Group, um conglomerado internacional controlado por uma família de origem grega, adquiriu US$ 7 bilhões de ativos nos últimos cinco anos, ampliando suas atividades em transporte marítimo, aviação, hotéis e energia.
A expansão aconteceu em plena crise econômica global, mas pouca gente conhece o grupo, incluindo o Brasil, onde também começou a operar. E sua diretoria concluiu que, numa economia super conectada, ser uma empresa muito discreta pode causar problemas para os negócios.
"No mundo de hoje, se sua empresa tem um perfil discreto, as pessoas passam a suspeitar de você", disse George Logothetis, presidente do grupo familiar, em entrevista ao 'Valor'.
Quando Logothetis foi pela primeira vez à Boeing comprar alguns aviões, gastou 40 dos 45 minutos de seu encontro com o CFO, o chefe de finanças do grupo aeronáutico, tendo de explicar o que era o Libra Group e porque não tinha sequer um site na internet.
A situação foi mais constrangedora na Argentina, onde o grupo comprou muitos terrenos em Puerto Madero e Panamerica Highway entre 2004 e 2006. Um dia, o responsável pelas atividades na Argentina telefonou angustiado para Logothetis contando que em Buenos Aires havia se propagado um rumor de que a compra envolvia lavagem de dinheiro do tráfico de droga.
"Nós compramos toda essa terra, mas não anunciamos e não falamos nada a ninguém sobre quem somos", lamentava o gerente da unidade argentina, ao telefone. O grupo teve de combater os rumores explicando que era uma família grega que mantinha perfil discreto porque não gostava de aparecer.
Progressivamente o grupo decidiu construir seu perfil público, incluindo site, e acelerou nos últimos tempos. "Acabei de dar minha primeira entrevista para a televisão", disse o executivo. Foi para a TV Fox, dos EUA, durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça).
Em eventos organizados pelo grupo, com sede em Nova York, entre os palestrantes já estiveram os ex-presidentes Bill Clinton e George Bush. Um dos membros do conselho de administração é John Negroponte, de origem grega, que foi sub-secretário de Estado americano e diretor de inteligência nacional.
Logothetis tornou-se presidente há 20 anos, quando tinha apenas 19 anos de idade e o negócio da família se resumia a uma pequena empresa, Lomar Shipping, em Londres, com dois navios. O negócios cresceu e em dez anos a frota passou a 70 navios. A ideia de diversificação veio em 2003, numa viagem a Nova York.
Entre 2004 e 2007, Logothetis mandou vender dezenas de navios, quando o mercado de navegação estava no auge, impulsionado pelo maior consumo da China e crescimento do comércio mundial. Quando veio a crise em 2008, o grupo tinha vendido ativos de US$ 2 bilhões e acumulava liquidez. "Tivemos muita sorte e também disciplina, entramos na crise global numa posição muito forte", conta o executivo.
Durante a crise, o grupo "cresceu dramaticamente". "Compramos 73 navios, mais baratos, e somos o maior comprador de navios no mundo. E fizemos encomendas de US$ 3,5 bilhões de jatos comerciais". Também encomendou 80 helicópteros.
O grupo tinha dez hotéis antes da crise, e agora tem 42. Investiu na Grécia, país de origem da família. Tem plano de investimento de US$ 315 milhões na Grécia em energia, varejo e hotéis. "Nós acreditamos na Grécia", diz. Indagado sobre aquisição de alguma ilha, respondeu rindo: "Oh, não, isso é para os Onassis".
Sobre o valor da companhia hoje, o executivo sai pela tangente. "A verdade é que não sei, mas estamos expandindo".
No Brasil, o grupo abriu uma subsidiária há um ano. Um dos negócios é uma joint-venture com Hyatt Hotels para a construção de nove hotéis no país. O primeiro está construído, três serão anunciados este ano e outros cinco virão nos próximos dois anos.
"Estamos orgulhosos do que estamos fazendo no Brasil", diz. "Adoramos o Brasil. Os brasileiros e os gregos são muito parecidos. E adoro música brasileira".
O grupo já alugou avião para a Gol e está interessado em fazer leasing para outras companhias na região. O Libra sabe também que a exploração do pré-sal no Brasil movimenta o setor de helicópteros. E tem interesse em alugar helicópteros para companhias como Petrobras, para o transporte de funcionários para as plataformas no mar.
No Fórum Econômico Mundial, enquanto boa parte dos executivos pareciam ligeiramente otimistas, Logothetis mostra entusiasmo bem maior. "A navegação está se recuperando, os volumes estão aumentando e as taxas subindo. As reservas nos hotéis tambem estão em alta. Estamos muito otimistas".

