Mercado

Em 20 anos, Brasil deve ter 2º maior crescimento em petróleo no mundo

Estudo é da Agência Internacional de Energia.

Redação TN
03/12/2012 13:30
Em 20 anos, Brasil deve ter 2º maior crescimento em petróleo no mundo Imagem: Agência Petrobras Visualizações: 678 (0) (0) (0) (0)

 

Em 20 anos, Brasil deve ter segundo maior crescimento em petróleo no mundo
O Brasil deve se tornar o segundo país do mundo com o mais rápido crescimento na produção de petróleo, atrás apenas do Iraque, segundo o relatório da Agência Internacional de Energia (AIE).  A expectativa é que o volume diário de 2,2 milhões de barris, registrado em 2011, continue a trajetória de expansão e alcance o patamar de 5,7 milhões de barris em 2035. No mesmo período, a produção diária de petróleo no país do Oriente Médio deve passar de 2,7 milhões de barris para 8,3 milhões de barris.
Denominado Perspectivas da Energia Mundial 2012, o estudo mostra que a perspectiva de aumento na produção brasileira de petróleo deve acontecer, sobretudo, a partir da segunda metade desta década. Em um quadro intitulado “Boom de Petróleo no Brasil Ganha Ritmo”, o relatório atribui o cenário positivo à exploração das jazidas de petróleo da camada pré-sal, localizadas, principalmente, ao longo da Região Sudeste.
“O Brasil é o único país que descobriu uma reserva gigante de petróleo, com potencial equivalente a mais de 5 bilhões de barris, nos últimos 10 anos” explica Alessandro Blasi, analista de política energética da AIE e um dos coordenadores do estudo. “Isso dá ao Brasil uma enorme vantagem no novo mercado global de energia que começa a ganhar corpo”, acrescenta, durante entrevista exclusiva ao iG .
A AIE é uma organização patrocinada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que elabora diagnósticos sobre a produção de petróleo do mundo e a energia em geral. O otimismo do relatório contrasta com diversas previsões negativas de analistas, por conta no atraso da aprovação do marco regulatório e em licitações para a exploração de novos blocos . A agência contou dois membros do Ministério de Minas e Energia e um professor da USP para ajudar a traçar o panorama brasileiro.
De acordo com a pesquisa, o mercado energético global deve passar por importantes alterações nos próximos anos. A principal delas é a ascensão dos Estados Unidos como maior produtor mundial de petróleo em 2017 , desbancando a Arábia Saudita. A receita para o sucesso norte-americano pode ser explicado pelo desenvolvimento de novas tecnologias, que possibilitam a extração de petróleo do tipo leve (light tight oil) e gás não convencional de xisto (shale gas) com custos mais competitivos.
“O crescimento da produção de petróleo nos Estados Unidos, combinado com o uso mais eficiente de energia, vai dar maior independência à Washington e reduzir suas importações do óleo. Os efeitos desta mudança vão ser sentidos não apenas no comércio global de energia, mas também nas relações deles (Estados Unidos) com o Oriente Médio” comenta Blasi.
A produção de petróleo norte-americana deve alcançar o ápice no início de 2020, quando atinge a marca de 11,1 milhões de barris diários. Após a vigorosa expansão, a produção começa a cair e volta a ser superada pela da Arábia Saudita. Em 2035, os Estados Unidos devem produzir 9,2 milhões de barris por dia – 3,5 milhões de barris a mais que o Brasil.
Outra mudança relevante para o mercado energético mundial é o crescimento da demanda por petróleo em países da Ásia, principalmente China e Índia. A região deve liderar a expansão do consumo do óleo nas próximas duas décadas. Segundo a AIE, a demanda mundial de petróleo de 87,4 milhões de barris diários, registrado em 2011, deve atingir 99,7 milhões de barris por dia em 2035 – uma expansão de 14%. O setor de transportes deve representar mais da metade do consumo total.
“O desenvolvimento do setor de transportes em países como China e Índia, aliado a políticas de promoção de combustíveis alternativos em algumas nações da Europa vai gerar ótimas oportunidades para o mercado de etanol brasileiro” sugere Blasi. A AIE prevê que o Brasil se torne o maior produtor mundial de biocombustível em 2035, com um volume equivalente a 0,2 mil barris de petróleo por dia (mboe/d) – quase um quarto da produção mundial.
O estudo destaca a vantagem competitiva do etanol brasileiro, gerado à base de cana-de-açucar, em relação ao biocombustível à base de milho ou beterraba produzido, respectivamente, nos Estados Unidos e Europa. O relatório aponta que o custo para a produção de etanol no Brasil é inferior aos gastos para a produção de gasolina, devido as condições climáticas favoráveis e a disponibilidade de terra.
“Apesar do boom na produção de petróleo nos próximos anos, a grande maioria dos países está ciente da necessidade de desenvolver novas formas de energia para garantir segurança energética e respeitar o meio-ambiente. O Brasil tem a sorte de contar com o pré-sal, mas deve seguir investindo em tecnologia para a produção de biocombustíveis” conclui Blasi.

