Hidrelétricas

Furnas inicia enchimento do reservatório da usina de Simplício

Capacidade chega a 333,7 MW.

Redação
25/02/2013 18:00
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O Aproveitamento Hidrelétrico de Simplício (AHE Simplício), localizado no rio Paraíba do Sul, entre os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, iniciou no último sábado (23), o enchimento do seu reservatório. O empreendimento possui capacidade para gerar 333,7 MW de energia e abastecer uma cidade de 800 mil habitantes.
“Simplício é uma das mais desafiadoras obras da engenharia brasileira e muito estratégica por sua proximidade com centros de consumo. Com o início da operação da usina, quem ganhará é a sociedade brasileira, que é atendida por um sistema cada vez mais robusto”, afirma Flavio Decat, presidente de Furnas.
Com as vazões observadas recentemente, o enchimento deve durar cerca de 26 dias. Considerando este cenário, a previsão de entrada em operação da primeira unidade geradora é em meados de abril deste ano.
Desafio da engenharia
O AHE Simplício é um projeto único na história de Furnas. Para evitar a inundação de uma extensa área urbana e de terras cultiváveis, o projeto conta com um conjunto de canais, túneis, diques e reservatórios que desviaram parte do rio por 30km. Graças a este circuito hidráulico, que aproveita o desnível de 115 m existente no relevo local para garantir a potência instalada do empreendimento, o AHE Simplício apresenta uma relação entre área inundada e potência de apenas 0,05 km2/MW, uma das menores do mundo.
A grandiosidade do empreendimento está expressa em seus números. Os 93.962 m3 de concreto utilizados na construção da obra são suficientes para erguer três Maracanãs. Já as 78 mil toneladas de aço empregadas no AHE Simplício correspondem a uma vez e meia a quantidade utilizada na Ponte Rio-Niterói. De escavação, foram 12,8 milhões de m3 em solo e 4,6 milhões de m3 em rocha.
As obras geraram, em seu pico, 4,8 mil empregos diretos. Desde seu início, em 2007, o projeto repassou mais de R$ 33,5 milhões em Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) aos municípios abrangidos pelo empreendimento, principalmente Sapucaia e Três Rios (RJ) e Além Paraíba e Chiador (MG).
Quando estiver produzindo energia, o AHE Simplício auxiliará o desenvolvimento econômico regional também por meio da Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos (CFURH), uma espécie de “royalty” pelo uso da água. Os recursos da CFURH são distribuídos entre órgãos da União (10%), estados (45%) e municípios (45%).
Meio ambiente
Parte do sistema de tratamento de esgoto, uma das condicionantes da Licença de Instalação que inclui três estações de tratamento de esgoto (ETEs) nas localidades de Sapucaia, Anta e Sapucaia de Minas e 25 km de redes coletoras, está operando desde dezembro do ano passado. As cerca de mil residências e imóveis comerciais já estão ligados à estrutura, que tem capacidade para tratar mais de três milhões de litros de esgoto por dia, podendo beneficiar, no futuro, até 30 mil pessoas.
Uma liminar concedida aos Ministérios públicos Federal e Estadual (RJ), no entanto, impedia o enchimento do reservatório desde março de 2012. Após acordo entre Furnas e o Ministério Público Federal, na última sexta-feira (22), foi possível aproveitar a janela hidrológica - o período de cheia que vai até abril, e, consequentemente, iniciar o enchimento do reservatório.
Furnas também construiu e está operando um aterro sanitário no município de Sapucaia. O local recebeu os dejetos que se acumulavam durante anos, a céu aberto, na margem do rio Paraíba do Sul. O aterro sanitário funciona desde 2010 e recebe, atualmente, cerca de 12 toneladas de lixo por dia. A disposição correta do lixo preserva o solo e livra o lençol freático de contaminação.
Na área ambiental, Furnas desenvolve ainda 38 programas e subprogramas para minimizar os impactos provocados. Algumas destas ações são o monitoramento e resgate da fauna e da ictiofauna (peixes), recomposição da vegetação (1.200 hectares serão reflorestados, contra cerca de 300 que tiveram sua vegetação suprimida), a recuperação de áreas degradadas e o salvamento do patrimônio arqueológico.
Desenvolvimento regional e humano
A construção do AHE Simplício significou também cidadania e qualidade de vida para 21 famílias que residiam de forma precária na área de preservação permanente (APP) do reservatório principal do empreendimento. Em novembro de 2012, elas receberam suas novas casas, de dois e três quartos, com área total de 77 m2 e 85 m2, num loteamento implantado a poucos metros de seu antigo local de residência.
O Novo Bairro 21, no distrito de Bemposta, Três Rios, conta com praças, escola e igreja. Sua infraestrutura urbana é composta por rede de água com poço artesiano e reservatório, rede coletora e estação de tratamento de esgoto, rede de drenagem de águas pluviais, ruas asfaltadas e iluminação pública.

