Tribuna do Norte
A energia solar é considerada a mais cara entre as fontes disponíveis no Brasil, mas, se contar com incentivos fiscais do governo, poderá servir de fonte de renda “extra” e ajudar a incrementar a irrigação e, por consequência, a produção, em áreas de agricultura familiar do Rio Grande do Norte. Pelo menos é o que espera um projeto que está sendo discutido no governo do estado e que já vem sendo desenvolvido de forma piloto em estados como São Paulo.
O secretário de Assuntos Fundiários e Apoio à Reforma Agrária do Rio Grande do Norte, Paulo Henrique Macedo, disse ontem, durante o Colóquio Solar Brasileiro, em Natal, que a ideia é que a produção seja desenvolvida pelos próprios agricultores para consumo próprio e venda do excedente. Pesquisadores e especialistas no assunto, diz ele, estão sendo contatados para ajudar a tornar a iniciativa viável.
“Nossa meta é pelo menos terminar este ano com um norte sobre como esse projeto pode efetivamente ser implantado. Temos mais de 100 mil hectares adquiridos no estado pelo crédito fundiário, sendo que 90% é semiárido. Queremos transformar o sol, que é o que temos de mais abundante nessa área, em fomentador do desenvolvimento”. Ele não estima o custo do projeto.
Jean-Paul Prates, ex-secretário de Energia e Assuntos Internacionais do estado e atual diretor geral do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne), entidade promotora do Colóquio, diz que, enquanto a tarifa da energia eólica desceu ao patamar de R$ 150 por megawatt, no leilão realizado em dezembro, a solar ainda gira em torno de R$ 350 a R$ 400. Durante o evento foi elaborado um documento que deverá ser entregue aos governos federal e estaduais apontando diretrizes do que podem fazer para estimular a evolução da energia solar no país.
Fonte: Tribuna do Norte
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