Petrobras

Gabrielli critica preço do aço em congresso do setor

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, reforçou um conflito antigo com as siderúrgicas brasileiras, em palestra ontem no Congresso Brasileiro do Aço, ao criticar o valor cobrado pelo produto no Brasil. "Nem o preço do petróleo nem a taxa d

Valor Econômico
03/06/2011 10:14
Visualizações: 334 (0) (0) (0) (0)
O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, reforçou um conflito antigo com as siderúrgicas brasileiras, em palestra ontem no Congresso Brasileiro do Aço, ao criticar o valor cobrado pelo produto no Brasil. "Nem o preço do petróleo nem a taxa de câmbio explicam essa diferença entre o preço internacional e o preço brasileiro", disse.
 
 
 
Gabrielli fez o que ele mesmo chamou de "provocação" ao encerrar sua apresentação no congresso com um gráfico em que compara as evoluções do preço do aço no Brasil com a referência global, além da movimentação do petróleo tipo Brent e do câmbio.
 
 
"Com a demanda que nós temos, essa diferença de preço é um problema muito sério", disse, depois de afirmar que o consumo de aço da Petrobras - para construção de estruturas como plataformas, embarcações de apoio, sondas e tubos - deve ficar em 5,679 milhões de toneladas entre 2011 e 2015.
 
 
 
"O tamanho da nossa demanda é razoável. Não vamos afetar a capacidade dessa indústria pujante, mas somos um cliente que não pode ser desconsiderado", afirmou o presidente da estatal.
 
 
 
A importação de aço pela Transpetro, subsidiária da Petrobras, já foi motivo de vários embates com a siderúrgica brasileira, que defende o uso da produção interna.
 
 
Já os fabricantes mostraram-se muito preocupados com o excesso de aço no mundo e a concorrência internacional. Os empresários do setor siderúrgico brasileiro apresentaram ao presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, uma série de reivindicações para ampliar a produção e o consumo do produto no país.
 
 
Durante palestra no congresso, o diretor-presidente da Usiminas, Wilson Brumer, observou que, apesar do crescimento econômico dos últimos anos, o Brasil tem sérios problemas de competitividade.
 
 
Como exemplo, citou a guerra fiscal entre os Estados. "Isso inibe a produção local e permite que outros países entrem no Brasil sem passar pelas mesmas dificuldades que nós'', afirmou Brumer ao lembrar que o país sofre com a burocracia, tem gargalos na infraestrutura, câmbio apreciado, juros altos e enormes encargos sociais.
 
 
Segundo o presidente da Usiminas, o Estado brasileiro deve trabalhar em conjunto com a iniciativa privada para promover ações que assegurem para toda a indústria condições isonômicas de competitividade.
 
 
O presidente da ArcelorMittal Brasil, Benjamin Mario Baptista Filho, acredita que a principal razão para o baixo consumo de aço no pais está no fato de que a infraestrutura brasileira não consegue acompanhar o crescimento da economia.
 
 
O aumento da importação do produto, complementou, é apenas um efeito colateral da guerra fiscal. Para evitar uma maior perda de competitividade, Baptista Filho defendeu que o governo federal reforce os processos de defesa comercial e faça pesados investimentos em educação.
 
 
Apesar das dificuldades, o diretor executivo de marketing, vendas e estratégia da Vale, José Carlos Martins, está um pouco mais otimista e prevê um aumento da demanda pelo aço no Brasil e no exterior. Segundo ele, o mundo vive um processo significativo de urbanização que vai levar ao aumento da produção.
Mais Lidas De Hoje
veja Também
Reconhecimento
Supergasbras conquista Selo Ouro no Programa Brasileiro ...
03/09/25
Minas Gerais
Com investimento de R$ 314 milhões, centro pioneiro em p...
03/09/25
Copel
Presidente da EPE apresenta visão de futuro do setor elé...
03/09/25
Firjan
Indústria brasileira acumula quatro meses sem cresciment...
03/09/25
Firjan
Junto com a CNI, Firjan inicia missão empresarial nos EU...
03/09/25
Seminário
PPSA destaca potencial de upsides nas áreas que serão le...
02/09/25
Apoio Offshore
Posidonia incorpora PSV Posidonia Lion, sua primeira emb...
02/09/25
Brasil
ETANOL/CEPEA: Menor oferta sustenta preços em agosto pel...
02/09/25
Meio Ambiente
Brasol reduz emissões de GEEs em 72% e atinge marca de 7...
01/09/25
Combustível
Etanol anidro e hidratado registram alta na última seman...
01/09/25
Reconhecimento
Pesquisadora do Mackenzie conquista Prêmio Inventor Petr...
29/08/25
Combustíveis
IBP e FIESP debatem descarbonização da indústria rumo à ...
29/08/25
Etanol
Asprovac, afiliada da ORPLANA, passa a ter representação...
29/08/25
Royalties
Valores referentes à produção de junho para contratos de...
29/08/25
Gás Natural
BRAVA anuncia novo modal para venda de gás na Bahia
28/08/25
Combustíveis
ANP participa da operação Carbono Oculto, para coibir ir...
28/08/25
IBP
Posicionamento - Operações representam passo fundamental...
28/08/25
Subsea
OneSubsea entrega primeira árvore de natal molhada de Bú...
28/08/25
Offshore
MODEC firma parceria para desenvolver tecnologia inédita...
28/08/25
Energia Elétrica
Bandeira vermelha eleva custo da energia, mas associados...
27/08/25
Rio Pipeline & Logistics 2025
IBP debate investimentos em infraestrutura e logística n...
27/08/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

23