O Estaleiro Atlântico Sul estuda a viabilidade de construir um segundo dique caso vença a concorrência lançada pela Vale para construção de quatro navios do tipo VLOC (Very Large Ory Carries). A empresa, que concorre com outros estaleiros nacionais, tem at&eac
Diário de PernambucoO Estaleiro Atlântico Sul estuda a viabilidade de construir um segundo dique caso vença a concorrência lançada pela Vale para construção de quatro navios do tipo VLOC (Very Large Ory Carries). A empresa, que concorre com outros estaleiros nacionais, tem até o dia 12 de dezembro para entregar sua proposta técnica e comercial. No momento, o EAS calcula quanto seria gasto para construir o segundo dique, que pode ser seco, como o atual, ou flutuante, que teria um custo menor. O plano de negócios deverá ser submetido ao conselho de administração até o fim do mês que vem.
Estaleiro tem em carteira 22 embarcações do Promef. São 14 Suezmax e oito Aframax, além do casco da plataforma P-55 da Petrobras. Os quatro navios encomendados pela Vale terão capacidade para transportar 400 mil toneladas de minério de ferro cada e devem ficar prontos até 2013. "Se tivermos sucesso no negócio, o investimento no segundo dique será feito. Estamos avaliando todas as possibilidades e calculando custos", diz o presidente do EAS, Angelo Bellelis. O dique atual, que fica pronto até o mês que vem, está consumindo cerca de R$ 300 milhões, fora o investimento em dois superguindastes Goliath, de US$ 68 milhões (cerca de R$ 117 milhões, pelo câmbio de ontem), com capacidade para içar 1,5 mil toneladas cada.
Os dois tipos de dique que estão sendo estudados pelo EAS são bastante diferentes. No seco, o navio vai sendo construído e, quando fica pronto, abre-se a porta batel, o dique se enche de água e a embarcação sai flutuando para o cais de acabamento. O que está sendo construído pelo EAS tem 400 metros de extensão, 73 metros de boca e 12 de profundidade. Já o flutuante é como se fosse um navio oco ancorado. A embarcação vai sendo construída e quando fica pronta o navio oco afunda e o novo flutua.
O EAS tem em carteira 22 embarcações do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef). São 14 Suezmax e oito Aframax, além do casco da plataforma P-55 da Petrobras, que somam US$ 3,4 bilhões (cerca de R$ 5,86 bilhões). Essas encomendas ocupam 60% da capacidade de processamento do estaleiro pernambucano, que é de 160 mil toneladas de aço por ano, e deixarão o dique atual ocupado até 2013.
Daí a necessidade de construir um segundo dique caso a empresa vença a concorrência da Vale. "O prazo anterior dado pela Vale (2013) não era factível. Só poderemos entregar depois disso. Acho que os navios de que a Vale precisa com mais urgência já foram contratados fora do Brasil", afirma Bellelis. A Vale encomendou 12 grandes embarcações a estaleiros chineses, também com capacidade de 400 mil toneladas cada, com início de entrega em 2011 e 2012.
Outra proposta que o EAS está preparando é para uma licitação da Petrobras. São sete navios do tipo drill ships e duas plataformas de perfuração. O prazo para entrega da proposta técnica e comercial é março de 2010. O estaleiro representa um investimento de R$ 1,4 bilhão e empregará 5 mil pessoas quando estiver operando a plena capacidade em Suape. Hoje, 3,3 mil trabalhadores atuam na produção dos navios.
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