De acordo com a ABSOLAR, já são 3,8 gigawatts (GW) em usinas fotovoltaicas de grande porte ante a 3,6 GW em termelétricas fósseis à carvão mineral
Redação TN Petróleo/AssessoriaLevantamento inédito da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) aponta que a potência instalada operacional da fonte solar fotovoltaica em grandes usinas solares (geração centralizada) conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) acaba de ultrapassar a soma da potência de usinas termelétricas fósseis à carvão mineral.
De acordo com mapeamento da entidade, são 3,8 gigawatts (GW) em grandes usinas solares, ante a 3,6 GW em termelétricas fósseis movidas a carvão mineral. De acordo com a associação, desde 2012, a geração centralizada solar já trouxe ao Brasil mais de R$ 20,5 bilhões em novos investimentos e gerou mais de 114 mil empregos acumulados, além de proporcionar uma arrecadação de R$ 6,3 bilhões aos cofres públicos.
Em 2019, a solar foi a fonte mais competitiva entre as renováveis nos dois Leilões de Energia Nova, A-4 e A-6, com preços-médios abaixo dos US$ 21,00/MWh. Em julho de 2021, repetiu o feito nos leilões A-3 e A-4, com os menores preços-médios dos dois leilões, abaixo dos US$ 26,00/MWh. Com isso, a solar consolidou a posição de fonte renovável mais barata do Brasil.
Ao ultrapassar o carvão mineral, as usinas solares de grande porte assumem a posição de sexta maior fonte de geração de energia elétrica do Brasil, com empreendimentos em operação em nove estados brasileiros: nas regiões Nordeste (Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo) e Centro-Oeste (Tocantins).
Para o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, a situação crítica de escassez hídrica, com fortes aumentos tarifários na conta de luz da população, reforça ainda mais o papel estratégico da energia solar como parte da solução para diversificar e fortalecer o suprimento de eletricidade do País, fundamental para a retomada do crescimento econômico nacional.
“As usinas solares de grande porte geram eletricidade a preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis emergenciais ou a energia elétrica importada de países vizinhos atualmente, duas das principais responsáveis pelo aumento tarifário sobre os consumidores”, comenta. “Diante da crise hídrica e da nova bandeira de escassez hídrica é fundamental que o Governo Federal aumente a participação da energia solar no Brasil, para diversificar a matriz elétrica e baratear a energia para a sociedade e os setores produtivos”, acrescenta Sauaia.
Graças à versatilidade e agilidade da tecnologia solar, uma usina fotovoltaica de grande porte fica operacional em menos de 18 meses, desde o leilão até o início da geração de energia elétrica. A solar é reconhecidamente campeã na rapidez de novas usinas de geração”, aponta Ronaldo Koloszuk, presidente do conselho de Administração da ABSOLAR.
Ao incluir a geração própria de energia solar feita pelos consumidores brasileiros, o Brasil já ultrapassa a marca de 10,4 gigawatts (GW) de potência operacional da fonte solar fotovoltaica. Segundo a ABSOLAR, isso representa mais de 70% da potência da usina hidrelétrica de Itaipu, segunda maior do mundo e maior da América Latina.
No total, a fonte solar já trouxe ao Brasil mais de R$ 54,1 bilhões em novos investimentos e gerou mais de 312 mil empregos acumulados desde 2012. Com isso, evitou a emissão de 11,3 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade, bem como proporcionou uma arrecadação de tributos públicos da ordem de R$ 14,6 bilhões.
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