O Brasil deve se tornar o segundo país do mundo com o mais rápido crescimento na produção de petróleo, atrás apenas do Iraque, segundo o relatório da Agência Internacional de Energia (AIE).  A expectativa é que o volume diário de 2,2 milhões de barris, registrado em 2011, continue a trajetória de expansão e alcance o patamar de 5,7 milhões de barris em 2035. No mesmo período, a produção diária de petróleo no país do Oriente Médio deve passar de 2,7 milhões de barris para 8,3 milhões de barris.


Denominado Perspectivas da Energia Mundial 2012, o estudo mostra que a perspectiva de aumento na produção brasileira de petróleo deve acontecer, sobretudo, a partir da segunda metade desta década. Em um quadro intitulado “Boom de Petróleo no Brasil Ganha Ritmo”, o relatório atribui o cenário positivo à exploração das jazidas de petróleo da camada pré-sal, localizadas, principalmente, ao longo da Região Sudeste.

 

A AIE é uma organização patrocinada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que elabora diagnósticos sobre a produção de petróleo do mundo e a energia em geral. O otimismo do relatório contrasta com diversas previsões negativas de analistas, por conta no atraso da aprovação do marco regulatório e em licitações para a exploração de novos blocos . A agência contou dois membros do Ministério de Minas e Energia e um professor da USP para ajudar a traçar o panorama brasileiro.


De acordo com a pesquisa, o mercado energético global deve passar por importantes alterações nos próximos anos. A principal delas é a ascensão dos Estados Unidos como maior produtor mundial de petróleo em 2017 , desbancando a Arábia Saudita. A receita para o sucesso norte-americano pode ser explicado pelo desenvolvimento de novas tecnologias, que possibilitam a extração de petróleo do tipo leve (light tight oil) e gás não convencional de xisto (shale gas) com custos mais competitivos.


A produção de petróleo norte-americana deve alcançar o ápice no início de 2020, quando atinge a marca de 11,1 milhões de barris diários. Após a vigorosa expansão, a produção começa a cair e volta a ser superada pela da Arábia Saudita. Em 2035, os Estados Unidos devem produzir 9,2 milhões de barris por dia – 3,5 milhões de barris a mais que o Brasil.


Outra mudança relevante para o mercado energético mundial é o crescimento da demanda por petróleo em países da Ásia, principalmente China e Índia. A região deve liderar a expansão do consumo do óleo nas próximas duas décadas. Segundo a AIE, a demanda mundial de petróleo de 87,4 milhões de barris diários, registrado em 2011, deve atingir 99,7 milhões de barris por dia em 2035 – uma expansão de 14%. O setor de transportes deve representar mais da metade do consumo total.

O estudo destaca a vantagem competitiva do etanol brasileiro, gerado à base de cana-de-açucar, em relação ao biocombustível à base de milho ou beterraba produzido, respectivamente, nos Estados Unidos e Europa. O relatório aponta que o custo para a produção de etanol no Brasil é inferior aos gastos para a produção de gasolina, devido as condições climáticas favoráveis e a disponibilidade de terra.


“Apesar do boom na produção de petróleo nos próximos anos, a grande maioria dos países está ciente da necessidade de desenvolver novas formas de energia para garantir segurança energética e respeitar o meio-ambiente. O Brasil tem a sorte de contar com o pré-sal, mas deve seguir investindo em tecnologia para a produção de biocombustíveis” conclui Blasi.

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