Empresas

Eletrobras quer usina Três Irmãos

Empreendimento vai a leilão em um lote único, em setembro.

Valor Econômico
20/06/2013 13:52
Visualizações: 832 (0) (0) (0) (0)

 

A Eletrobras vai entrar na disputa pela concessão da hidrelétrica de Três Irmãos. A usina localizada no rio Tietê, no município de Parreira Barreto (SP), pertence à paulista Cesp. O contrato de concessão da usina venceu em novembro de 2011 e, por decisão da empresa, não foi renovado. O empreendimento vai a leilão em um lote único, em setembro.
A decisão foi confirmada pelo presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto. "Sem dúvida nenhuma, nós vamos disputar. Quem tem nosso tamanho e já tem uma equipe consolidada para suportar 20 usinas, poder suportar 21. Nós somos altamente competitivos nesse caso, porque podemos diluir o custo fixo de operação da usina", disse Carvalho Neto, em entrevista ao 'Valor'.
Carvalho Neto refere-se, basicamente, aos custos operacionais e de manutenção para administrar Três Irmãos. "O custo da usina está basicamente dividido em três componentes: o do pessoal que está no local, do pessoal de engenharia e segurança e daqueles que cuidam de funções administrativas. São custos fixos que temos todas as condições de absorver", comentou.
Três Irmãos é a maior hidrelétrica erguida no rio Tietê, com 807,5 megawatts (MW) de potência instalada. Construída em 1993 pela Cesp, será a primeira usina de grande porte que retorna ao poder concedente e que será relicitada dentro das novas regras. No ano passado, a usina centralizou uma série de embates entre o governo federal e o governo paulista, que cobrava a renovação de contrato da hidrelétrica pelas regras até então vigentes, uma vez que a hidrelétrica ainda não tinha tido seu contrato renovado, como era o caso das demais. O Palácio do Planalto venceu a disputa e agora vai oferecer a usina a novos investidores.
Pelas regras do leilão, o governo estipula a tarifa máxima que está disposto a pagar pela geração da usina. Vence a licitação a empresa que apresentar o menor preço. A Eletrobras não está sozinha. Companhias de São Paulo, como CPFL e AES - esta última tem outras usinas no Tietê - já demonstraram interesse em Três Irmãos. A Cemig também pode entrar na disputa.
Os planos da Eletrobras também passam pela venda de participações minoritárias que a estatal detém em outras empresas de geração, transmissão e distribuição de energia. Essa avaliação, revelou José da Costa Carvalho Neto, já atinge pelo menos quatro empresas: a Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep), a Companhia Estadual de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul (CEEE), a Companhia Energética do Maranhão (Cemar) e a Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc). O balanço financeiro da Eletrobras fechado em dezembro de 2012 aponta que a estatal tem participação de 35,23% na Cteep, 32,59% na CEEE, 33,55% na Cemar e 10,75% na Celesc. "Temos ativos que podem ser vendidos. Isso está sendo analisado. Queremos investir R$ 13 bilhões. Alguma coisa virá de nosso próprio resultado. Outra virá possivelmente de venda de ativo", disse Carvalho Neto.
O executivo adiantou ainda que a Eletrobras trabalha na elaboração de um plano quinquenal para ampliar a eficiência de suas hidrelétricas e linhas de transmissão. A medida passa por investimentos em equipamentos e sistemas para ampliar a capacidade de geração de usinas antigas. Dentre as ações previstas está a possibilidade de construir uma terceira casa de força na hidrelétrica de Tucuruí, instalada no rio Tocantins, no Pará. A usina, que hoje tem capacidade instalada de 8.370 megawatts (MW), é a maior hidrelétrica nacional em operação no país. Itaipu, que tem 14 mil MW de potência instalada, é um empreendimento binacional, que opera na divisa do país com o Paraguai.
A instalação de novas turbinas em Tucuruí permitiria uma adição de até 2,5 mil MW, quase a capacidade energética prometida pela usina de Belo Monte (11,2 mil MW), em construção no rio Xingu, no Pará. "Estamos olhando essa possibilidade de expandir Tucuruí. É um projeto que está caminhando", comentou Carvalho Neto. "Paralelamente a isso, temos espaço para substituição de máquinas antigas por outras que ofereçam melhor rendimento. Por isso, nós vamos fazer um plano quinquenal de revitalização dessas usinas. Esses ativos que tiveram a concessão renovada terão um plano de revitalização".
O processo de reestruturação da Eletrobras inclui um plano de demissão voluntária, que já está em andamento. A estatal espera que cerca de 5 mil funcionários - de um total de 27 mil empregados diretos - entrem no programa, mas não há garantia disso. "Estamos firmando contrato com uma consultoria, que vai nos apoiar em um novo modelo de organização societária, de gestão e de governança, para que a gente possa realmente ampliar a integração e sinergia de nossas empresas, reduzindo custos", disse Carvalho Neto.

