Redação/Assessoria
Em fevereiro de 2018, o estado do Rio registrou saldo de US$ 939 milhões, diante de US$ 1,8 bilhão em exportações e US$ 835 milhões em importações. O resultado possibilitou que o estado alcançasse superávit de US$ 2,5 bilhões no primeiro bimestre de 2018, com o acumulado de US$ 4,3 bilhões em vendas externas e US$ 1,8 bilhão em compras. Os dados são do Boletim Rio Exporta de março, elaborado pelo Sistema FIRJAN.
Especialista em Comércio Exterior da FIRJAN Internacional, Claudia Teixeira explica que as exportações fluminenses avançaram 2% no primeiro bimestre de 2018, contribuindo para o superávit. “Elas foram puxadas principalmente pelas vendas de industrializados, que foi de 23%. Os destaques foram para as exportações das indústrias de Metalurgia, Derivados de Petróleo, Químicos e Veículos Automotores”, ressaltou.
Os embarques de semimanufaturados de ferro ou aço, em particular, também cresceram (60%) nesse período, sobretudo com destino aos EUA. Essa maior relação com os norte-americanos possibilitou que o Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte) se tornasse o principal bloco parceiro das exportações do estado, com crescimento de 95%.
“Vale ressaltar que em março o governo Trump instituiu taxação de 25% sobre as exportações de aço para os EUA, o que poderia impactar diretamente as vendas fluminenses. Após articulação, o Brasil conseguiu a isenção temporária da taxa até 1º de maio. O objetivo é que, nesse ínterim, o governo brasileiro negocie com aquele país a exclusão definitiva do Brasil da lista de nações afetadas pela medida”, lembrou Claudia.
O segundo maior bloco de destino das vendas externas do Rio nos primeiros dois meses do ano foi a União Europeia, seguido dos países da Associação Latino-Americana de Integração (Aladi). Ambos incrementaram 13% na pauta das exportações fluminenses.
Importações
As importações seguiram a tendência do ano passado e registraram queda de 9%, de acordo com o Boletim. Caíram as compras de matérias-primas e bens intermediários. Porém, na contramão, as compras de bens de capital estrangeiros cresceram 31%, principalmente pelas aquisições de Máquinas e Materiais Elétricos.
“Embora a queda geral nas importações aponte uma recuperação ainda lenta da economia, a compra de bens de capital pode demonstrar o início de uma possível retomada dos investimentos no estado. É um dado interessante a ser acompanhado, mas ainda é cedo para apontar uma tendência com apenas esses dois meses de 2018”, observa a especialista.
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