A Tarde Online - Salvador
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, apresentou na sexta-feira, 24, ao empresariado baiano o plano de negócios da estatal para o quinquênio 2009-2013 em reunião na Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb). Aprovado na quinta-feira em Brasília pelo Conselho de Administração da Petrobras, o plano prevê investimentos da ordem de US$ 174,4 bilhões, com perspectivas de crescimento de 8,8% ao ano na produção de petróleo e gás. Para a Bahia, a meta é investir cerca de US$ 8 bilhões.
A prioridade no Estado será a refinaria Landulpho Alves, em São Francisco do Conde. Serão US$ 3 bilhões destinados à ampliação da produção de óleo, além de investimentos em tecnologia que visam melhorar da qualidade da gasolina e do diesel produzidos. De acordo com Gabrielli, os investimentos na Bahia são estratégicos pelo fato do Estado ser a base de fornecimento de combustíveis para outros mercados do Nordeste.
Outra obra prioritária é a construção das plataformas P-59 e P-60 no Estaleiro de São Roque do Paraguaçu, em Maragojipe. O investimento será de US$ 502 milhões, com previsão de início das operações no final de 2011. Segundo Gabrielli, o investimento no setor naval no Recôncavo irá atender a uma demanda da estatal por novas embarcações.
O campo de Manati, Araçás e Dom João Mar também terão a capacidade de produção ampliadas. Manati, no município de Cairu, começou a operar em 2007 e já é o maior produtor do País de gás natural não associado (com pequenas quantidades ou sem óleo na composição).
Gabrielli ainda definiu para março de 2010 o prazo para conclusão do Gasene, gasoduto que vai interligar as regiões Nordeste e Sudeste. O trecho Norte, que liga os municípios de Catu a Cacimbas, no Espírito Santo, terá uma capacidade de transportar 20 milhões de metros cúbicos por dia.
Outra aposta da Petrobras é a usina de biodiesel de Candeias, inaugurada em julho do ano passado. A estatal espera ampliar a produção hoje estimada de 57 milhões de litros por ano. Este crescimento incidiria diretamente sobre a agricultura familiar: “Com a capacidade que temos hoje, estes agricultores poderão duplicar ou triplicar a produção de oleoginosos”, avalia Gabrielli. Atualmente, cerca de 60 mil famílias tem contrato com a Petrobras para comercialização de óleos vegetais brutos.
Otimismo – Apesar da crise econômica, o clima é de otimismo na Petrobras em relação à conjuntura d os próximos cinco anos. A expectativa é que até 2013 a estatal atinja uma produção de 3,6 mil barris equivalentes por dia, incluindo o óleo e o gás produzidos no país e no exterior. Atualmente, esta produção é de 2,4 mil de barris.
Este cenário possibilitou que a estatal fizesse o que Gabrielli chamou de “o maior plano de investimentos do mundo” no setor petrolífero. “Uma empresa como a Petrobras tem que pensar o futuro, por isso vamos continuar investindo”, assinalou. Além disso, as recentes descobertas de novos campos como o de Tupi e a região do Pré-Sal deram novo fôlego ao setor. Segundo Gabrielli, o País tem a possibilidade de dobrar as reservas de petróleo nos próximos três anos.
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