A Eletrobras vai entrar na disputa pela concessão da hidrelétrica de Três Irmãos. A usina localizada no rio Tietê, no município de Parreira Barreto (SP), pertence à paulista Cesp. O contrato de concessão da usina venceu em novembro de 2011 e, por decisão da empresa, não foi renovado. O empreendimento vai a leilão em um lote único, em setembro.


A decisão foi confirmada pelo presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto. "Sem dúvida nenhuma, nós vamos disputar. Quem tem nosso tamanho e já tem uma equipe consolidada para suportar 20 usinas, poder suportar 21. Nós somos altamente competitivos nesse caso, porque podemos diluir o custo fixo de operação da usina", disse Carvalho Neto, em entrevista ao 'Valor'.


Carvalho Neto refere-se, basicamente, aos custos operacionais e de manutenção para administrar Três Irmãos. "O custo da usina está basicamente dividido em três componentes: o do pessoal que está no local, do pessoal de engenharia e segurança e daqueles que cuidam de funções administrativas. São custos fixos que temos todas as condições de absorver", comentou.


Três Irmãos é a maior hidrelétrica erguida no rio Tietê, com 807,5 megawatts (MW) de potência instalada. Construída em 1993 pela Cesp, será a primeira usina de grande porte que retorna ao poder concedente e que será relicitada dentro das novas regras. No ano passado, a usina centralizou uma série de embates entre o governo federal e o governo paulista, que cobrava a renovação de contrato da hidrelétrica pelas regras até então vigentes, uma vez que a hidrelétrica ainda não tinha tido seu contrato renovado, como era o caso das demais. O Palácio do Planalto venceu a disputa e agora vai oferecer a usina a novos investidores.


Pelas regras do leilão, o governo estipula a tarifa máxima que está disposto a pagar pela geração da usina. Vence a licitação a empresa que apresentar o menor preço. A Eletrobras não está sozinha. Companhias de São Paulo, como CPFL e AES - esta última tem outras usinas no Tietê - já demonstraram interesse em Três Irmãos. A Cemig também pode entrar na disputa.


Os planos da Eletrobras também passam pela venda de participações minoritárias que a estatal detém em outras empresas de geração, transmissão e distribuição de energia. Essa avaliação, revelou José da Costa Carvalho Neto, já atinge pelo menos quatro empresas: a Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep), a Companhia Estadual de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul (CEEE), a Companhia Energética do Maranhão (Cemar) e a Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc). O balanço financeiro da Eletrobras fechado em dezembro de 2012 aponta que a estatal tem participação de 35,23% na Cteep, 32,59% na CEEE, 33,55% na Cemar e 10,75% na Celesc. "Temos ativos que podem ser vendidos. Isso está sendo analisado. Queremos investir R$ 13 bilhões. Alguma coisa virá de nosso próprio resultado. Outra virá possivelmente de venda de ativo", disse Carvalho Neto.


