ANEEL aprovou operação de crédito de até R$ 10,5 bilhões com bancos públicos e privados e consumidor terá de pagar a conta com juros a partir de 2023
Redação TN Petróleo/AssessoriaO anúncio nesta semana da contratação de um empréstimo de até R$ 10,5 bilhões por parte do governo federal para socorrer as distribuidoras de energia que assumiram dívidas por conta da escassez hídrica deve impactar diretamente no bolso dos consumidores, com novos aumentos na conta luz. Tal cenário amplia ainda mais a atratividade do uso de energia solar em telhados de residências e empresas no País.
A afirmação é de Rodolfo Meyer (foto), CEO do Portal Solar, franqueadora com mais de 160 unidades no Brasil e cerca de 15 mil sistemas instalados nos últimos oito anos. “Os brasileiros devem ficar atentos a conta de luz, pois novos aumentos estão por vir, o que reforça a tese de que investir em energia solar fotovoltaica é, e continuará sendo, um grande negócio”, comenta.
Pelas contas da Agência Nacional de Energia elétrica (ANEEL), considerando as medidas adotadas para o enfrentamento da crise hídrica no ano passado, as melhores estimativas apontam para um cenário de impacto tarifário médio de 21% em 2022, acrescenta Meyer, que também é conselheiro da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).
Nesta semana, a ANEEL aprovou esse empréstimo emergencial às concessionárias e propôs o parcelamento dos custos da crise hídrica por um período 4,5 anos, a partir de 2023. A primeira tranche será de R$ 5,3 bilhões. A segunda, de R$ 5,2 bilhões, ainda está em análise no órgão regulador.
Esse processo atende ao Decreto 10.939/21 (MP 1.078/21) e autoriza a contratação de empréstimo com bancos públicos e privados em duas tranches. O empréstimo, que receberá nome de Conta Escassez Hídrica, busca evitar que o custo total da crise hídrica (2020/2021) recaia integralmente sobre os consumidores neste ano, jogando a cobrança para 2023 e diluindo os custos até 2028. Pelas projeções da TR Soluções, as simulações mostram que o empréstimo poderá ter um impacto médio de 3,41 pontos percentuais nos processos tarifários deste ano.
“Não dá mais para o consumidor contar apenas com o fornecimento da distribuidora. Vai chegar um momento que a tarifa ficará impagável. Isso explica por que a geração solar distribuída cresce exponencialmente no Brasil”, conclui o CEO do Portal Solar.
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