O Aproveitamento Hidrelétrico de Simplício (AHE Simplício), localizado no rio Paraíba do Sul, entre os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, iniciou no último sábado (23), o enchimento do seu reservatório. O empreendimento possui capacidade para gerar 333,7 MW de energia e abastecer uma cidade de 800 mil habitantes.


“Simplício é uma das mais desafiadoras obras da engenharia brasileira e muito estratégica por sua proximidade com centros de consumo. Com o início da operação da usina, quem ganhará é a sociedade brasileira, que é atendida por um sistema cada vez mais robusto”, afirma Flavio Decat, presidente de Furnas.


Com as vazões observadas recentemente, o enchimento deve durar cerca de 26 dias. Considerando este cenário, a previsão de entrada em operação da primeira unidade geradora é em meados de abril deste ano.



Desafio da engenharia


O AHE Simplício é um projeto único na história de Furnas. Para evitar a inundação de uma extensa área urbana e de terras cultiváveis, o projeto conta com um conjunto de canais, túneis, diques e reservatórios que desviaram parte do rio por 30km. Graças a este circuito hidráulico, que aproveita o desnível de 115 m existente no relevo local para garantir a potência instalada do empreendimento, o AHE Simplício apresenta uma relação entre área inundada e potência de apenas 0,05 km2/MW, uma das menores do mundo.


A grandiosidade do empreendimento está expressa em seus números. Os 93.962 m3 de concreto utilizados na construção da obra são suficientes para erguer três Maracanãs. Já as 78 mil toneladas de aço empregadas no AHE Simplício correspondem a uma vez e meia a quantidade utilizada na Ponte Rio-Niterói. De escavação, foram 12,8 milhões de m3 em solo e 4,6 milhões de m3 em rocha.


As obras geraram, em seu pico, 4,8 mil empregos diretos. Desde seu início, em 2007, o projeto repassou mais de R$ 33,5 milhões em Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) aos municípios abrangidos pelo empreendimento, principalmente Sapucaia e Três Rios (RJ) e Além Paraíba e Chiador (MG).


Quando estiver produzindo energia, o AHE Simplício auxiliará o desenvolvimento econômico regional também por meio da Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos (CFURH), uma espécie de “royalty” pelo uso da água. Os recursos da CFURH são distribuídos entre órgãos da União (10%), estados (45%) e municípios (45%).



Meio ambiente


Parte do sistema de tratamento de esgoto, uma das condicionantes da Licença de Instalação que inclui três estações de tratamento de esgoto (ETEs) nas localidades de Sapucaia, Anta e Sapucaia de Minas e 25 km de redes coletoras, está operando desde dezembro do ano passado. As cerca de mil residências e imóveis comerciais já estão ligados à estrutura, que tem capacidade para tratar mais de três milhões de litros de esgoto por dia, podendo beneficiar, no futuro, até 30 mil pessoas.


Uma liminar concedida aos Ministérios públicos Federal e Estadual (RJ), no entanto, impedia o enchimento do reservatório desde março de 2012. Após acordo entre Furnas e o Ministério Público Federal, na última sexta-feira (22), foi possível aproveitar a janela hidrológica - o período de cheia que vai até abril, e, consequentemente, iniciar o enchimento do reservatório.


Furnas também construiu e está operando um aterro sanitário no município de Sapucaia. O local recebeu os dejetos que se acumulavam durante anos, a céu aberto, na margem do rio Paraíba do Sul. O aterro sanitário funciona desde 2010 e recebe, atualmente, cerca de 12 toneladas de lixo por dia. A disposição correta do lixo preserva o solo e livra o lençol freático de contaminação.


Na área ambiental, Furnas desenvolve ainda 38 programas e subprogramas para minimizar os impactos provocados. Algumas destas ações são o monitoramento e resgate da fauna e da ictiofauna (peixes), recomposição da vegetação (1.200 hectares serão reflorestados, contra cerca de 300 que tiveram sua vegetação suprimida), a recuperação de áreas degradadas e o salvamento do patrimônio arqueológico.



Desenvolvimento regional e humano


A construção do AHE Simplício significou também cidadania e qualidade de vida para 21 famílias que residiam de forma precária na área de preservação permanente (APP) do reservatório principal do empreendimento. Em novembro de 2012, elas receberam suas novas casas, de dois e três quartos, com área total de 77 m2 e 85 m2, num loteamento implantado a poucos metros de seu antigo local de residência.


O Novo Bairro 21, no distrito de Bemposta, Três Rios, conta com praças, escola e igreja. Sua infraestrutura urbana é composta por rede de água com poço artesiano e reservatório, rede coletora e estação de tratamento de esgoto, rede de drenagem de águas pluviais, ruas asfaltadas e iluminação pública.

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