Internacional

Fox reduz o tamanho do projeto Fênix a US$ 840 milhões

BNamericas
08/09/2005 03:00
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O Governo do México decidiu reduzir o tamanho do largamente esperado projeto petroquímico de Fênix, cortando 58% dos investimentos, de US$ 2 bilhões para US$ 840 milhões, informou a imprensa local citando um documento divulgado na noite de terça-feira pela assessoria de imprensa do presidente Vicente Fox.
O novo e reduzido projeto considerará, agora, ampliar os complexos petroquímica La Cangrejera e Morelos, no estado de Veracuz, e a construção de um novo complexo em Altamira, estado Tamaulipas, informou o serviço de notícias Notimex.
Com este novo projeto, o complexo Altamira produziría aromáticos e as plantas La Cangrejera e Morelos aumentariam sua produção de etileno de 600 mil a 875 mil toneladas métricas cada ano.
A expansão ajudaria a impulsionar a produção interna de polietileno e polipropileno, mas não ao nível da proposta original, segundo a imprensa.
O projeto primitivo compreendia uma unidade de craqueamento de etileno de 1 milhão de toneladas ao ano que produziria propileno para vender um contratos de longo prazo, assim como também etileno suficiente para duas plantas de polietileno e possivelmente para uma terceira.
O governo agora espera que o proejto total Fênix gere vendas anuais de US$ 1,38 milhões e que substitua importações por US$ 1,24 mihões, agregam os periódicos.
O governo de Fox promoveu o projeto desde 2002 como parte de seus esforços por reverter uma baixa de 10 anos na indústria petroquímica mexicana e uma história de partidas em falso na hora de atrair capitais privados.
No entanto, encontrou obstáculos em julio deste ano quando se fez evidente que a Secretaria de Fazenda não aceitaria subsidiar as matérias primas para o projeto, como solicitavam seus sócios privados.
Entre os sócios privados de Fênix figuram a canadense Nova Chemicals e as petroquímicas locais Grupo Idesa e Indelpro.
Estes pidiram uma rebaixo de 10% nos condensados de gás natural para fazer mais rentável o projeto, mas a Pemex lhes fez uma contra-proposta consistente de cobrar preços de paridade de exportação pelas matérias primas menos o custo do transporte aos Estados Unidos, que é o principal mercado da Pemex para condensados de gás.
O diretor do projeto Fênix da Pemex, Arthur Garcia, disse à BNamericas na semana passada que a Pemex estava preparando um projeto alternativo para modernizar os complexos La Cangrejera e Morelos se os sócios rejeitassem a nova oferta.
Se esperava que os sócios anunciassem sua decisão nos próximos días, mas esta nova proposta de Fox parece haver substituído sua respostas com o oferecimento de outra alternativa.
Fox defendeu que o projeto alternativo é uma melhor opção para o páis porque o governo não pode garantir descontos a longo prazo em matérias primas, informou a Notimex.
Segundo a nova proposta, a modernização de Morelos partiria em novembro deste ano e terminaria no final de 2008. A ampliação da Cangrejera começaria em abril de 2006 e a construção de Altamira, em junho de 2006. Os projetos estariam prontos no final de 2009.
O anúncio de Fox surpreendeu tanto aos executivos da Pemex como a seus sócios potenciais em Fênix.
Fontes da Pemex disseram à BNamericas que até a manhã de quarta-feira ainda não haviam recebido o documento do presidente e que as mudanças vinham de altas autoridades.
As fontes da Pemex disseramq estar séticas a respeito da resposta dos investidores ante a nova proposta e consideram que a redução no tamanho do projeto poderia significar que a Pemex seria o principal investidor e não o setor privado, como se planejava.
Uma fonte de Idesa disse na terça-feira à BNamericas que os sócios estavam analisando as propostas anteriores da Pemex e que esperavam tomar uma decisão na sexta-feira, mas a mesma fonte não quis fazer comentários sobre a nova proposta de Fox quando a BNamericas entrou em contato na quarta-feira.
O anúncio de Fox é ainda mais surpreendente dado que só na semana passada disse no estado de Veracruz que o projeto Fênix estava de pé que incluiría um novo complexo petroquímico para aumentar em 45% a capacidade de produção disponível em La Cangrejera e Morelos.
As condições do projeto parecem ter mudado entre o discurso e a divulgação do documento na terça-feira, segundo a imprensa local.

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