Estaleiros

Estaleiro Mac Laren construirá plataformas de petróleo

<P>O Estado do Rio de Janeiro terá seu primeiro dique seco de grande porte para a construção de plataformas de petróleo a partir do ano que vem. Ele será feito pelo estaleiro Mac Laren, que lançará nesta quarta-feira a pedra fundamental do Complexo Integrado Naval e Offshore, que ampliará de...

Jornal do Commercio/RJ
24/09/2007 00:00
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O Estado do Rio de Janeiro terá seu primeiro dique seco de grande porte para a construção de plataformas de petróleo a partir do ano que vem. Ele será feito pelo estaleiro Mac Laren, que lançará nesta quarta-feira a pedra fundamental do Complexo Integrado Naval e Offshore, que ampliará de 25 mil metros quadrados para 95 mil metros quadrados a área utilizada no terminal da Ponta D`Areia, em Niterói. Além de construir navios de apoio a indústria do petróleo do tipo PSV e AHTS, o estaleiro terá capacidade, a partir da conclusão da obra, no final do ano que vem, para construir navios-plataformas do tipo FPSO (unidades flutuantes de produção, armazenamento e descarga) e plataformas semi-submersíveis de produção de óleo e gás, além de reparos.

Para isso, o novo complexo contará com um dique seco, que estará entre os maiores do País, para a produção e reparo de embarcações deste tipo. Será o primeiro dique seco de grande porte da Região Sudeste. O investimento total no projeto, que proporcionará a geração de pelo menos 5 mil empregos, é de cerca de R$ 200 milhões, dos quais R$ 140 milhões serão captados junto ao Fundo de Marinha Mercante (FMM). O pedido está em análise no FMM, mas as obras já serão iniciadas imediatamente.

Os planos do estaleiro não param por aí, frisa a presidente Gisela Mac Laren. A outra área pertencente ao grupo, situada na Ilha da Conceição, também em Niterói, também deverá ser alvo de investimento semelhante. Mas ele terá que esperar, pelo menos, até 2012, quando o contrato de arrendamento ao grupo Aker Promar terminar. uma nova etapa em seus 69 anos de existência

Temos uma conjuntura extremamente favorável para esse tipo de investimento. Além de a Petrobras e outras empresas estarem construindo para novos projetos, vivenciamos uma boa disposição, do ponto de vista governamental, de apoio aos projetos para a indústria naval, seja no âmbito estadual ou no federal. Sempre fizemos barcos de apoio ao longo de todos esses anos, e este é o momento de apostarmos em um novo nicho, afirma, confiante, a executiva.

O mercado que a Mac Laren quer atender não se limita apenas ao cenário interno. Gisela conta que já chegou a fazer contato com empresas que operam na África sobre a possibilidade de construção de sistemas de produção de óleo e gás em terras brasileiras. De acordo com ela, existe deficiência de mão-de-obra e de estaleiros estruturados no continente africano, e a Mac Laren quer aproveitar esse vácuo e atender parte dessa demanda.

Queremos fazer desse complexo que vamos construir uma referência nacional e internacional no mercado naval, destaca.

O complexo que será construído pelo Grupo Mac Laren terá capacidade para atracar, ao mesmo tempo, uma plataforma do tipo FPSO e uma semi-submersível, além dos barcos de menor porte. Gisela Mac Laren reforça que o foco do complexo será o atendimento às encomendas de novas plataformas. O dique seco que será feito ainda terá suas medidas exatas definidas, mas que deverão estar em torno de 150 metros de largura por 160 metros de comprimento. Segundo a executiva, faltam pequenos ajustes no estudo do projeto para a definição exata da área do dique seco.

Todo o projeto foi estruturado para que o complexo seja o mais flexível possível. Os estaleiros são, em geral, segmentados. Nós estaremos aptos a fazer desde barcos de apoio de menor porte às grandes plataformas, observa.

Com isso, o Mac Laren vai abrigar o primeiro dique seco da Região Sudeste com capacidade para construir plataformas de grande porte. Atualmente, há outros dois de tamanho semelhante em construção no Brasil. No Sul do País, o estaleiro Rio Grande abrigará um deles, enquanto que o outro será erguido no estaleiro Atlântico Sul, no Porto de Suape.

O estaleiro Mac Laren completa 70 anos de existência no ano que vem diante desta nova perspectiva, mas Gisela lembra dos tempos escassos, após a crise do setor nos anos 80, que levou a empresa a fechar as portas por quase oito anos, só reabrindo nesta década. A presidente do estaleiro ressalta que o Mac Laren foi o único que manteve o mesmo controle acionário durante a crise da década de 80.

Tivemos a sabedoria de ir à guerra e nos recolher. Mas nunca desistimos do negócio, pois apostávamos no potencial do mercado naval. Felizmente, nesta década, as autoridades governamentais voltaram a dar a atenção devida ao nosso segmento, afirma.

canteiro de obras. Desde a reabertura, em 2004, o canteiro de obras da Ponta D`Areia vem mantendo atividade constante, com encomendas para módulos de plataformas da Petrobras. Lá, foram construídos os módulos de geração de energia e compressão das plataformas PRA-1, P-51 e P-52. Atualmente, os operários trabalham na construção de módulos semelhantes para a plataforma P-53. O apetite por novos negócios não pára por aí, e o estaleiro já está em busca de uma nova encomenda.

Estamos trabalhando com dedicação na concorrência para a construção do top side da plataforma P-57, destaca Gisela.

A executiva lembra que a decisão pelo investimento na ampliação do estaleiro, com a construção de um dique seco, é importante para manter o Rio de Janeiro na condição de capital da indústria naval do Brasil. Ela ressalta que sem o apoio governamental, que vem retirando possíveis entraves burocráticos, seria mais complicado tirar o projeto do papel.

Fonte: Jornal do Commercio/RJ

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