Taxa de empresas que investem em tecnologia sobe 24% em três anos e evidencia potencial ainda maior para futuro do setor
Redação TN Petróleo/AssessoriaO interesse das empresas brasileiras em pesquisa e desenvolvimento na área de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) está em alta no país. É o que aponta a segunda edição da pesquisa colaborativa do Instituto Eldorado e a empresa Deloitte. O estudo, que contou com 102 empresas, de 14 estados brasileiros, mostra que a taxa de companhias que investem em pesquisa e desenvolvimento subiu de 45% em 2019, para 69% em 2022.
Este fator não está apenas diretamente relacionado ao período de pandemia, que obrigatoriamente fez empresas acelerarem processos digitais internos para poder acompanhar o mercado, mas também à industrialização das companhias, com maior uso de sistemas de gestão para obter total controle das ações elaboradas dentro do negócio.
Nimrod Riftin (foto), CEO da Belago, integradora que fornece soluções de TI (tecnologia da informação), acredita que o investimento neste setor deve aumentar recorrentemente. “A tecnologia se apresentou nos últimos anos como um grande agente de transformação dos processos de indústrias e empresas, mesmo aquelas que não estão diretamente ligadas com processos tecnológicos, devem estar atentas ao que o mercado apresenta para não acabarem ultrapassadas no ambiente que atuam”, comenta.
Crescimento deve atingir patamares de recorde
De acordo com dados da Brasscom (Associação das empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais), o setor planeja investir R$666 bilhões deste ano até 2026, o que representa um crescimento anual de 19,2%.
Além disso, o investimento em computação em nuvem deve ser um dos principais objetivos para empresas nos próximos anos, que deve crescer 41% apenas em 2023. Além disso, até 2026, o setor deve receber R$ 308,3 bilhões em aportes, alta de 28% ao ano.
Alguns benefícios estão relacionados diretamente ao crescimento contínuo da busca pela computação em nuvem por empresas, como a agilidade e economia de custos que a ferramenta proporciona na utilização diária.
“A computação em nuvem não é necessariamente uma inovação, pois é uma tecnologia utilizada por empresas há alguns anos, mas a maior busca pelos benefícios que ela proporciona para o negócio tem evidenciado a extrema utilidade que ela possui para empresas e indústria”, comenta Nimrod.
O principal desafio para o futuro das empresas pode estar na construção de singularidades que as diferencie na disputa do mercado, tanto em ambiente tecnológico, quanto fora dele.
“O avanço da tecnologia fez com que muitas ações de mercado se tornassem padronizadas, sendo difícil criar uma diferenciação. Desta maneira, as empresas devem potencializar os procedimentos com as ferramentas que possuem e tentar assim criar um diferencial competitivo”, finaliza o CEO.
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