Internacional

Durante o World Petroleum Congress (WPC), Ana Zettel da Petrobras enfatiza necessidade de aumentar proporção de mulheres na indústria de energia

Redação TN Petróleo, Agência Petrobras
25/09/2023 13:35
Durante o World Petroleum Congress (WPC), Ana Zettel da Petrobras enfatiza necessidade de aumentar proporção de mulheres na indústria de energia Imagem: Divulgação Petrobras Visualizações: 1040 (0) (0) (0) (0)

A gerente executiva de gestão de parcerias e processos de Exploração e Produção da Petrobras, Ana Zettel, defendeu, no World Petroleum Congress (WPC) 2023, a necessidade de aumento da diversidade na indústria de energia, tradicionalmente ocupada majoritariamente por homens. A executiva destacou que a diversidade e inclusão contribuem para os resultados e para a performance das companhias e que esse aspecto é ainda mais essencial no atual momento do setor.

“Para superar os desafios da transição energética, vamos ter que desenvolver novas formas de energia, tecnologias e negócios. Não podemos abdicar de metade de nossos cérebros, de metade de nossa capacidade de inovação nessa missão, o que acaba ocorrendo devido à baixa participação de mulheres na indústria. A inclusão é fundamental para a transformação do setor”,  disse Ana Zettel.

Ana Zettel participou de dois eventos sobre o assunto no WPC 2023, principal fórum de petróleo, gás e energia do mundo, em Calgary, no Canadá. Nesta quinta-feira (21/09), a executiva debateu “Diversidade, Equidade e Inclusão: Perspectivas Globais”. Na última terça-feira (19/09), Zettel abordou o tema “Mulheres liderando o caminho: perspectiva global sobre o futuro da energia”, no programa Mulheres na Indústria da WPC.

A indústria de energia, em especial a de óleo e gás, possui grande número de posições ligadas às áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (conhecidas pelo acrônimo STEM, em inglês, Science, Technology, Engineering, Mathematics). Um dos temas debatidos no evento é a necessidade de atração e retenção de cada vez mais mulheres nessas carreiras. De acordo com a executiva, para atrair mulheres de alto desempenho e em início de carreira, é necessário buscar envolver meninas desde cedo, com ações não apenas nas universidades, mas também nas escolas.

Nesse sentido, a executiva lembrou as iniciativas que a Petrobras vem adotando para melhorar a diversidade e destacou o papel de mulheres em posições chave, como são os casos da gerente executiva do centro de pesquisas e inovação da companhia (Cenpes), Maíza Goulart, e da gerente geral da Refinaria de Capuava (Recap), Márcia Cristina Andrade. A Petrobras também possui um programa de mentoria para liderança feminina, com objetivo de ter cada vez mais mulheres em posições de liderança.

A companhia também anunciou nesta quinta-feira (21/09) a aprovação Política de Diversidade, Equidade e Inclusão do Sistema Petrobras, documento que tem como objetivo reafirmar os compromissos públicos da empresa com medidas concretas para promover um ambiente diverso, inclusivo e seguro para todas as pessoas.


Questão indígena é debatida na WPC

Ainda na WPC, Sylvia dos Anjos, consultora da presidência da Petrobras e diretora da Associação Brasileira de Geólogos do Petróleo (ABGP) participou, no dia 20/09, da sessão estratégica “Diversidade e Inclusão: Reconciliação Econômica Indígena”. No evento, a geóloga lembrou que a população atual de povos originários é de cerca de 1,7 milhões de indivíduos distribuídos em mais de 300 tribos falando 274 diferentes idiomas, a maioria na Amazônia legal. Nesse contexto, a executiva destacou a necessidade de empresas e organizações concedam um protagonismo maior as populações indígenas em suas agendas, possibilitando que as atividades executadas próximas as terras indígenas se transformem em ganhos sociais para essas comunidades.

A executiva destacou que  a Constituição Federal de 1988 foi um marco nos direitos dos indígenas no Brasil,  reconhecendo os povos originários como donos da terra e da sua cultura, diferente da política anterior vigente no Brasil, que pregava a de aculturação dos indígenas. Sylvia mencionou que reconciliação econômica aos moldes que está ocorrendo no Canadá é ainda um passo à frente do que ocorre no Brasil e que a demarcação das terra indígenas é atualmente a melhor forma de reconciliação econômica da grande maioria dos povos originários brasileiros, que sofrem constante ameaça de invasão de suas terras e poluição das águas,  com severas consequências a saúde e a capacidade de serem independentes .

Fundadora da Comissão de diversidade do IBP, Sylvia mencionou que Petrobras atua não apenas nas ações mandatórias para obtenção de licenças ambientais, mas também no seu programa de responsabilidade social que já conta um número significativo dos projetos ligados a povos originários quilombolas e comunidades locais. A executiva citou o exemplo da Província Petrolífera de Urucu. No local, que fica no interior da Floresta Amazônica, a Petrobras produz petróleo de forma responsável há 35 anos.

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