Pré-Sal

Gabrielli: mercado interno pode absorver parte da produção do pré-sal

A demanda por combustíveis no mercado brasileiro pode absorver "boa parte" da produção brasileira de petróleo na camada pré-sal, afirmou o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, neste terça-feira (16) em semin&aacu

Agência Estado
16/08/2011 14:42
Visualizações: 576
A demanda por combustíveis no mercado brasileiro pode absorver "boa parte" da produção brasileira de petróleo na camada pré-sal, afirmou o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, neste terça-feira (16) em seminário realizado em São Paulo. A procura por gasolina, afirmou, cresceu 19% só no ano passado. Segundo o executivo, o pré-sal deverá responder por 15% da produção da estatal até 2015, porcentual que deverá crescer para 40,5% em 2020. Atualmente, apenas 2% da produção provém de águas ultraprofundas.

O executivo esclareceu que tal volume extra não será, necessariamente, destinado à exportação. Segundo ele, as regiões Norte e Nordeste têm um déficit diário de 464 mil barris de petróleo, volume que é suprido via importação. "O atendimento da demanda é necessário nessas regiões", afirmou.

Gabrielli ainda descartou a falta de profissionais qualificados para atuar na empresa, mas não eliminou a possibilidade do problema acontecer ao longo da cadeia de fornecedores.

"A empresa está dando resultados extraordinários, os dados exploratórios são excelentes, nossas refinarias operam com mais de 90% de produtividade, aumentamos nossa eficiência. Temos uma gestão eficiente, tentando conter os custos e mostrar as perspectivas de longo prazo", afirmou.


Desafios do Pré-Sal

O evento também contou com a participação de outros especialistas no assunto. O americano Norman Gall, do Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial, avaliou que os desafios e riscos da exploração do pré-sal exigem um debate mais amplo no país.

Ele usou o exemplo do Mar do Norte que, segundo ele, precisou de quatro décadas para chegar ao nível máximo de exploração de petróleo. Gall defendeu que o Brasil deveria adotar o modelo usado na região, onde havia dezenas de empresas "competindo e cooperando" entre si. Em sua apresentação, Gabrielli rebateu a afirmação ao dizer que, naquele período, o conhecimento mundial sobre águas profundas era muito pequeno.

Magda Chambriard, diretora da Agência Nacional do Petróleo (ANP), afirmou esperar que a exportação brasileira de petróleo some 2 milhões de barris por dia até 2020.

A diretora da ANP afirmou que o pré-sal deve contribuir para elevar as reservas brasileiras de petróleo para 50 bilhões de barris. Em 2010, as reservas comprovadas somaram 14 bilhões de barris. "Num futuro próximo", a meta da agência já é elevar o potencial para 30 bilhões de barris. A diretora também destacou os investimentos em pesquisa e desenvolvimento, que devem atingir, segundo ela, R$ 9 bilhões na próxima década.

Já para o diretor geral da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), Eloi Fernández y Fernández, é preciso de uma nova visão industrial do governo brasileiro em relação ao petróleo do pré-sal. Após o evento, Gabrielli revelou que o governo brasileiro deverá apresentar uma política industrial específica para a cadeia de petróleo e gás. "Vai vir uma política para o setor. Virá e deve ser boa", afirmou, evitando dar detalhes do que está sendo analisado pelo governo federal em parceria com a estatal.
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