Redação TN Petróleo/Assessoria Firjan
No lançamento da publicação Petroquímica e Fertilizantes no Rio de Janeiro 2024, representantes da Federação, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços do Rio de Janeiro, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda de Macaé, e do SIQUIRJ debateram o futuro da petroquímica e de fertilizantes no estado, em 05/12. O estudo reforça o compromisso da Firjan SENAI SESI, e de seus parceiros, com o desenvolvimento sustentável destas indústrias fundamentais para a economia fluminense e nacional.
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"Destaco o início de operação do Projeto Integrado Rota 3, com capacidade de escoar até 18 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia do pré-sal da Bacia de Santos para Itaboraí, na região metropolitana da capital, abastecendo o recém-inaugurado Complexo de Energias Boaventura, o que também promoverá o aumento da atividade econômica no seu entorno", afirmou Luiz Césio Caetano (foto), presidente da Firjan.
O dirigente pontuou ainda que "o gás da Bacia de Santos contém expressiva quantidade de matérias-primas petroquímicas, hoje insuficientes no país para operação a plena capacidade instalada das fábricas existentes, que ainda dependem de uma logística complexa e cara no seu processo de importação. E a indústria de fertilizantes brasileira, deficitária, tem neste cenário a oportunidade de aumentar sua capacidade para suprir o agronegócio".
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A publicação "Petroquímica e Fertilizantes no Rio de Janeiro em 2024" foi apresentada por Thiago Valejo Rodrigues, gerente de Projetos de Petróleo, Gás, Energias e Naval da federação, ressaltando que a partir deste ano é lançado também um Painel Dinâmico com os dados desses mercados, como balança comercial, arrecadação de impostos e dados de empregos relacionados às atividades desses mercados. "Temos uma oportunidade de agregar valor ao óleo e ao gás natural transformando em produtos petroquímicos e de fertilizantes. A petroquímica no estado precisa estar preparada para o próximo ciclo de alta. E a produção de fertilizantes tem toda lógica acontecer no estado, que pode abastecer tanto o centro de consumo do país quanto pensar em exportação no futuro".
Isaac Plachta, presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Químicos para Fins Industriais do Estado do Rio de Janeiro (Siquirj), alerta que serão precisos incentivos fiscais robustos e parcerias estratégicas para mudar essa realidade. "Temos planos bem estruturados, mas é preciso que as coisas realmente aconteçam, saiam do papel. Já fomos o terceiro maior produtor mundial de plásticos. Falta a participação mais forte do estado. O gás natural ainda é muito caro no Brasil. Temos tudo para sermos tão competitivos quanto os chineses, por exemplo".
Pelo lado técnico, o pesquisador Giovanni Bressiani, do Instituto SENAI de Inovação em Química Verde, apontou que atua em nichos transversais, que facilitam parcerias. Sobre o novo centro de pesquisa anunciado pelo superintendente da Secretaria de Estado, Bressiani afirmou que "temos muito interesse em participar e sermos vizinhos de porta", brincou já que será instalado ao lado de um Instituto de Inovação do SENAI no Fundão. "O aumento da produção agrícola está diretamente ligado ao aumento do uso de fertilizantes nas plantações. O Brasil gasta R$ 25 bilhões por ano para importar fertilizantes. Nossos institutos têm um braço para apoiar a indústria 4.0 e grande potencial de inovação", resumiu.
Centro de Excelência em Fertilizantes
Aproveitando o que Macaé considera um bom momento, o secretário Rodrigo Ferreira Vianna, de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda do município, descreveu como a cidade está se preparando para a instalação de uma fábrica de fertilizantes, apoiada pelo Plano Nacional de Fertilizantes. "Macaé tem a maior capacidade instalada de gás no país, com a unidade de processamento de gás natural UPG de Cabiúnas. Além de forte geração de energia, com fontes fósseis e renováveis, incluindo a primeira térmica a gás natural do país e projetos de outras 10 usinas. Não podemos desperdiçar o projeto de reindustrialização do estado e contamos com o apoio da Firjan".
Pedro Veillard, superintendente de Novas Economias da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços do RJ, reforçou que a escolha do estado do Rio é relevante devido à grande produção de gás natural e à possibilidade de escoar com facilidade os produtos. "Temos potencial para suprir ao menos 10% do mercado nacional, com duas plantas de fertilizantes já anunciadas e a construção de um centro de pesquisa na área, o Centro de Excelência em Fertilizantes e Nutrição de Plantas, ancorado ao Plano Nacional de Fertilizantes. O Rio de Janeiro é o primeiro estado com uma política de fertilizantes".
Encerrando o evento, Karine Fragoso, gerente geral de Petróleo, Gás, Energias e Naval da Firjan, lembrou que "o marco regulatório que vem guiando a abertura do mercado de gás no Brasil completou três anos recentemente e junto com ele, outras regulações vêm sendo trabalhadas, o que de forma complementar constrói oportunidades para uma petroquímica cada vez mais forte no país. O consumo de petroquímicos ainda é muito baixo para um país do tamanho do nosso. E tem muito espaço para a indústria de fertilizantes, que agora se soma com atração de investimentos para construção de demanda para nosso gás e fornecimento de insumos para o nosso Agro."
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