Exportação

Exportações ultrapassam US$ 120 bilhões e atingem meta do governo

<P>As exportações brasileiras surpreenderam mais uma vez e, no período de doze meses (fevereiro/05 a janeiro/06), chegaram a US$ 120,135 bilhões. Este resultado significa a superação da meta, estabelecida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início de seu mandato, de dobrar as vendas...

MDCI
02/03/2006 00:00
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As exportações brasileiras surpreenderam mais uma vez e, no período de doze meses (fevereiro/05 a janeiro/06), chegaram a US$ 120,135 bilhões. Este resultado significa a superação da meta, estabelecida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início de seu mandato, de dobrar as vendas para o exterior entre 2002 e 2006 (US$ 60,3 bilhões no primeiro ano).

- Atingir este objetivo, com onze meses de antecedência, mostra que todos os esforços feitos neste período estão dando resultado -, afirmou o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Armando Meziat.

Neste período, Meziat ressaltou o crescimento nas vendas externas de todas as categorias de produtos, com destaque para as manufaturas, produtos com alto valor agregado. Em doze meses, o crescimento das exportações dos manufaturados foi de 21,2%, correspondendo por 52,2% da pauta de exportação brasileira.

Segundo o secretário, os resultados de janeiro, até superiores às expectativas, foram fundamentais para o cumprimento desta meta. No mês, as vendas para o mercado externo atingiram US$ 9,2 bilhões, valor nunca antes atingido em janeiro. O mesmo número recorde foi obtido tanto nas importações, com US$ 6,427 bilhões, quanto no superávit (exportação menos importação) de US$ 2,844 bilhões.

Nas exportações, Meziat destacou que o crescimento de janeiro de 2005, se comparado com igual período de 2004, de 22,4% se deve ao aumento de todas as categorias de produtos. No mês, os básicos cresceram 47,8%, seguido das manufaturas (10,3%) e dos semimanufaturados (4,4%). Os principais produtos vendidos para o exterior foram o petróleo (US$ 721 milhões), minério de ferro (US$ 608 milhões) e automóveis (US$ 356 milhões).

Armando Meziat lembrou ainda que a queda das exportações de 14% em janeiro sobre dezembro do ano passado é considerada normal se for analisada a série histórica. Segundo ele, devido às sazonalidades, nos três primeiros meses do ano o ritmo das vendas externas é menor que no final do ano.

Outro ponto importante, ressaltou o secretário, foi o aumento de 22,5% nas vendas de carne bovina. Em janeiro, o Brasil exportou US$ 181 milhões do produto, sendo que deste total, US$ 45 milhões foram para o mercado russo, país que fechou suas fronteiras para a carne brasileira, de alguns estados, devido aos focos de febre aftosa.

O mesmo foi observado nas importações. Em janeiro, se comparado com igual período do ano passado, foi registrado crescimento em todas as categorias de produtos: bens de consumo (+21,2%), combustíveis e lubrificantes (+22,7%), bens de capital (+21%) e matérias-primas e intermediários (+10,5%). Para o ano, o secretário reafirmou que a meta de US$ 132 bilhões nas exportações para o final de 2006 é extremamente realista.

A mesma conclusão foi tirada da primeira reunião do Conselho Consultivo da Camex, o Conex, da qual participaram cerca de 20 empresários dos mais variados setores da economia. Segundo o empresário Carlos Mariani, presidente da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), foi realizada uma rodada de fogo durante a reunião na qual os setores expuseram suas perspectivas para exportações em 2006.

Segundo ele, algumas indústrias estão mais aquecidas, outras menos, mas os US$ 132 bilhões em exportações são atingíveis mesmo com o atual patamar de câmbio.

- Os setores que são de grande volume, minério, açúcar, petroquímica, têm tendências mais positivas. Os que são intensivos em mão-de-obra, como calçados e móveis, já são mais restritivos, têm crescimento menores ou negativos -, completou Mário Mugnaini, secretário executivo da Camex.

Entre as principais barreiras para a ampliação das vendas externas, segundo os empresários estão a taxa de câmbio, os gargalos em infra-estrutura (portos, rodovias, etc) e acesso a mercados nas negociações internacionais.

- Para atingirmos os US$ 132 bilhões a questão do câmbio é fundamental e as atitudes que temos de tomar na direção de facilitar esse enfrentamento do real tão valorizado incluem criatividade e estímulo às importações, mas jamais atitudes artificiais -, concluiu Mariani.

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