<P>Empresários da área de navegação e dos terminais portuários apontam falhas na dragagem de manutenção do Porto de Santos que está quase concluída. Em função disso, segundo eles, alguns navios só conseguem deixar o cais quando a maré sobe.</P><P>O problema foi comentado pelo diretor de...
A Tribuna - SPEmpresários da área de navegação e dos terminais portuários apontam falhas na dragagem de manutenção do Porto de Santos que está quase concluída. Em função disso, segundo eles, alguns navios só conseguem deixar o cais quando a maré sobe.
O problema foi comentado pelo diretor de Operações da Aliança Navegação, José Antônio Balau. Ele afirma que o fato de o serviço estar 95% concluído (conforme garante a direção da Codesp) não significa que esteja finalizado. ‘‘Mesmo em locais onde o assoreamento é pouco, determinadas embarcações não conseguem navegar’’.
A informação é reforçada pelo diretor operacional da Santos-Brasil — que administra o Terminal de Contêineres (Tecon) do Porto de Santos —, Antônio Carlos Sepulveda. De acordo com ele, o calado do porto ‘‘está com 12,8 na preamar (ponto mais alto da maré)’’, mas o calado de projeto do porto é 13 metros.
Como consequência, explica Sepulveda, uma embarcação atracada no Tecon já teve de esperar até 8 horas para sair do cais. De acordo com o executivo, a Barra de Santos, por exemplo, considerada a entrada do porto, está com 13 metros quando, pelo projeto original, deveria estar com 14 metros.
O diretor de Infra-estrutura e Serviços da Codesp, Arnaldo Barreto, concordou que o serviço não está finalizado. Porém, creditou o problema ao limite imposto pela Cetesb, que libera apenas 300 mil metros cúbicos de sedimentos a serem descartados por mês no único local licenciado para receber o material retirado do fundo do estuário — um quadrilátero nas proximidades da Ilha da Moela, na direção de Guarujá.
Barreto lembra que, com a atual estrutura contratada para fazer a dragagem de manutenção, o porto poderia dragar, por mês, 1 milhão de metros cúbicos somente da Barra. ‘‘Mas, com esse limite, não podemos fazer isso’’, explicou.
A pedido da Autoridade Portuária, a Agência Ambiental do Estado estuda retirar a Barra do limite dos 300 mil metros cúbicos por mês. O argumento da estatal é que o material retirado da Barra é predominantemente areia, por isso, não contaminante.
Até agora a Cetesb ainda não anunciou a sua decisão.
As falhas na dragagem foram um dos argumentos citados pelo governador do Estado, José Serra, na última sexta-feira, para solicitar a regionalização do Porto de Santos ao presidente Luiz Ignácio Lula da Silva.
Segundo o Governo do Estado, mesmo com a limitação de 300 mil metros cúbicos por mês, a Codesp não consegue atingir o teto estabelecido.
Fonte: A Tribuna - SP
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