Inovação

Economia verde ganha mais um produto: a acetona

Brasil começa a desenvolver produto a partir do etanol.

Ascom Faperj
13/06/2014 18:32
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Os pesquisadores do laboratório de Catálise, do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), busca desenvolver a 'acetona verde', produto desenvolvido a partir do etanol. A líder da pesquisa é a engenheira química Lucia Gorenstin Appel, formada e doutorada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Com ela atuam também alunos e jovens pesquisadores, além de quatro renomadas instituições cariocas: a Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio), a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e o Instituto Militar de Engenharia (IME).
A nova tecnologia que engloba duas vantagens: permitir que o Brasil se torne autossuficiente na obtenção de acetona, um produto de extrema importância para a indústria e que hoje é largamente importado; e que essa produção seja feita a partir de uma matéria-prima renovável, já que o etanol é obtido principalmente da cana-de-açúcar. "Esta é uma excelente oportunidade, já que em breve a oferta do etanol deve crescer no país com a entrada em operação das unidades geradoras deste álcool, via celulose", anima-se Lucia, cujo projeto foi contemplado no edital Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica em Química Verde, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).
A pesquisadora explica que atualmente a acetona é obtida a partir do "processo do cumeno" que emprega benzeno e propeno como insumos. Nesse caso, a acetona é gerada juntamente com o fenol, o que nem sempre é positivo do ponto de vista da comercialização. E as matérias-primas empregadas também são de origem fóssil. "Vale destacar que 'ser verde' atualmente agrega valor a produtos químicos e por isso há um crescente interesse das empresas em investir em negócios sustentáveis do ponto de vista econômico, ambiental e social. Nessa perspectiva, a alcoolquímica, ou, no caso, a etanolquímica se mostra como uma proposta promissora", esclarece a pesquisadora.
O projeto visa desenvolver catalisadores que possibilitem a obtenção de acetona a partir de etanol. Trocando em miúdos, os catalisadores são substâncias que aceleram reações químicas, promovendo a formação de produtos de interesse em detrimento de outros menos relevantes. "Já conseguimos desenvolver catalisadores com êxito e estamos em processo de patente", comemora a pesquisadora.
Segundo Lucia, o etanol – ou simplesmente álcool, como é comumente conhecido pela população – é uma molécula plataforma porque a partir dela pode-se gerar uma série de produtos e intermediários químicos, usados na indústria em geral. "A acetona e também o 1-butanol, o acetato de etila, o ácido acético, o isobutanol, os butenos, o 1,3 butadieno são outros exemplos de compostos de ampla utilização, gerados via etanol", enumera a pesquisadora.
A acetona também é empregada como solvente e entra largamente na síntese de fármacos e polímeros. Segundo a pesquisadora, a acetona poderia ser ainda utilizada para produzir propeno, e consequentemente polipropileno, produto amplamente empregado na produção de tecidos e plásticos. "Ao criarmos um processo mais simples, estamos também favorecendo a linha de produção de vários outros produtos. É realmente uma vantagem", conclui a pesquisadora.

Os pesquisadores do laboratório de Catálise, do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), busca desenvolver a 'acetona verde', produto desenvolvido a partir do etanol. A líder da pesquisa é a engenheira química Lucia Gorenstin Appel, formada e doutorada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Com ela atuam também alunos e jovens pesquisadores, além de quatro renomadas instituições cariocas: a Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio), a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e o Instituto Militar de Engenharia (IME).

A nova tecnologia que engloba duas vantagens: permitir que o Brasil se torne autossuficiente na obtenção de acetona, um produto de extrema importância para a indústria e que hoje é largamente importado; e que essa produção seja feita a partir de uma matéria-prima renovável, já que o etanol é obtido principalmente da cana-de-açúcar. "Esta é uma excelente oportunidade, já que em breve a oferta do etanol deve crescer no país com a entrada em operação das unidades geradoras deste álcool, via celulose", anima-se Lucia, cujo projeto foi contemplado no edital Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica em Química Verde, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).

A pesquisadora explica que atualmente a acetona é obtida a partir do "processo do cumeno" que emprega benzeno e propeno como insumos. Nesse caso, a acetona é gerada juntamente com o fenol, o que nem sempre é positivo do ponto de vista da comercialização. E as matérias-primas empregadas também são de origem fóssil. "Vale destacar que 'ser verde' atualmente agrega valor a produtos químicos e por isso há um crescente interesse das empresas em investir em negócios sustentáveis do ponto de vista econômico, ambiental e social. Nessa perspectiva, a alcoolquímica, ou, no caso, a etanolquímica se mostra como uma proposta promissora", esclarece a pesquisadora.

O projeto visa desenvolver catalisadores que possibilitem a obtenção de acetona a partir de etanol. Trocando em miúdos, os catalisadores são substâncias que aceleram reações químicas, promovendo a formação de produtos de interesse em detrimento de outros menos relevantes. "Já conseguimos desenvolver catalisadores com êxito e estamos em processo de patente", comemora a pesquisadora.

Segundo Lucia, o etanol – ou simplesmente álcool, como é comumente conhecido pela população – é uma molécula plataforma porque a partir dela pode-se gerar uma série de produtos e intermediários químicos, usados na indústria em geral. "A acetona e também o 1-butanol, o acetato de etila, o ácido acético, o isobutanol, os butenos, o 1,3 butadieno são outros exemplos de compostos de ampla utilização, gerados via etanol", enumera a pesquisadora.

A acetona também é empregada como solvente e entra largamente na síntese de fármacos e polímeros. Segundo a pesquisadora, a acetona poderia ser ainda utilizada para produzir propeno, e consequentemente polipropileno, produto amplamente empregado na produção de tecidos e plásticos. "Ao criarmos um processo mais simples, estamos também favorecendo a linha de produção de vários outros produtos. É realmente uma vantagem", conclui a pesquisadora.

 

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