O Libra Group, um conglomerado internacional controlado por uma família de origem grega, adquiriu US$ 7 bilhões de ativos nos últimos cinco anos, ampliando suas atividades em transporte marítimo, aviação, hotéis e energia.

A expansão aconteceu em plena crise econômica global, mas pouca gente conhece o grupo, incluindo o Brasil, onde também começou a operar. E sua diretoria concluiu que, numa economia super conectada, ser uma empresa muito discreta pode causar problemas para os negócios.

"No mundo de hoje, se sua empresa tem um perfil discreto, as pessoas passam a suspeitar de você", disse George Logothetis, presidente do grupo familiar, em entrevista ao 'Valor'.

Quando Logothetis foi pela primeira vez à Boeing comprar alguns aviões, gastou 40 dos 45 minutos de seu encontro com o CFO, o chefe de finanças do grupo aeronáutico, tendo de explicar o que era o Libra Group e porque não tinha sequer um site na internet.

A situação foi mais constrangedora na Argentina, onde o grupo comprou muitos terrenos em Puerto Madero e Panamerica Highway entre 2004 e 2006. Um dia, o responsável pelas atividades na Argentina telefonou angustiado para Logothetis contando que em Buenos Aires havia se propagado um rumor de que a compra envolvia lavagem de dinheiro do tráfico de droga.

"Nós compramos toda essa terra, mas não anunciamos e não falamos nada a ninguém sobre quem somos", lamentava o gerente da unidade argentina, ao telefone. O grupo teve de combater os rumores explicando que era uma família grega que mantinha perfil discreto porque não gostava de aparecer.

Progressivamente o grupo decidiu construir seu perfil público, incluindo site, e acelerou nos últimos tempos. "Acabei de dar minha primeira entrevista para a televisão", disse o executivo. Foi para a TV Fox, dos EUA, durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça).

Em eventos organizados pelo grupo, com sede em Nova York, entre os palestrantes já estiveram os ex-presidentes Bill Clinton e George Bush. Um dos membros do conselho de administração é John Negroponte, de origem grega, que foi sub-secretário de Estado americano e diretor de inteligência nacional.

Logothetis tornou-se presidente há 20 anos, quando tinha apenas 19 anos de idade e o negócio da família se resumia a uma pequena empresa, Lomar Shipping, em Londres, com dois navios. O negócios cresceu e em dez anos a frota passou a 70 navios. A ideia de diversificação veio em 2003, numa viagem a Nova York.

Entre 2004 e 2007, Logothetis mandou vender dezenas de navios, quando o mercado de navegação estava no auge, impulsionado pelo maior consumo da China e crescimento do comércio mundial. Quando veio a crise em 2008, o grupo tinha vendido ativos de US$ 2 bilhões e acumulava liquidez. "Tivemos muita sorte e também disciplina, entramos na crise global numa posição muito forte", conta o executivo.

Durante a crise, o grupo "cresceu dramaticamente". "Compramos 73 navios, mais baratos, e somos o maior comprador de navios no mundo. E fizemos encomendas de US$ 3,5 bilhões de jatos comerciais". Também encomendou 80 helicópteros.

O grupo tinha dez hotéis antes da crise, e agora tem 42. Investiu na Grécia, país de origem da família. Tem plano de investimento de US$ 315 milhões na Grécia em energia, varejo e hotéis. "Nós acreditamos na Grécia", diz. Indagado sobre aquisição de alguma ilha, respondeu rindo: "Oh, não, isso é para os Onassis".

Sobre o valor da companhia hoje, o executivo sai pela tangente. "A verdade é que não sei, mas estamos expandindo".

No Brasil, o grupo abriu uma subsidiária há um ano. Um dos negócios é uma joint-venture com Hyatt Hotels para a construção de nove hotéis no país. O primeiro está construído, três serão anunciados este ano e outros cinco virão nos próximos dois anos.

"Estamos orgulhosos do que estamos fazendo no Brasil", diz. "Adoramos o Brasil. Os brasileiros e os gregos são muito parecidos. E adoro música brasileira".

O grupo já alugou avião para a Gol e está interessado em fazer leasing para outras companhias na região. O Libra sabe também que a exploração do pré-sal no Brasil movimenta o setor de helicópteros. E tem interesse em alugar helicópteros para companhias como Petrobras, para o transporte de funcionários para as plataformas no mar.

No Fórum Econômico Mundial, enquanto boa parte dos executivos pareciam ligeiramente otimistas, Logothetis mostra entusiasmo bem maior. "A navegação está se recuperando, os volumes estão aumentando e as taxas subindo. As reservas nos hotéis tambem estão em alta. Estamos muito otimistas".

 

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