O executivo adiantou ainda que a Eletrobras trabalha na elaboração de um plano quinquenal para ampliar a eficiência de suas hidrelétricas e linhas de transmissão. A medida passa por investimentos em equipamentos e sistemas para ampliar a capacidade de geração de usinas antigas. Dentre as ações previstas está a possibilidade de construir uma terceira casa de força na hidrelétrica de Tucuruí, instalada no rio Tocantins, no Pará. A usina, que hoje tem capacidade instalada de 8.370 megawatts (MW), é a maior hidrelétrica nacional em operação no país. Itaipu, que tem 14 mil MW de potência instalada, é um empreendimento binacional, que opera na divisa do país com o Paraguai.


A instalação de novas turbinas em Tucuruí permitiria uma adição de até 2,5 mil MW, quase a capacidade energética prometida pela usina de Belo Monte (11,2 mil MW), em construção no rio Xingu, no Pará. "Estamos olhando essa possibilidade de expandir Tucuruí. É um projeto que está caminhando", comentou Carvalho Neto. "Paralelamente a isso, temos espaço para substituição de máquinas antigas por outras que ofereçam melhor rendimento. Por isso, nós vamos fazer um plano quinquenal de revitalização dessas usinas. Esses ativos que tiveram a concessão renovada terão um plano de revitalização".


O processo de reestruturação da Eletrobras inclui um plano de demissão voluntária, que já está em andamento. A estatal espera que cerca de 5 mil funcionários - de um total de 27 mil empregados diretos - entrem no programa, mas não há garantia disso. "Estamos firmando contrato com uma consultoria, que vai nos apoiar em um novo modelo de organização societária, de gestão e de governança, para que a gente possa realmente ampliar a integração e sinergia de nossas empresas, reduzindo custos", disse Carvalho Neto.

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Fenasucro
Na Fenasucro, ORPLANA fala da importância de consenso en...
13/08/25
Fenasucro
Brasil terá que produzir 1,1 bilhão de litros de combust...
12/08/25
Fenasucro
Treesales estreia na Fenasucro & Agrocana e integra deba...
12/08/25
Curitiba
Setor energético será discutido durante a Smart Energy 2...
12/08/25
PD&I
Vórtices oceânicos em interação com correntes podem gera...
12/08/25
Combustíveis
ETANOL/CEPEA: Negócios caem, mas Indicadores continuam f...
12/08/25
ANP
Desafio iUP Innovation Connections + PRH-ANP (Descarboni...
12/08/25
Resultado
Vibra avança em market share e projeta crescimento
12/08/25
Transição Energética
Repsol Sinopec Brasil reforça compromisso com inovação e...
11/08/25
Fenasucro
Fenasucro & Agrocana começa nesta terça-feira, dia 12, c...
11/08/25
Fenasucro
Consolidada na área de Biogás, Mayekawa é presença confi...
11/08/25
Sergipe Oil & Gas 2025
“Descarbonização da matriz energética é o futuro”, diz g...
11/08/25
Pessoas
Novo presidente da PortosRio realiza visita ao Porto de ...
11/08/25
Fenasucro
ORPLANA debate sustentabilidade no setor canavieiro na F...
11/08/25
Paraíba
PBGás reduz preço do gás canalizado em 4,3% em agosto
11/08/25
Combustíveis
Etanol fecha semana em alta; Indicador Diário Paulínia r...
11/08/25
Biodiesel
Laboratórios podem se inscrever até 21/8 no Programa de ...
08/08/25
Petrobras
Segundo trimestre de 2025 apresenta lucro de R$ 26,7 bil...
08/08/25
Dutos
Sensor portátil do CNPEM em teste pode reduzir entupimen...
08/08/25
Combustíveis
Biodiesel ganha protagonismo na economia e no cotidiano ...
07/08/25
Pessoas
Alessandro Falzetta é o novo Diretor de Experiência do ...
07/08/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22